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HISTORIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

Por:   •  19/9/2016  •  Trabalho acadêmico  •  792 Palavras (4 Páginas)  •  266 Visualizações

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HISTORIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

TRABALHO

Reavaliar a História do Brasil Imperial implica, muitas vezes, num olhar apurado para a construção de uma ?identidade nacional? para a então colônia portuguesa formulada aos moldes da cultura europeia. Essa forte influência ocidental vem traçar nos trópicos as bases da educação elitista imperial. Em terras hostis, onde o trabalho manual era somente restrito aos escravos nas lavouras, restava à elite o intelecto.
As primeiras medidas tomadas no sentido de acrescentar preceitos educacionais ao Brasil foram efetivadas na tentativa de garantir segurança ao governo, a partir de 1808 as terras brasileiras deixaram de serem meramente colônias, para se comportarem, e gradualmente, se adequarem como sede do Império português. O período característico de transição colônia ? império ?marcou profundamente o inicio de uma nova era em nosso país, determinando transformações econômicas, políticas e culturais?. No campo educacional, pela necessidade de criar pessoal preparado para atender ao exercito, o governo investiu no ensino superior, que será totalmente voltado a priori para atender a defesa do território.
O ensino superior no Brasil nasce de uma situação de enquadramento as necessidades imperiais, mas no decorrer do tempo não consegue acompanhar as exigências da sociedade brasileira em formação. As ideias que aqui recebemos prontas foram na verdade fruto de uma gradual transformação política e social da Europa ocidental. Podemos nos remeter brevemente as exposições de Condorcet á constituinte Francesa anos após a consolidação do estado burguês em que propõe a igualdade entre os cidadãos, liberdade de ensino e a valorização da cultura científica, assim como também esboça patamares de instrução inseridos em diferentes instituições educacionais: as escolas primárias, secundárias, institutos, liceus e as universidades. Décadas mais tarde, no século seguinte essas mesmas medidas se efetivaram no Brasil, diria que de forma acanhada, como quem se arrisca a seguir um modelo e cumpri-lo, sem muita experiência em sua adequação a realidade da sociedade brasileira.
A passos lentos e graduados, no velho mundo, somente no século XIX a escola propriamente dita se efetivou, algumas nações só constituíram a universalização no século XX. Dessa forma, o estado burguês traz consigo todo um aparato de medidas culturais e sociais, que encontram no ambiente escolar o espaço ideal para a repercussão da sua cultura, ou seja, o ideal tipo de pensamento que será inculcado nos indivíduos, um dos principais poderes do estado esta em produzir a mentalidade, os valores e a visão de mundo comum por intermédio da escola, todos os indivíduos são iguais perante a lei, o estado tem o dever de fazer deles cidadãos dotados dos meios culturais de exercer ativamente seus direitos civis. Dessa forma a educação passa por um novo momento tem que abraçar seus cidadãos e faze-los felizes por parte deste ou daquele estado, passando a educação ser uma realidade não apenas da elite, mas um direito de todos. Na Inglaterra neste mesmo período o trabalhador já era inserido na alfabetização e nas quatro operações matemáticas, no final do século XVIII iniciou-se na Inglaterra um ensino pratico e rápido o ?ensino mutuo?, no Brasil essa iniciativa chega pela sistematização de Lancaster, a principal vantagem destacada desse método é de ordem econômica, por permitir que um professor ensine em pouco tempo grande numero de alunos, mesmo com essa vantagem esse método chega ao fim devido à falta de infraestrutura e contingente numerosos de alunos.
Pelo Ato Adicional de 1834, a educação elementar fora desvinculada do governo central, cabendo o direcionamento da educação pela responsabilidade das províncias, a província do Rio de janeiro fora estabelecida como modelo para as demais, cumprindo o papel de criar e divulgar o projeto de sociedade estipulado pelo Estado, onde a instrução merece destaque principal, é no Rio de Janeiro que desenrola o paradoxo fundador da historia nacional brasileira. Acompanhando o modelo de instrução publica, a sensibilidade cultural oitocentista fora formulada como padrão de comportamento que molda este período. A ilustração do Império como assim podemos chamar dedica-se a por em pratica principalmente a cultura francesa em solos cariocas, o francesismo das elites brasileiras se tornaria paradigmas de civilidade. Em se tratando das influencias a maioria se direcionava a uma ínfima parcela alfabetizada da população: a elite, enquanto os escravos e trabalhadores não tinham acesso á educação, tínhamos uma elite composta por proprietários rurais, tidos como ?doutores? em terras onde a riqueza era trazida das mãos escravas era nítida a realidade brasileira de que não havia a mínima necessidade de se ter instrução para conquistar títulos, bastava apenas possuir terras, propriedades e claro ser branco.
Falar de educação nesse período é tratar de assunto praticamente restrito as classes dominantes, o desnivelamento cultural entre as classes sociais existentes no Brasil colônia que se arrasta durante todo o Brasil império contribui para o distanciamento cada vez maior daqueles que possuem e daqueles que não possuem o saber.

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