O ARCO DE MAGUEREZ

Observação da Realidade - Problema

Em algumas experiências que já vivenciei em sala de aula como aluna pude perceber que quase tudo que aprendemos não era utilizado na minha vida fora da escola e tudo o que eu aprendia de certa forma era um conhecimento momentâneo, que logo após a prova eu poderia esquecer que eu não iria utilizar mais.

E analisando todo esse ciclo de conhecimento descartável eu via que isso gerava uma grande desmotivação por parte dos alunos em frequentar a escola, pois as aulas se tornavam desinteressante por serem um depósito de conhecimento que futuramente não teria nenhuma utilidade. Era todo dia a mesma coisa, o que mudava era o professor, porém os conteúdos eram passados da mesma forma, tudo era “decoreba”. No entanto eu me indignava com essa situação, pois tinha que acordar logo pela manhã pra ir estudar algo que depois de um tempo já não me lembraria.

Então comecei a pensar e questionar porque eu teria que aprender tal coisa se eu nunca usaria para nada, e isso começou a me desmotivar em relação àquilo que eu tinha que aprender. Aprender pra quê? Eu via meus colegas despreocupados com as matérias, as aulas não tinham um objetivo na visão do aluno, os professores muitas vezes descarregavam aquele monte de conteúdo e depois aplicava a prova, mas eu não me sentia avaliada somente pela prova, porque depois tudo era esquecido, as aulas ficavam cansativas.  

Por isso quero fazer o seguinte questionamento? O que eu como professora posso fazer para motivar meus alunos e fazer com que eles acreditem que aquilo que eles aprendem é necessário e utilizado no dia-a-dia, mas muitas vezes desapercebidos. O que eles sugerem para que a aula fique mais dinâmica e interessante para eles? Essas questões são determinantes para que a aula tenha o seu objetivo alcançado: uma aprendizagem eficaz.

Pontos- Chave:

E questionando com o intuito de observar as várias causas que levam um aluno a desmotivar-se nas aulas, é encontrados alguns motivos, nos quais se destacam como pontos mais relevantes:

• Aulas repetitivas e cansativas
• Grande volume de conteúdo em pouco tempo de aula
• Aplicação do aprendizado
• Professores autoritários, o centro da atenção.
• Falta de diálogo entre professor e aluno

No entanto, a desmotivação por parte do aluno pode não ser somente por causa das aulas, mas uma insatisfação fora do ambiente escolar, pode ser familiar, com sua qualidade de vida, más companhias, outros fatores também podem influenciar, por isso é dever do professor buscar entender o que seus alunos trazem de bagagem quando chegam até a sala de aula.

Teorização

Baseada em algumas pesquisas, podemos analisar algumas citações importantes sobre como a educação pode ser melhor aplicada para alcançar motivação entre os alunos.

Segundo Libâneo:

“[...] atividade conjunta de professores e alunos, organizado sob a direção do professor, com a finalidade de prover as condições e meios pelos quais os alunos assimilam ativamente conhecimentos, habilidades, atitudes e convicções.” (LIBÂNEO, 1990, p.29). 

Como observado na descrição acima, Libâneo diz que aprendizagem deve ser uma atividade conjunta entre aluno e professor, ou seja, o professor deve ser o auxiliador do aluno, no intuito de preparar o ambiente e oferecer condições para que os alunos se desenvolvam.

É necessário que o aluno perceba que aquilo que ele vivencia na escola poderá ser muito útil na sua vida cotidiana e que a mesma não deve ser um local onde se deposita conhecimento como os bancos, mas na visão "bancária" da educação, o "saber" é uma doação dos que sabem aos que julgam não saber como diz Paulo Freire.        

Nesse contexto, há a necessidade de formar professores que tragam transformações para as suas práticas, Gemignani, (2012, p. 6).

Mais que possibilitar o domínio dos conhecimentos, cremos que há a necessidade de formar professores que aprendam a pensar, a correlacionar teoria e prática, a buscar, de modo criativo e adequado às necessidades da sociedade, a resolução dos problemas que emergem no dia-a-dia da escola e no cotidiano.

Segundo Berbel (2011, p. 29-30) “O engajamento do aluno em relação a novas aprendizagens, pela compreensão, pela escolha e pelo interesse, é condição essencial para ampliar suas possibilidades de exercitar a liberdade e a autonomia na tomada de decisões em diferentes momentos do processo que vivencia, preparando-se para o exercício profissional futuro” ,ou seja, para que os alunos alcancem liberdade e autonomia em suas tomadas de decisão durante a vida inclusive na preparação para a vida profissional ele deve estar engajado, interessado e escolher estar ali naquele momento com intuito de aprender e também ensinar, ou seja deve estar aberto a querer conhecer novas ideias, a aprender, e principalmente motivado para que alcance os resultados eficazes referente as aprendizagens.

Por isso deve -se olhar para si mesmo e analisar qual papel está sendo realizado naquele momento, por essa razão há uma grande necessidade de planejar o que deve ser feito, onde se quer chegar, se estou cumprindo com o que foi pretendido, para que assim não nos percamos em meio a tantos deveres e compromissos.

Descreve Libâneo (2001, p. 2-3).

O planejamento do ensino deve começar com propósitos claros sobre as finalidades do ensino na preparação dos alunos para a vida social: que objetivos mais amplos queremos atingir com o nosso trabalho, qual o significado social da matéria que ensinamos, o que pretendemos fazer para que meus alunos reais e concretos possam tirar proveito da escola etc.  As finalidades ou objetivos gerais que o professor deseja atingir vão orientar a seleção e organização de conteúdos e métodos e das atividades propostas aos alunos. Essa função orientadora dos objetivos vai aparecer a cada aula, perpassando todo o ano letivo.