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GESTÃO ESCOLAR: DEMOCRACIA, HUMANIZAÇÃO E QUALIDADE DE ENSINO

Por:   •  10/4/2017  •  Artigo  •  2.026 Palavras (9 Páginas)  •  506 Visualizações

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GESTÃO ESCOLAR: DEMOCRACIA, HUMANIZAÇÃO E QUALIDADE DE ENSINO.

ALUNA

Salette Mildenberger

RESUMO

Sabemos que a educação vem sofrendo constantemente mudanças pelo, gerenciamento, organização, e relações na sociedade as quais geram a necessidade da aplicação de uma perspectiva, compreendida como democrática nas práticas cotidianas das escolas. Sendo assim, a junção do contexto social às atividades educacionais demonstra o discurso de formar cidadãos participantes e seguros de sua posição, sendo indispensável o reconhecimento do eu, do outro e o que existe e acontece à sua volta. Nesta perspectiva a escola constitui um espaço de interação das relações humanas, construída através das experiências acumuladas pelos indivíduos em seus ambientes familiares, sociais e culturais. Assim, ela organiza-se num espaço de formação, troca de conhecimentos , comportamentos, valores e práticas entre toda a comunidade escolar, onde a mesma tem a oportunidade de ampliar as suas atuações perante a sociedade, e no fazer cotidiano revelando novas possibilidades de ações. Desta forma é incontestável a necessidade da gestão democrática no caráter humanístico para construção da cidadania, visando a edificação da sociedade com princípios de justiça e igualdade de condição, onde todos tem possibilidades de desenvolver-se humanamente.

Palavras – chave: Gestão escolar, Escola, Educação, Espaço sócio cultural, Humanização.

Introdução

Pela constituição de 1988, a gestão democrática foi incorporada a educação , que passou a requerer dos sistemas públicos de ensino a construção de uma educação mais participativa, favorecendo assim o desenvolvimento da cidadania, ampliando os princípios de liberdade, solidariedade, igualdade de oportunidade e autonomia. Desta forma a instituição escolar regida pela nova concepção de educação precisa superar a tradicional hierarquia de poder, através de uma gestão que assuma o compromisso com a participação, capaz de melhorar a organização do trabalho pedagógico com as relações inter-sujeitos que são estabelecidas na convivência da comunidade escolar, visando construir um ambiente de interações comprometido com o desenvolvimento intelectual, humano e social.

Um ideal democrático é hoje reconhecido no Brasil em todos os aspectos da sociedade, sendo expresso através de leis, discursos e da implementação das políticas públicas. Mas, no entanto esta democracia amplamente estudada, discutida e defendida , ainda não construiu uma prática que garanta a todos as mesmas oportunidades de desenvolvimento e participação na sociedade. Esta realidade é analisada principalmente no âmbito educacional, pois apesar do ensino público ser conduzido pelos caminhos da democratização, na realidade das escolas públicas observamos a permanência de comportamentos, atitudes de dominação e situações que monopolizam a participação e o envolvimento, onde diretores, professores e funcionários têm a escola como propriedade do seu trabalho evitando as interferências dos demais segmentos. Há casos que tal postura é justificada pelas competências intelectuais, pois os sujeitos se classificam e se restringem a convivências com os grupos iguais sendo detentores do trabalho e dos espaços onde atuam.

Percebendo a gestão democrática como necessidade para o desenvolvimento humano, podemos reconhecê-la como um das responsáveis pela valorização da postura política dos sujeitos enquanto participantes da construção social. Identificando a complexidade que permeia a escola frente as novas finalidades da educação, na busca de superar o caos e construir uma sociedade mais humana. Neste artigo ressaltamos a importâncias das relações para a construção dos princípios democráticos, visando a melhoria na participação de todos que compõem a comunidade escolar.

Desenvolvimento

Vemos a escola como espaço constituído de sociabilidade e interação das relações humanas, pois a mesma é influenciada pelas experiências absorvidas pelos indivíduos em seu ambiente familiar, social e cultural. Constituindo-se em um espaço de formação, troca de conhecimentos, comportamentos, valores e práticas, entre alunos, professores e todos que compõem a comunidade escolar, onde Juarez Dayrell em “A escola como espaço sócio-cultural” destaca que

Analisar a escola como espaço sócio-cultural significa compreendê-la na ótica da cultura, sob um olhar mais denso, que leva em conta a dimensão do dinamismo, do fazer-se cotidiano, levado a efeito por homens e mulheres, trabalhadores e trabalhadoras, negros e brancos, adultos e adolescentes, enfim, alunos e professores, seres humanos concretos, sujeitos sociais e históricos, presentes na história, atores na história. Falar da escola como espaço sócio-cultural implica, assim, resgatar o papel dos sujeitos na trama social que a constitui, enquanto instituição. (DAYRELL, 1996, p. 136)

Assim, a instituição escolar tem a oportunidade de ampliar as suas atuações, e no seu fazer cotidiano, revelar os elementos de seu contexto passando a representar seu papel social consciente de sua identidade e de como ocupa o espaço da qual está inserido.

Segundo Libâneo, esta forma a escola também apresenta como foco a construção de uma identidade participativa que:

Asseguram a racionalização dos usos de recursos humanos, materiais, financeiros e intelectuais, assim como a coordenação e o acompanhamento do trabalho das pessoas. (LIBÂNEO, 2007, p. 316)

É importante destacar que a escola ao estabelecer seus princípios e metas demarca os métodos e recursos que podem ser utilizados, caracterizando assim sua forma de gestão. As ações e procedimentos devem ser desenvolvidos com atividades integradas, pois essa perspectiva desencadeia a necessidade de organização, com direção e avaliação por parte de seus gestores, disponibilizando meios e condições para efetivação dos seus objetivos. Desta forma cria-se uma possibilidade dos sujeitos

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