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Infância e suas linguagens: Cotação de história e misicalização

Por:   •  26/1/2017  •  Pesquisas Acadêmicas  •  5.513 Palavras (23 Páginas)  •  479 Visualizações

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INFÂNCIA E SUAS LINGUAGENS

CONTAÇÃO DE HISTÓRIA E MUSICALIZAÇÃO

Aluno:

Professora Orientadora

Centro Universitário Leonardo da Vinci- UNIASSELVI

Curso Pedagogia (PED    ) –Seminário do módulo IV

RESUMO:

O trabalho aborda questões relacionadas às linguagens na educação infantil, mais especificamente da contação de historia e da musicalização, vista como uma forma de desenvolvimento da aprendizagem. O texto foi construído numa perspectiva de conhecimento das principais características destas linguagens bem como suas contribuições para a Pratica Educacional e suas influências. Utilizamos a prática real, que tem como característica a exploração de temas práticos e teóricos, neste caso, fizemos um questionário para professores de um cei (centro de educação infantil) no qual relatam os benefícios da aplicação destas linguagens e  se baseia em experiências de sala com crianças. Os teóricos contam com a participação de diversos escritores e descrevem a trajetória e a importância da contação de história e da musicalização na construção da identidade da criança, instigando a criatividade, imaginação, oralidade, incentivando o gosto pela leitura, contribuindo na formação da personalidade, envolvendo o social e o afetivo. Portanto , se faz necessário que professores utilizem essa ferramenta para o desenvolvimento da criança, despertando pequenos leitores e estimulando para o mundo da imaginação de forma fácil, alegre e descontraída para ambos. Espera-se que este possa contribuir para uma futura pratica pedagógica e incentive  leitores no geral para ousar com os pequenos.

Palavras-chave: Contação de história, musicalização, prática pedagógica.

1 INTRODUÇÃO

   Aprender e ensinar na educação infantil nunca foi tão importante quanto nos tempos atuais, com a globalização e a tecnologia exigindo e despertando o máximo de tempo de cada individuo. Nos séculos passados o significado e o papel social da infância e a própria literatura não eram adequados às crianças que eram reconhecidas como pequenos adultos. A partir do século XVIII a literatura mostrou-se importante e houve a necessidade de uma mudança na mentalidade sócio-cognitiva que a criança possuía. A escola foi um dos principais agentes que contribuíram para que essa mudança ocorresse.

   A contação de historias é uma das atividades mais antigas que se tem noticia, ela remonta a época do surgimento do homem há milhões de anos. Se faz necessária até os tempos atuais, pois é a partir dela, que surge criatividade, curiosidades, atividades do mundo real e imaginário construindo assim a o aprendizado.

   A musicalização ajuda no vocabulário, oralidade, memorização e construção da própria felicidade. Essas linguagens podem ser trabalhadas juntas auxiliando no repertorio dos pequenos e conduzindo-os a um mundo melhor, mais humano e mais sensível.

   Na primeira parte do trabalho descrevemos sobre uma visão histórica sobre contação de história e de musicalização. Na sequência discutiremos sobre as características para o desenvolvimento sócio cognitivo e afetivo da criança. Por último a aplicabilidade e seus feitos na pratica educativa.

   Finalmente, apresentaremos as considerações finais e lista de referências usadas para a elaboração do trabalho.

2 VISÃO HISTÓRICA SOBRE A CONTAÇÃO DE HISTÓRIA E A MUSICALIZAÇÃO

   Antes mesmo da invenção da escrita, todo o saber era transmitido oralmente. A contação de histórias era o único jeito de passar uma informação adiante, era a forma que os povos tinham de preservar sua cultura, suas crenças, sua história e suas tradições. Cada geração deveria contar as histórias de sua cultura para as gerações seguintes. Esse conhecimento passado de uma pessoa para a outra é chamado de tradição oral.

   Em algumas culturas somente o contador de histórias especiais possuíam esta tarefa, precisavam ter uma ótima memória e necessitavam usar de artimanhas para contar as suas narrativas de uma forma interessante, pois as pessoas precisavam ouvir as histórias e lembrar-se delas depois. Alguns contadores contam suas histórias como forma de poesias, usando também melodias, ritmos e rimas, assim a história se torna mais fácil de ser lembrada depois. Um exemplo é a literatura de cordel, tradicional do nordeste brasileiro. As histórias nascem como poemas cantados, o cordealista vai inventando e cantando seus versos com rimas e ritmos.

   As histórias podem ir mudando com o passar dos tempos, conforme as diferentes pessoas vão contando e recontando estas histórias. Um contador de história pode inventar coisas novas, acrescentar novos detalhes, sempre com o intuito de aprimorá-la.

   Diferentemente da literatura escrita, a tradição oral não é criada por uma única pessoa, todos os membros de uma determinada cultura ajudam a moldar as histórias, muitas vezes elas são coletadas e escritas muitos anos após terem sido inventadas. Como por exemplo os poemas épicos Ilíada e Odisséia, que narram os acontecimentos históricos ocorridos durante e após a Guerra  de Tróia, provavelmente só foram escritos séculos depois de terem sidos recitados pela primeira vez por Homero, que foi o principal organizador das histórias. Um poeta da tradição oral da Grécia antiga.

   A contação de histórias é uma das atividades mais antigas de que se tem notícia. Essa arte remonta à época do surgimento do homem há milhões de anos. Contar histórias e declamar versos constituem práticas da cultura humana que antecedem o desenvolvimento da escrita. Na cultura primitiva, saber ler, escrever e interpretar sinais da natureza era de grande importância, porque mais tarde iam se tornar registros pictográficos, com os quais seriam relatadas coisas do cotidiano que poderia ser lido e compreendido pelos integrantes do grupo. As histórias são uma maneira mais significativa que a humanidade encontrou para expressar experiências que nas narrativas realistas não acontecem. Os contos são temidos porque objetivam os fatos e as verdades que não podem ser expressos pela razão, por isso nos estudos dos contos observa-se: “Em primeiro lugar, o fato de que eles falam sempre de relacionamentos humanos primitivos e, por isso, exprimem sentimentos muito arcaicos do psiquismo humano.” (VIEIRA, 2005, p. 10)

   Desde aqueles tempos remotos e ainda hoje, a necessidade de exprimir os sentidos da vida, buscar explicações para nossas inquietações, transmitir valores de avós para netos têm sido a força que impulsiona o ato de contar, ouvir e recontar histórias. A contação de histórias é uma atividade fundamental que transmite conhecimentos e valores, sua atuação é decisiva na formação e no desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem. As histórias são uma maneira mais significativa que a humanidade encontrou para expressar experiências que, nas narrativas realistas, não acontecem. A contação de histórias, além de pertencer ao campo da educação e à área das ciências humanas, é uma atividade comunicativa. Por meio dela, os homens repassam costumes, tradições e valores capazes de estimular a formação do cidadão. Por isso, contar histórias é saber criar um ambiente de encantamento, suspense, surpresa e emoção, no qual o enredo e os personagens ganham vida, transformando tanto o narrador como o ouvinte. O ato de contar histórias deve impregnar todos os sentidos, tocando o coração e enriquecendo a leitura de mundo na trajetória de cada um.  A contação de histórias está ligada diretamente ao imaginário infantil. O uso dessa ferramenta incentiva não somente a imaginação, mas também o gosto e o hábito da leitura; a ampliação do vocabulário, da narrativa e de sua cultura; o conjunto de elementos referenciais que proporcionarão o desenvolvimento do consciente e subconsciente infantil, a relação entre o espaço íntimo do indivíduo (mundo interno) com o mundo social (mundo externo), resultando na formação de sua personalidade, seus valores e suas crenças.

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