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Mundialização do Capital: degradação do trabalho na Era da Globalização

Por:   •  8/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.263 Palavras (6 Páginas)  •  290 Visualizações

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MILLENA PEREIRA BARBOSA

Mundialização do Capital: degradação do trabalho na Era da Globalização.

Trabalho apresentado à disciplina “Trabalho e Educação”, lecionada pelo Professor Rubens Luiz Rodrigues, como requisito parcial de avaliação e aprovação.

JUIZ DE FORA

2017

Introdução

        

O autor da obra, Giovani Alves, é um sociólogo, que escreveu vários livros e artigos na área de trabalho, sindicalismo, globalização e reestruturação produtiva.

A obra é dividida por 8 capítulos e tem como objetivo, pensar e repensar as metamorfoses do mundo do trabalho, numa perspectiva materialista, vinculando com a nova etapa de desenvolvimento do capitalismo mundial (mundialização do capital).

        Neste trabalho, irei discorrer acerca da mundialização do capital e a degradação do trabalho. Em um exercício de pensar como estas relações se estabelecem no mundo.

        Este trabalho foi dividido em três sessões. Na primeira sessão, levantarei alguns elementos do modo de produção capitalista e as relações que ela estabelece. Em seguida, trarei como tema a nova era do capitalismo, elencando seus efeitos no mundo, suas relações e características. Na terceira sessão e última, tratarei da fragmentação do trabalho. Para finalizar esta reflexão, encerrarei o trabalho com uma breve conclusão, onde será possível sistematizar a consolidação desse trabalho.

A produção capitalista e suas relações

O capitalismo é o modo de produção predominante na sociedade, sabendo disso, falar do capital que permeia as relações em nossa sociedade não é tarefa simples, uma vez que, ele é capaz de transformar, criar e recriar a sociedade.

Todos almejam “ganhar mais dinheiro”, pois precisam do capital para sobreviver. Com isso, ocorrem às explorações de trabalho, uma vez que uma parte da população precisa trabalhar e a outra, pretende ficar cada vez mais rica. Estamos falando então das relações estabelecidas entre o trabalhador e o empreendedor. Nessas relações o dinheiro é a mercadoria que o trabalhador adquire com sua força de trabalho e a força de trabalho do trabalhador torna-se dinheiro para o empreendedor (só que dessa vez, com mais valor), ou seja, o dinheiro aumenta para o empreendedor, através da exploração do trabalho (a mais-valia, onde a produção do capital é feita por meio da expropriação do valor do trabalho do trabalhador assalariado pelo dono do meio de produção). Nessa perspectiva, ocorre a modernização capitalista que é o movimento de um único sujeito (o dono da empresa). Portanto, a variabilidade sócio-histórica dos modos de regulação da acumulação capitalista nos permite considerar, a passagem para um novo regime de acumulação do capital e de modo de regulação social e político, onde predomina a denominada acumulação flexível (toyotismo). A passagem do fordismo (acumulação de estoque, linha de produção, cada trabalhador fazia uma atividade específica) para o toyotismo (produção por demanda, o trabalhador tem que exercer diferentes funções – uma das causas do desemprego), implica em transformações sócio-políticas que atingem mecanismos que permeiam os possuidores de capital e os trabalhadores assalariados. Com isso, ocorrem alterações nas relações (em que a aparência esconde sua verdadeira face) entre capital e trabalho.

Uma nova era do capitalismo

Essa nova era capitalista é denominada de "regime de acumulação predominantemente financeira" e os principais traços que caracterizam o novo regime são: taxas de crescimento do PIB muito baixas, deflação rastejante, conjuntura mundial extremamente instável, alto nível de desemprego estrutural, marginalização de regiões inteiras em relação ao sistema de trocas e concorrência internacional cada vez mais intensa, geradora de sérios conflitos comerciais.

Nessa era, a economia capitalista mundial se mantém num longo período de depressão, em que o poder, se não a própria existência, deste capital-dinheiro é sustentado pelas instituições financeiras internacionais, tais como FMI e Banco Mundial, e pelos Estados mais poderosos do planeta a qualquer que seja o custo.

O que vem acontecendo, depois das modificações ocorridas são os rompimentos das amarras das relações sociais, das leis e regulamentações, apesar de modo bastante desigual dos países.

O que contribuiu para a ofensiva do capital a partir dos anos 70 foi: a força intrínseca do capital adquirida graças à longa fase de acumulação dos "trinta anos gloriosos" (que tendeu a contribuir para a ilusão de que era possível "domar" o capital no âmbito dos modos de regulação nacionais), as novas tecnologias que as corporações transnacionais souberam utilizar para seus próprios fins (principalmente com o intuito de modificar suas relações com os trabalhadores assalariados e as organizações sindicais) e um apoio fundamental por parte dos próprios Estados capitalistas (as políticas neoliberais, de liberalização, desregulamentação e privatização).

        Com a crise do capital, desenvolveu-se a mundialização do capital, que tende a impulsionar um novo complexo de reestruturação produtiva, uma ofensiva do capital na produção, que busca constituir um novo patamar de acumulação capitalista em escala planetária e que tende a debilitar o mundo do trabalho, promovendo alterações importantes na forma de ser (e subjetividade) da classe dos trabalhadores assalariados. Quando dizemos “mundialização do capital”, compreende-se tanto o capital produtivo aplicado na indústria e nos serviços, quanto o capital concentrado que se valoriza conservando a forma-dinheiro.

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