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O Ambiente escolar no Brasil

Por:   •  23/3/2018  •  Projeto de pesquisa  •  1.519 Palavras (7 Páginas)  •  315 Visualizações

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  • Introdução

A partir de uma análise social feita em relação a visão e o tratamento do público geral sobre portadores de deficiências físicas, auditivas e visuais no Brasil, surge então o projeto “Conscientização sobre deficiências físicas em escolas regulares” com a intenção de criar algo que cause mudanças na sociedade a partir da vida escolar de crianças no presente para que, no futuro, essas crianças tornem-se adultos receptivos à diferenças e novidades.

O reconhecimento de que a discriminação com deficientes físicos é algo ainda real atualmente, mesmo depois de muitas conquistas e direitos conseguidos pela comunidade (como o acontecimento das Olímpiadas Paraolímpicas, um evento que permite visibilidade aos portadores de deficiências) é o primeiro passo para a criação de uma solução para este problema mascarado.

O desejo de mudanças sociais movem as propostas do projeto, que apresentará uma solução não imediata, porém efetiva para que o preconceito com deficientes físicos seja cessado no Brasil ao longo de poucas gerações, tendo uma solução aplicada pela sua raíz para que não haja mais ações negativas no futuro.

  • Justificativa

O projeto “Conscientização sobre deficiências físicas em escolas regulares” ergueu-se considerando diversas pesquisas com dados preocupantes sobre a discriminação no ambiente escolar, visando a melhoria nas relações que as crianças iniciam na escola, explorando questões como o respeito e a aceitação do novo.

O projeto mostra-se necessário pois, segundo a pesquisa “Preconceito e discriminação no Ambiente Escolar”, realizada em 2009 e desenvolvida em 501 escolas, o preconceito atinge cerca de 99,3% do ambiente escolar no Brasil.

Comentários e atitudes discriminantes contra portadores de deficiências tem uma taxa de 96,5% de ocorrências entre os 18,5 mil alunos, pais e professores entrevistados.

Porém, essa discriminação excede o ambiente escolar e tem consequências para os deficientes físicos no mercado de trabalho; a RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) do ano de 2013 constatou que apenas 358.738 portadores de deficiências físicas tinham empregos nesse ano.

Segundo a pesquisa “Profissionais de RH: a percepção sobre a inclusão de pessoas com deficiências no mercado de trabalho” a causa de poucas contratações é o preconceito enraizado de adultos que são ignorantes desde a infância sobre deficiências físicas.

  • Metas e Objetivos

As propostas do projeto são de curto prazo, mas as consequências da realização das atividades propostas são duradouras pois existe interesse de comprovar que a partir da aplicação do projeto, o estímulo ao tratamento igualitário e a normalização de deficiências físicas em crianças possa gerar adultos receptivos à diversidade, o que beneficiará a sociedade como um todo.

Os benefícios esperados para ambas as partes ressaltadas no projeto são; para os portadores de deficiências, mais aceitação social e consequentemente, melhoria de vida, liberdade para alcançar seus objetivos com as mesmas oportunidades que outros indivíduos também possuem e finalmente, tratamento igualitário completo.

Dos alunos que não possuem deficiências, espera-se o desenvolvimento de empatia, enriquecimento de conhecimentos sobre necessidades especiais, maturidade para entender problemas além dos seus e respeito ao próximo.

O projeto, portanto, tem o objetivo de ser essencial na construção de um futuro melhor para portadores de deficiências físicas na sociedade brasileira pois desenvolve um programa de conscientização a ser aplicado em escolas regulares, particulares ou públicas.

  • Desenvolvimento

Durante quatro semanas consecutivas, duas atividades (por semana) de 5 a 20 minutos serão aplicadas nas aulas de Educação Física e na sala de aula, onde todos os participantes estarão fora de suas zonas de conforto sendo convidados a encontrar outros meios para o cumprimento da tarefa, pois não poderão usar todos os sentidos ou partes do corpo, fazendo-os compreender a dificuldade do aluno com deficiências. Essas atividades procurarão estimular a empatia de alunos sem deficiência para com aqueles deficientes.

São elas:

  • 1ª semana. Deficiências Visuais.

Na sala de aula, o Professor (a) apresentará aos alunos figuras geométricas dentro de um saco escuro ou uma meia. Ele mostrará as figuras a sala e uma ordem de organização será pedida. Os alunos serão vendados, utilizando apenas o tato para procurar as formas dentro da meia. O aluno que encontrar todas as formas na ordem pedida em menos tempo é o vencedor.

Depois da atividade realizada, um debate reflexivo tomará espaço entre os alunos participantes para que haja um relato da experiência de usarem apenas o tato e explorarem outras opções quando não tinham sua visão.

Na quadra do colégio, os alunos serão divididos em duplas; um aluno será guiado pelo outro até o outro lado da quadra com o objetivo de chegar a um “tesouro escondido”. O aluno que percorrerá a trilha estará vendado.

A dupla que conseguir trabalhar em equipe, desenvolvendo confiança um no outro, poderá ficar com o presente encontrado no seu baú.

  • 2ª semana. Deficiências Auditivas.

Uma espécie de mimica será desenvolvida entre os alunos na sala de aula. Os participantes terão que descrever um colega por meio da língua de sinais e os colegas deverão descobrir qual deles está sendo descrito. É esperado que os alunos percebam que mesmo sem a comunicação verbal pode haver diálogo.

Os adjetivos na linguagem de sinais serão apresentados pelo professor no começo da atividade e coladas na parede da sala para melhor visualização.

Durante a aula de Educação Física, os alunos apenas usarão a linguagem de sinais. No começo da aula, o Professor (a) apresentará os movimentos que representam as seguintes cores: amarelo, azul, castanho, branco e cinza. Caixas de cada cor serão posicionadas no centro da quadra e o alunos dividirão-se em duplas.

São três fases de jogo: em cada uma, uma sequência de cores será dado a um dos participantes de cada dupla que comunicará as cores ao parceiro por meio da linguagem de sinal e esse aluno pegará uma fita de cada caixa, colocando-as na ordem dita em frente ao outro colega. Quando uma dupla terminar a ordem correta das cores primeiro, a fase atual acabará e outra começará; a dupla que tiver mais de uma fase correta ganha.

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