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LIVRO: O QUE É FAMÍLIA, CAPÍTULOS ll, IV e CONCLUSÃO (DANDA PRADO)

Por:   •  14/9/2017  •  Projeto de pesquisa  •  3.276 Palavras (14 Páginas)  •  1.640 Visualizações

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LIVRO: O QUE É FAMÍLIA, CAPÍTULOS ll, IV e CONCLUSÃO (DANDA PRADO)

Capitulo 2: Funções da Famíiia

         No capítulo 2, Danda Prado explica que toda família exerce inúmeras funções. As funções de família dependem em grande parte, da faixa que cada uma delas ocupa na organização social e da economia do país a qual pertence.        
        Algumas funções recebem apoio de instituições sociais e outras não recebem apoio e são assumidas com exclusividades pela família.        
        Entre essas inúmeras funções da família, tem as que correspondem a uma expectativa social, como:
identificação social dos indivíduos, reprodução, produção de bens e consumo. E tem a expectativa das crianças e dos portadores de deficiência,proteção de jovens, a educação, a socialização da nova geração, os serviços domésticos de toda ordem (higiene, cozinha, costura, etc) e o cuidado aos idosos quando deficientes.        
        Segundo a autora, nas famílias antigas as funções eram exercidas somente por elas e só existia a ajuda de terceiros quando tinha regime de troca de serviços entre membros de uma mesma comunidade.        
        Na Idade Média, as funções não eram exclusivas só às famílias. As crianças eram entregues a outras famílias que não a de origem e recebiam aprendizados profissionais e socias como aquisição de novas maneiras, hábitos e costumes necessários a aspirantes a damas e cavaleiros, nos casos de famílias nobres.        
        Com a industrialização, as pessoas passaram a ter mais acesso aos produtos de bens em grande escala (roupas, produtos alimentares etc), as funções exclusivamente familiares se restringiram ainda mais.        

Reprodução

         Quando a autora cita a função de reprodução, ela diz que a reprodução em si é um fenômeno animal e humano, natural, biofisiológico e presente em todos os seres vivos. No entanto, só entre os seres humanos encontramos a constituição de núcleos familiares que em princípio, se mantém por todo o ciclo de vida de seus componentes. A família “natural”, mãe e filhos menores sem nenhuma ligação entre estes e o pai biológico, é o caso de quase a totalidade dos animais, porém, entre os seres humanos não existe grupo social historicamente conhecido que não tenha o processo da reprodução regulamentado e codificado de forma bastante rigorosa. A identificação de um pai (social) é quase que uma condição de sobrevivência e de inserção do recém-nascido, no caso das sociedades patriarcais. Por exemplo, em certas culturas, a criança sem pai identificado é morta ao nascer.
Em seguida, ela fala sobre um fenômeno que foi denunciado por antropólogos, relacionado ao rapto de mulheres jovens. Tal fenômeno se dava quando indivíduos pertencentes a grupos dizimados (destruídos) decidiam fundar uma nova sociedade e, raptavam, para esse fim, mulheres para perpetuar seus próprios grupos. Ela faz uma alusão ao Rapto das Sabinas, que é uma ilustração deste fato. Aqui, as mulheres raptadas assumem claramente a função de “simples reprodutoras”, não participando da criação dessa nova sociedade.        

Identificação social

         Em nossa cultura, o saber “quem é filho de quem” é um elemento subestimado ou ignorado pela maioria. No entanto, segundo alguns sociólogos, essa função da família seria a mais importante, já que ela determina o grupo familiar propriamente dito, em oposição à família “natural”, que simplesmente reproduz indivíduos. Quanto a função de Identificação Social, Danda fala também que a “filiação” é um quesito indispensável em nossos documentos civis, obrigações e privilégios.


Socialização

É através da família que a criança se integra com o mundo adulto. A família visa transmitir seus costumes e valores para essa criança e estimula a criança a assumir seu lugar na sociedade. Os Jovens aprendem e assumem atitudes e papéis do pai e da mãe e a educação da  criança é diferenciada conforme o sexo.  No seio familiar, o marido e a mulher exercem funções diversas, às vezes complementares. Em  regra, o marido é provedor de bens materiais e exerce uma profissão, que é o critério mais importante para determinar o status da sua família na comunidade.  A mulher é a responsável pelas tarefas domésticas, cabendo a mesma a criação dos filhos e os cuidados do lar.          
        No entanto, essa é uma característica que está mudando pois, cada vez mais, a mulher vem sentindo a necessidade de buscar uma profissão como forma de sobrevivência,  inclusive de sua família, em muitos casos. Portanto, a idéia de que a mulher deve ser criada para vida doméstica vem aos poucos se transformando.        
        Em alguns locais, o casamento ainda é mantido como forma de inserção social, o que vai refletir depois na própria família. Nesses casos, são bastante comuns alianças matrimoniais que reforçam interesses. Conforme a autora, uma das formas segura de se perpetuar os privilégios de classe é o casamento homógamo (com seus iguais).        
        A autora cita também o nepotismo familiar que é reconhecido  principalmente nas áreas profissionais, onde de pai para filho, perpetua-se acesso às universidades e à diversos cargos.

Econômica

A família da pequena burguesia, montando seu próprio negócio, onde os  membros da família  dividem o  trabalho, se relacionam com a comunidade. A esposa se especializa na tarefa doméstica e na organização e funcionamento do comércio, o marido e os filhos adultos  se dedicam a trazer o dinheiro de fontes externas, os filhos menores ajudam. A mãe e as filhas se incorporam a atividade econômica externa somente quando não há lucros suficientes para garantir o funcionamento do negócio. Os pais do casal colaboram com a esposa no trabalho doméstico e no atendimento do comércio.         
         Ao contrário, a plena inserção de todo os membros masculinos no negócio e da mulher na atividade exclusiva de dona de casa, representa, subjetivamente, o sucesso do negócio. Trabalhar só como dona de casa é identificado como uma forma de ascensão social, já que trabalhar em outra atividade é prova de pobreza, e nesse caso, da incapacidade do homem em gerar recursos satisfatórios. Quanto mais a mulher se afasta fisicamente do âmbito doméstico, menos valorizado ele se sente, e ela, por extensão (esposa).        
        É importante ressaltar que a tarefa de cuidar do negócio implica um grande esforço sem remuneração pessoal pelo trabalho, como existe em qualquer atividade exercida fora da família. O trabalho no comércio familiar é para esposa uma prolongação do seu tempo de trabalho doméstico não remunerado, expresso na não existência de um salário ou retribuição doméstica.

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