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O Letramento É Inerente As Questões Sociais De Seus Educandos, O Que Remete Ao Termo Pedagógico Um Caráter De Prática Social.

Por:   •  21/3/2024  •  Dissertação  •  1.786 Palavras (8 Páginas)  •  14 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES

FACULDADE DE EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO

CURSO DE MESTRADO

O LETRAMENTO É INERENTE AS QUESTÕES SOCIAIS DE SEUS EDUCANDOS, O QUE REMETE AO TERMO PEDAGÓGICO UM CARÁTER DE PRÁTICA SOCIAL.

Liduvina Virginia de Almeida

Introdução:

Não é de hoje que a escola é fonte importante de informações para projetos governamentais em diversas áreas e épocas, sendo assim a aprendizagem escolar fica alicerçada as questões sociais de seus alunos, onde vemos a necessidade de dar ao termo pedagógico um caráter de prática social, pois o “Letramento relaciona – se às praticas sociais de leitura e escrita” (Castanheira; Maciel;Martins,2009, p.81). Muitas perguntas ecoam quando pensamos nas situações complexas que envolvem o alfabetizando e suas relações sociais as quais influem diretamente na “construção” do seu processo de letramento. Mas como alicerçar práticas pedagógicas a práticas sociais? Assim visando novas práticas pedagógicas e inovadoras, com o objetivo de abranger todas as classes sociais atendidas na Unidade Escolar, de forma a beneficiar a comunidade como um todo, propomos uma escola com suas práticas pedagógicas voltadas e alicerçadas ao sociológico em que ela está inserida, respeitando as diferentes manifestações de habilidades e analisando: “Oque falta para esse aluno se apossar do Letramento?” É necessário que práticas pedagógicas se alinhem a ações que acolhem, se adaptam, ressignificam e valorizam as relações sociais que estão em seu meio de atuação, onde o processo de leitura e escrita devem ser “relevantes à vida” (Vygotsky,2001). Portanto, o professor tem como objetivo central, alcançar o desenvolvimento escolar de cada aluno, respeitando e fazendo as devidas adaptações do ensino-aprendizagem, despertando e resgatando o vínculo família e escola, onde a família é principal comunidade em que o aluno está inserido. Como resgatar as famílias e mostrar a elas seu papel fundamental em todo esse processo? Como quebrar esse ciclo vicioso do “eu aprendi assim , meu filho também pode aprender assim.” São necessárias ações para a construção de um movimento dialético coletivo onde a escola como um todo também é chamada a refletir as suas ações. Não há como ter evolução educacional sem despertar nas famílias dos educandos que toda prática pedagógica dos professor necessita de seu amparo familiar.

Justificativa:

Como professora alfabetizadora por longos anos, a linha de pesquisa: A formação de professores alfabetizadores em contextos de diversidade: entre políticas e práticas curriculares; sobre a coordenação da professora Maria Letícia Cautela de Almeida me despertou a necessidade de pesquisar e aprofundar a cerca das práticas de letramento atreladas as questões sociais de seus educandos. Durante o letivo vigente de 2023 fiz uma pesquisa na escola em que atuo atrelada aos hábitos de leitura das famílias dos alunos e o reflexo direto ao nível de letramento do mesmos, bem como os resultados obtidos de avaliação diagnóstica das turma de 1º ano mostraram que professores de alfabetizadores da unidade escolar que tem seus planejamentos flexíveis, baseados na valorização do que o aluno traz consigo em suas vivências e entende o princípio que escola não é o único lugar para aquisição do conhecimento e nem detentora de todo saber, tiveram bons resultados no primeiro trimestre em contra partida professores que se apoiam na educação bancária e não refletem sobre suas práticas pedagógicas deixando de ser um mediador do processo de ensino e se tornando um mero cobrador de resultados, não obtiveram bons resultados em seu trabalho de alfabetizador, pois não valoriza os currículos oculto e real que emerge na prática pedagógica do trabalho em sala de aula.

Objetivos:

• Refletir o por que sou um professor alfabetizador? Sou mediador do processo de ensino ou apenas um cobrador de resultados?

• Valorizar o currículo e real que permeia todo o ambiente escolar;

• Distinguir e dar importância aos componentes históricos de práticas educativas engessadas ao currículo formal, que contribuirão para a demanda futura da EJA, estabelecendo relações entre causas e consequências;

• Enfocar a importância da igualdade de oportunidades, em todos os aspectos ligados à educação;

• Compreender que as ações docentes devem estar norteadas ao currículo formal, que este se expande em igual importância ao currículo real que se ramifica e cria raízes no currículo oculto;

• Valorizar a realidade em que o currículo formal está sendo apresentado.

Fundamentação Teórica:

Paulo Freire afirma: “A conscientização não pode existir fora da ‘práxis’, ou melhor, sem o ato ação – reflexão. Esta unidade dialética constitui, de maneira permanente, o modo de ser ou de transformar o mundo que caracteriza o homem” (Freire, 1980, p. 26). A escola de hoje tem sua ação simplesmente parada, fixa, estática e submetida aos valores dominantes da sociedade, tão quanto as práticas pedagógicas engessada ao currículo formal como única fonte de conhecimento, partindo nesta analise vemos, que há grande necessidade de uma educação escolar que una teoria e prática, para que a deixe de ser praticada concebendo uma educação para além do ensino, como instrumento de conscientização, na perspectiva da transformação social; a valorização das manifestações no ambiente escolar que não estão expressas no currículo formal são percebidos como instrumento de correção do processo evolutivo educacional dando novos rumos a educação. Tão importante quanto os conteúdos transmitidos, são as relações que se estabelecem entre os sujeitos envolvidos no processo educativo e os ideais perseguidos por estes sujeitos, o que inclui reflexão e ação coletiva, temos o exemplo da Escola da Ponte, “o processo de leitura e escrita ocorre a partir das notícias do final de semana, contadas pelos alunos.” (Silva ,p.63,2011). Os conteúdos deste aprendizado não são transmitidos por um professor aos alunos, mas socializados, trocados ou

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