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Por:   •  30/3/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.251 Palavras (6 Páginas)  •  175 Visualizações

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MEMORIAL: o saber da experiência docente com a literatura infanto-juvenil.

AMILTON DA COSTA OLIVEIRA[1]

  1. Introdução

Sou Amilton da Costa Oliveira, 38 anos de idade, há 18 anos na docência do Ensino Fundamental e, nos últimos anos, atuando na educação de Jovens e Adultos. O presente memorial descreve minhas experiências com o processo de ensino e de aprendizagem no desenvolvimento de literatura, especificamente na área infanto-juvenil. Minha experiência profissional é marcada por várias metodologias na abordagem didática e, hoje se reinventa na prática com os gêneros discursivos. Para melhor compreensão desse saber da experiência em literatura, faz-se necessário rever minha trajetória profissional e formação superior. Nesse percurso, destaco, ainda, minha atividade docente, os fundamentos teórico-metodológicos de minha didática literária, além de explicitar como os estudos do curso de Letras Português, pela UFPA, consolidaram em mim novos saberes e práticas no campo artístico-literário.

  1. Formação, aperfeiçoamento e atualização
  1. O curso de Magistério Normal

Ingressei no curso técnico em Magistério, no ano de 1997, na Escola Estadual “Bertoldo Nunes”, no município de Vigia - PA. Nesse período abri uma escola de reforço em alfabetização e leitura, mas os fundamentos teórico-metodológicos da época me conduziram a uma didática de leitura de vertente sintética. Acreditava e fazia uso dos métodos alfabético (soletração) e silábico. Por muitos anos alfabetizei e trabalhei atividades de leitura tendo a convicção de que primeiramente se aprende as letras, na sequência viriam as sílabas e, somente no final desse processo poderia apresentar o recurso literário para leitura. O propósito da leitura pouco ou quase nada tinha a ver com a finalidade do texto, mas muito interessava se o aluno tinha o domínio da decodificação e se apresentava uma fluência na leitura.

A docência nos anos iniciais foi marca pela concepção de linguagem como expressão do pensamento, período em que a leitura era concebida como consequência da aquisição das normas gramaticais. Não muito distante dessa prática, influenciado pelas metodologias da época, acreditei nas modelos prontos, advindos das concepções de linguagem como um instrumento de comunicação. Nossa leitura era muito voltada para manuais e textos que tinha como finalidade ensinar as estruturas, os padrões e formalidades da língua.

Não tenho como negar que muito de minha prática docente reflete as consequências de minha formação estudantil, a ausência ou deficitária formação continuada e um ensino alicerçado em velhas práticas. Mas essa realidade sofreu grandes transformações desde que ingressei no ensino de licenciatura em Língua Portuguesa, pelo Parfor, Ufpa.

  1. O saber da Licenciatura em Língua Portuguesa

Em 2014, ingressei no curso de Letras Português, pelo Programa Parfor, e tive a oportunidade de socializar os fundamentos teórico-metodológicos do curso em minha prática docente no ensino fundamental e na educação de Jovens e adultos. A experiência advinda dos estudos de linguística, psicolinguística, sociolinguística, fundamentos da teoria literária, bem como as teorias dos textos, consolidaram conhecimentos fundamentais para melhor compreender os processos envolvidos nas abordagens literárias, particularmente nos gêneros textuais.

Novas abordagens foram possíveis e melhor trabalhadas com a literatura infanto-juvenil, dando maior relevância à oralidade, à leitura, à escrita e à análise linguística.

O curso de letras Português ampliou minha concepção de leitura, fazendo-me compreender que tudo é passível de leitura, pois esta, é sempre reflexo de nossos sentidos e não nos permite rotular que um aluno não sabe ler, salvo se perder todos os sentidos. Leitura e oralidade caminham juntas, pois expressam a repertório do aprendiz e seu domínio comunicativo.

Aprendi a partir do curso e de minhas reflexões sobre a prática de leitura literária o quanto é importante e necessário reconhecermos a capacidade transformadora e também humanizadora do contato com o universo da literatura.

  1. A experiência com o projeto trilhas.

A formação do Projeto Trilhas, apesar de voltada para a Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental, contribuiu significativamente para minha atuação nos demais anos do Ensino Fundamental. As metodologias de trabalho propostas pelo projeto envolvem os alunos nos quatro eixos da língua portuguesa e fomenta o apetite literário tão importante para a fruição.

Desenvolvi em minhas práticas com textos narrativos a proposição do projeto Trilhas: conhecer o livro; escutar a história; fala sobre a história; falar sobre a ilustração; falar sobre os personagens; participar de atividades de leitura e de escrita. A proposta me possibilitou trabalhar em diferentes níveis de profundidade, considerando as diferentes faixas etárias.

Fazer a apresentação de um livro parecia ao algo sem muita relevância, mas o projeto Trilhas me trouxe novas reflexões sobre esse suporte e os textos narrativos ali contidos. Esse trabalho de iniciação ao texto narrativo em livros, em minhas práticas de sala de aula, era tão necessário nos anos iniciais quanto nos anos finais do ensino fundamental, pois é muito comum encontrar alunos com dificuldades para conceituar e identificar autor, ilustrador, capa, e outros elementos presentes na capa do livro. Quando identificava esse tipo de habilidade não consolidada, sentia sempre a necessidade de trabalhar a apresentação do livro, às vezes feita por mim, outras pelos alunos com maior fruição.

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