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O Grupo de Estudos e Pesquisas ‘História, Sociedade e Educação no Brasil’

Por:   •  10/2/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.304 Palavras (6 Páginas)  •  315 Visualizações

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Segundo Saviani (1998):

O Grupo de Estudos e Pesquisas ‘História, Sociedade e Educação no Brasil’, cuja origem data de 1986, surgiu, como sugere o seu nome, com a preocupação de investigar a História da Educação pela mediação da Sociedade, o que indica a busca de uma compreensão global da educação em seu desenvolvimento [...]”. (SAVIANI, 1998, p. 14)

A partir da citação supracitada discorra sobre os critérios teórico-metodológicos apresentados por Saviani (1998) e Dalarosa (1999), que o pesquisador de História da Educação poderá utilizar no seu “fazer histórico”, sem seduzir-se pelo paradigma “pós-moderno”.

GABARITO:

1) A questão é de natureza complexa, centrada no campo da Teoria da História e Filosofia da História;

2) Espera-se que os alunos localizem nos dois textos as partes mais essenciais da discussão teórica proposta pelos autores, ou seja, identifiquem no texto de Saviani as correntes de pensamento histórico apontadas ali, das quais derivam estudos que irão compor a chamada historiografia, e, em Dalarosa, apontem as categorias integrantes do materialismo histórico dialético, com as quais os historiadores partidários dessa corrente devem operar.

Os textos de Saviani e Dalarosa não apresentam contradição e oposição de idéias são, portanto, complementares, pois mantêm a mesma filiação teórica - o materalismo histórico dialético. Saviani apresenta as três grandes correntes do pensamento histórico: positivista, Escola dos Annales e a marxista. Trata dos dois paradigmas (modelos) rivais na historiografia atual - o iluminista e o pós-moderno, propostos por Ciro Flamarion Cardoso. Entretanto discorda de Cardoso quando menciona que:

é forçoso reconhecer que implica uma sistematização um tanto simplificadora, já que coloca sob uma mesma rubrica correntes bastante distintas e, até mesmo, opostas entre si. Com efeito, embora o marxismo participe com as demais correntes do século XIX do entendimento que a razão humana é capaz de conhecer a realidade objetivamente, a obra de Marx se formulou em contraposição tanto o iluminismo quanto ao positivismo, criticando-os de forma contundente (p.11, penúltimo parágrafo).

Assim, ao apontar o inventário das críticas que Cardoso faz ao paradigma pós-moderno (p.11) devemos fazer o oposto das falhas ali apontadas, para fugir à sedução do paradigma pós-moderno ou seja:

1) Um trabalho na perspectiva do materialismo histórico dialético deve se pautar no racionalismo científico, fazendo uso de todo rigor teórico e metodológico que cabe à História como ciência, inclusive no que diz respeito a explicitação do método e crítica das fontes;

2) As afirmações históricas devem ser argumentativas (demonstrativas) sem pretensão de verdade absoluta e imutável (dogma), não podendo ser somente do tipo "eu acho" ou "eu quero", com uma refutação detalhada e rigorosa das posições (teórico-metodológicas) contrárias;

3) Combater o método hermenêutico (técnica de interpretação) relativista (relatividade do conhecimento com preponderância do sujeito sobre o objeto - de análise/estudo) que na prática escamba para o subjetivismo, e nega objetividade do conhecimento histórico e da apreensão da realidade objetiva;

4) Fazer a defesa da ciência e do racionalismo (a razão como mediadora das ações humanas; " a atitude de quem confia nos procedimentos da razão para a determinação de crenças ou de técnicas em determinado campo" ( ABBAGNANO, Dicionário de Filosofia,2003:p.821-22 );

Para Saviani o debate está instalado, uma vez que

o significado da educação está intimamente entrelaçado ao significado da História. E no âmbito da investigação histórico-educativa essa implicação é duplamente reforçada: do ponto de vista do objeto, em razão da determinação histórica que se exerce sobre o fenômeno educativo; e do ponto de vista do enfoque, dado que pesquisar em História da Educação é investigar o objeto educação sob a perspectiva histórica. (grifo nosso)

Dalarosa, por sua vez, aponta as cinco categorias integrantes da categoria da Dialética: contradição, totalidade, mediação, reprodução e hegemonia (uma categoria é uma noção que serve como regra para a investigação em qualquer campo, podendo ser também determinações da realidade e, ainda, noções que servem para indagar e para compreender a própria realidade). Para uma abordagem marxista da História da Educação ou da Educação em uma perspectiva histórica (materialista histórica dialética), necessariamente o investigador/pesquisador deve empregar uma ou outra dessas categorias, que derivam de premissas (proposições deduzidas de proposições maiores) teóricas.

QUESTÃO 2 (3 pontos)

A formação do homem é um tema que ocupa suas reflexões desde os primórdios. Partindo deste pressuposto e considerando Paidéia e humanitas conceitos que se orientam, produza uma reflexão em que os distanciamentos e as aproximações entre os mesmos, sejam contemplados.

GABARITO

Didaticamente, o aluno poderá considerar:

O mundo Grego (situado a partir dos tempos Homéricos) - antiga Paidéia: educação integral (indivíduo e sociedade) = bem comum

Nos espaços das cidades gregas, como Esparta e Atenas a educação possuía objetivos diferenciados.

Esparta, cidade militarizada, teve seus ideais e modelos educativos voltados para a formação integral, com ênfase

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