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O Documentário Babies

Por:   •  13/10/2019  •  Resenha  •  2.652 Palavras (11 Páginas)  •  773 Visualizações

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Filme BABIES. Documentário. 80 min

https://vimeo.com/220076874

Infância e diversidade cultural: uma reflexão sobre o filme “Babies”

Near Opuwo, Namíbia

Na Namíbia, o menino Ponijião inicia seu primeiro ano de vida em contato com a natureza e os elementos naturais.

Vive uma vida de testar tudo ao seu redor, são inúmeras as possibilidades, batendo, pegando, sentindo, acariciando, percebendo as formas, sentidos e sensações.

O menino nasce sem intervenções médicas e de forma bem saudável, sem muitos recursos, no mesmo local em que vive. Ele nasce e já vai para os braços da mãe, sem roupas mesmo, não é embrulhado como é feito nos grandes hospitais, e já passa a ter contato com a mãe no primeiro momento, com sua pele, seu cheiro e é amamentado no peito.

O bebê desde cedo tem contato com os irmãos mais velhos, não há uma separação ou proteção neste sentido por Ponijão ser menor.

Seu crescimento e desenvolvimento continua da forma mais natural possível e cada dia ele se desenvolve melhor e mais pelas oportunidades que tem de explorar tudo ao seu redor.

O contato de Ponijão com sua mãe é direto e diário, ele consegue sentar-se sozinho e levar pequenos objetos a boca, mexe bem as pernas e se expressa de forma simples fazendo expressões com o rosto e com as mãozinhas. Dorme ao som de barulhos e é amamentado pela mãe, sem roupa e em contato com a terra. Percebemos que seu irmão com idade próxima a dele já consegue andar e engatinha sozinho, sem a ajuda de adultos, enquanto Ponijão observa tudo atentamente. Ele não tem acesso a brinquedos, livros e coisas do tipo.

O ambiente que Ponijão cresce e se desenvolve é em torno dos irmãos, da mãe, da natureza e dos animais, dando a ele cada dia que passa a oportunidade de explorar mais coisas que estão disponíveis e ao seu alcance, como: objetos sujos do chão, leva terra a boca, põe a boca na terra, observando o som dos animais.

Ponijão tem a oportunidade de ouvir o som de uma flauta e se atenta muito a riqueza dos sons, e suas variações. Ele já é exposto a pequenas brincadeiras com a sua mãe, interagindo e rindo, o ambiente tem bastante moscas varejeiras, e algumas inclusive estão em contato com a sua pele. Brinca normalmente com barro e já consegue engatinhar sozinho, além é claro, de beber água suja e não lhe fazer mal.

O bebê Ponijão consegue controlar algumas ações do seu corpo, como quando ele estava quase dormindo sentado, e consegue controlar-se quando vai cair, ao dormir. Interage com o cachorro, deixando ser lambido e lambendo o animal.

Ponijão descobre seu órgão sexual e se toca na intensão de explorar. A essa altura, o menino pode começar a imitar os irmãos, fala algumas palavras, come e bebe sozinho.

Seu desenvolvimento sensório motor já avança, permitindo que ele consiga ficar em pé sozinho, interagir no meio social em que vive, e por fim falar.

Ponijão nasceu em uma cultura africana, onde é comum homens e mulheres usarem poucas roupas, fazendo com que esse menino use poucas roupas também e permitindo que ele se desenvolva melhor e mais rápido por não ter nada lhe prendendo. Sua cultura lhe permite um desenvolvimento rápido, uma vez que eles estão sempre em contato com a natureza, podendo explorar coisas e objetos que encontram a sua frente. Ponijão tem uma liberdade maior e está em contato com pessoas e irmãos observando e repetindo tudo que vê ao seu redor, isso lhe proporciona maior agilidade e desenvolvimento por conta de suas experiências no meio em que vive.

Na sua cultura é normal a mãe dar banho no bebê fazendo uso da língua, e cuspindo toda saliva suja. O uso de facas para raspar a cabeça de bebês também é uma prática comum a eles, além é claro, do uso de colar, no pescoço.

Ponijão, se desenvolve melhor e de forma prática/rápida, por viver experiências práticas, por poder aprender com o meio em que viver e ter a oportunidade de repetir essas ações. Tudo isso faz com que ele viva experiências e se desenvolva mais, comparado com os outros bebês que tem a mesma idade que ele. Ele está sempre a frente dos demais bebês.

É interessante ressaltar, que esse bebê não tem o hábito de ficar doente e nem tem problemas de saúde no geral, por estar em contato com a terra desde pequeno, seu organismo se torna resistente a esses vírus que normalmente atingem crianças de sua idade.

Near Bayanchandmani, Mongólia

Na Mongólia, a mãe de Bayarjagal, utiliza de alguns recursos médicos para o nascimento do filho que é acompanhado por uma equipe médica.

Nesta cultura é comum as mulheres utilizarem mais roupas e se cobrirem bem. Esse é um dos motivos que a mãe dá à luz ao bebê, com a cabeça com lenço.

Bayarjagal nasce, é embrulhado e no primeiro momento não tem contato com a mãe. O menino é muito bem embrulhado com o intuito de protegê-lo ao máximo e por ser algo normal naquela cultura. Seu contato com o mundo ainda quase que nem existe, esse bebê é sempre embrulhado em panos e roupas, toda vez que vão as cidades.

Durante todo o momento, o que podemos perceber foi uma criança coberta, sempre com muitas roupas, sempre sem muitas possibilidades de se desenvolver, explorar o ambiente ao seu redor, pois sempre está deitado na cama, embrulhado. Depois passa a ter acesso a pequenos brinquedinhos na cama, no entanto mal consegue se mexer por conta de roupas. Nesta cultura é normal as meninas terem a cabeça raspada e andarem peladas. Os meninos não, o que entardece o seu desenvolvimento comparado as outras crianças na mesma fase que a sua.

Nesta primeira fase a criança não tem espaços, e vive em um ambiente que não permite seu total desenvolvimento, não há liberdade e espaços para o desenvolvimento, já que bebê nesta cultura fica deitado o tempo todo e sem muitas possibilidades.  O menino, passa a observar tudo com muita atenção. Observa tudo sem poder tocar e explorar.

Seu desenvolvimento segue, sem muitas interações, por viver numa zona rural, passa a ter contato agora com os animais do sitio/fazenda. A criança passa a se sentar e interagir com o gatinho da família, através do toque e acariciando-o. Agora que interage mais, esse menino já passa a ter uma convivência mais próxima com seu irmão mais velho. Esse menino apresenta ótimas condições de saúde.

Passa a engatinhar, ele engatinha pelo sitio todo, explora pequenos brinquedos e passa a ter mais liberdade para se desenvolver, e tem contato com os animais do sitio.

Bayarjagal, brinca com pequenos objetos da casa, não tendo acesso a brinquedos, sua família é pobre e dispõe de poucos recursos. Ele é preso a cama por um pedaço de pano para que mantenham ele ali próximo, tenham o controle dele.

O menino já dá sinais de que irá começar a falar, e pronuncia Mama, brinca com o irmão, e leva um tapa e uma bronca por estar brincando na água com o irmão.

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