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O PEDAGOGO FRENTE Á DIVERSIDADE - COMO LIDAR COM A DIVERSIDADE NAS ESCOLAS

Por:   •  16/8/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.419 Palavras (10 Páginas)  •  544 Visualizações

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

PEDAGOGIA

CARMEN SOARES ZANELLA

O PEDAGOGO FRENTE Á DIVERSIDADE

COMO LIDAR COM A DIVERSIDADE NAS ESCOLAS

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VERANÓPOLIS

2013

CARMEN SOARES ZANELLA

TRABALHO INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL

Eixo temático: O trabalho do pedagogo nos espaços educativos

Trabalho apresentado ao Curso de Pedagogia da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas de Sociedade e diversidade no contexto educacional; Processo educativo no contexto histórico-filosófico; Comunicação e linguagem; Seminário I.

Profs. Okçana Batini; Fábio Luiz da Silva; Bernadete; Márcia Bastos; Lilian Salete A. M. Lima.

Tutor (a) de sala: Mary Gotardo Guzzo

VERANÓPOLIS

2013

INTRODUÇÃO

         

Pretendo nesta breve pesquisa num primeiro momento propor uma discussão sobre o eixo temático da metodologia tradicional de ensino formadora do atual pedagogo, bem como a atuação deste profissional frente à diversidade escolar numa didática inclusiva das pluralidades escolares. Num segundo momento passarei analisar tipos de diversidades, histórica, linguística e cultural na visão de alguns autores estudados nas disciplinas do curso. Remetendo a reflexão sobre a diversidade na sociedade e na escola, pois se percebe a dificuldade que os educadores encontram para adaptar suas salas de aula, criadas e mantidas para alunos idealizados e homogêneos, na esperança de tornar possível a tarefa de educar para o respeito a todos os sujeitos sem distinção de qualquer tipo.

O PEDAGOGO FRENTE Á DIVERSIDADE

 A sociedade capitalista vive um ciclo de globalização voltado à competitividade do trabalho. O ensino universitário está se voltando ao conhecimento técnico rompendo com as carreiras tradicionais. A organização interna dos currículos baseada na competência bem definidas dá lugar a novas propostas. Esta condição colide com a formação da maioria dos pedagogos uma vez que se distancia de suas histórias. Também se exige uma apropriação teórica que grande parte não possui, dificultando o entendimento de propostas que tentem atender estes discursos. Como a implementação destas propostas depoente do trabalho cotidiano do pedagogo infere-se que o sucesso ou fracasso do sistema escolar são de sua responsabilidade. Neste sentido a prática pedagógica precisa ser acompanhada e controlada, pois na lógica administrativa estas são estratégias eficazes para reforçar sua responsabilização pelos resultados dos sistemas educacionais. De acordo com Cunha (2010) “a demonstração das capacidades docentes fica restrita ao espaço de um simulacro: se dá uma aula na audiência de alunos, e se explica como se procederia com os alunos dos quais se desconhecem as características apelando-se, portanto, para sua abstração.” Exemplo do que Cunha explicita são os editais de concurso para pedagogos em que qualquer profissional é transformado em professor. Vai se consagrando o perfil de um professor que se distancia da representação histórica de quem sabe fazer sabe ensinar, para a equação que pressupõe que quem sabe pesquisar sabe ensinar. A expectativa da sociedade é de um pedagogo que ensina os jovens a serem competentes e competitivos profissionalmente para serem incluídos no mercado de trabalho. Cada pedagogo está preparado para abordar temas que pesquisa num recorte de sua especialidade, entretanto na dimensão dos meios escolares os saberes próprios da profissão docente e pedagógica lhes são alheios. Neste sentido é difícil imaginar que possam fazer rupturas e correr riscos de desenvolver uma pedagogia que se afaste de sua trajetória estudantil. É comum no meio acadêmico de que para ser um bom professor o mais importante é ser um bom pesquisador, visto ter o maior conhecimento científico.

O problema do pedagogo na prática de sala de aula é didático, metodológico. Nunca aprenderam nos meios estudantis de como lidar com os alunos suas características e suas diversidades. Aprendem observando alguém fazendo, nunca questionaram um autor de livro didático.

Abaixo analisaremos algumas imagens que abordam a diversidade:

  1. Diversidade histórica:

O evento da chegada da civilização ocidental na América (como na gravura expressa abaixo) já contém traços de dominação do homem branco sobre o nativo que se perpetua ao longo do período histórico. Não podemos falar de diversidade no aspecto amplo da palavra, sem analisarmos a indústria cultural ou os meios de comunicação de massa, os quais tem um papel predominantemente alienante com objetivo hegemônico a serviço da classe social que detém o poder. A história é contada pelos donos dos meios de comunicação usados para dominação e aniquilação cultural. Nesta visão criam-se estereótipos onde se enquadram a diversidade e o diferente se reduz á conceitos pré-estabelecidos conforme convém a cultura dominante. Diante disto a chegada dos povos europeus ao continente americano é visto como descobrimento e não invasão e aniquilação dos povos que aqui viviam. A cultura das civilizações pré-colombianas na visão dominante tratada de indígena ao longo do tempo foi reduzida a espaços territoriais de preservação governamental e tão somente ali teimam em sobreviver e lembradas em data especifica pela cultura ocidental ora dominante no dia do índio. Cabe lembrar que as sociedades indígenas - territorializadas no espaço que os europeus denominaram de Brasil – foram considerados analfabetos pelos colonizadores por não saberem escrever. Contudo essas sociedades possuíam (e ainda possuem) linguagens próprias para transmitir. A mais forte e conhecida é a oralidade, perpetuando a herança imaterial de geração a geração. A história do Brasil registra o que hoje ninguém desconhece: a construção histórica do país começa com o cimento da pluralidade de povos representada esquematicamente pelas populações indígenas, pelos brancos, predominantemente portugueses, pelos negros escravizados na África desde o século XVI até o século XIX.  A pluralidade somente deixou de ser trinária para se tornar complexa com a vinda de imigrantes brancos de várias procedências e com a chegada dos japoneses.

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