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A Diversidade Textual Na Escola

Por:   •  28/2/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.544 Palavras (7 Páginas)  •  263 Visualizações

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A Diversidade Textual Na Escola

Machyavelly, Antonio Marcos[1]

        Muitos pensam que trabalhar o gênero textual na escola é como uma moda, portanto Carmi Ferraz Santos professora da UFRPE pensa diferentemente, ela contesta que trabalhar o gênero textual é a possibilidade de resgatar e nos ajudar a compreender de que forma o trabalho com a língua escrita e oral contribui para o nível de letramento dos nossos alunos.  

        Qualquer texto do cunho gênero textual pode ser tranquilamente trabalhado na sala de aula, todavia o professor de língua portuguesa tem que levar em conta alguns apontamentos como: a função social do gênero, a sua constituição linguística, as características formais e informais nele contido, para que os alunos possam assimilar o gênero para o uso da leitura e da escrita. E faz-se importante que o aluno tenha total acesso aos mais vários tipos de gênero textuais que circulam no dia a dia das pessoas.

        Embora que possa ser trabalhado qualquer gênero textual na escola, deve-se tomar alguns cuidados em relação a isso, pois há textos que são próprios da escola, gêneros que se encontram na escola que ficam de livre acesso ao professor usá-los. Devido os objetivos pedagógicos da escola, podem transformar a forma de ver esse gênero, na forma de seu uso e de como escrevê-lo.

O livro didático, por exemplo poder haver algumas variações na maneira de como os gêneros circulam, é muito comum em texto de mídia, jornalismo impresso, haver uma modificação de diagramação, formatação gráfica, acréscimo e/ou supressão de imagens que modificará o gênero, mas o importante é assumir a escolarização como algo próprio, mas procurando adequar esse gênero a ser menos artificial.

 O professor precisa criar situações significativas que respondam o porquê da importância do gênero trabalho e muitas vezes utilizar simulações para que o aluno possa compreender, como usar o gênero se estivesse naquela determinada situação real de uso. Exemplo dado no vídeo foi a questão da oralidade simulando a comunicação vendedor/cliente, embora nenhum dos alunos fossem vendedores ou clientes, com a simulação feita na sala de aula, os possibilitou a entender melhor gênero trabalhado e como ele é tão comum no dia a dia das pessoas, a interação de vendedor e cliente em uma loja, os proporcionou o uso de leitura e escrita maneira mais diversificada.

Texto e Gênero

        A diferença em trabalhar o texto e o gênero ainda é um pouco sutil para grande maioria dos educadores, pois é um assunto que não é tratado frequentemente. Se o professor leva um texto para sala de aula, lê-o e faz alguns apontamentos não quer dizer que está fazendo um analise de gênero ou trabalhando o gênero textual inserido naquele texto.

O texto pode ser trabalhado em si de forma especifica, por exemplo, trabalhar verbos dentro desse texto sem que seja mencionado a qual ou tipo de gênero ele pertença, ou seja trabalhar texto por texto como pré-texto, desvinculando a importância social do gênero.

        O professor precisa escolher o que ele vai abordar em suas aulas e quais dimensões vai levar em relação ao aluno, se vai trabalhar o texto por exemplo do suco de maracujá, a forma que o texto é organizado, as palavras e classes nele inserido ou o gênero textual receita, mostra as peculiaridades que cada receita irá conter. É importante que o professor saiba relacionar e diferenciar o texto do gênero caso queira trabalhá-los separadamente.

Gêneros Orais na Escola

        A oralidade está sempre presente no âmbito escolar devido a grande interação dos alunos e professores na aula de aula numa dimensão com todas as disciplinas, embora que a oralidade não seja um objeto especifico de estudo na escola e até algumas vezes é, mas por sua vez de forma limitada e equivocada. Deve-se ampliar o que é oralidade para trazer a sala de aula, pois muitas vezes a concepção da oralidade limita-se em conversa espontânea e isso é um equívoco grotesco para os pensam dessa forma.

Fazer com que os alunos batam papo, conversem na sala de aula, não faz que esse dialogo passe a ser oralidade e nem mesmo formula o seu objetivo, da mesma forma que a leitura oralizada, aquele que se lê em grupo, o professor pede que os alunos para ler um texto com especifico gênero textual, em voz alta perante a classe, não é oralidade. O professor precisa ir além dessa proposta.

        A professora Marianne C. B Cavalcante da UFPB pensa que é um equívoco cogitar que a oralidade é o lugar do caos, embora que na escola não haja discutido a natureza do oral, pois a oralidade não é tomada como objetivo, porque o máximo que se faz, é praticas de oralidade; as conversas, os detalhes entre os alunos na escola sem a reflexão do oral que ali estão inseridos.

         É, então a partir desse momento que entram os critérios da oralidade, que chamam de três grandes critérios: os linguísticos, paralinguísticos e extralinguísticos. Pode-se definir os linguísticos como todo  enunciado verbal produzido e tudo que possa vir junto a esse verbal para ir além da informação, os marcadores da fala como: né, então, assim, oh. Que se traduzem como marcadores conversacionais, eles mantêm a estratégia interativa com o interlocutor. Objetivando esse manter a conversa em determinado ritmo, fazendo acontecer uma interação entre o locutor e interlocutor.

        O paralinguísticos pode-se dizer que é um critério mais sofisticado, pois está relacionado diretamente na paralinguagem, que nada mais é a entonação, a velocidade que a fala é produzida, exemplo citado foi, se o professor está dando uma aula ele tende a falar mais pausadamente, de forma mais clara para que o aluno possa entendê-lo melhor.

Já o extralinguístico contextua o ambiente em si, como o locutor está falando, seus gestos e a maneira que o interlocutor recebe essas informações dentro oralidade ao seu objetivo. Isso possibilita a continuidade do fluxo da fala, que é a excitação na fala, os gestos espontâneos, a fala com entroncamento, pois uma fala robótica[2] não entra nos critérios da oralidade.

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