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O PLANEJAMENTO INTERDISCIPLINAR: DESAFIOS E POSSIBILIDADES

Por:   •  17/6/2020  •  Relatório de pesquisa  •  5.795 Palavras (24 Páginas)  •  158 Visualizações

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EMA: Planejamento interdisciplinar: desafios e possibilidades.

Categorias de análise: Planejamento; interdisciplinaridade; currículo escolar e oculto.

BATISTA, Reinaldo Nazaré¹

ROCHA, Vera Marinho da²

PAIVA, Ignês Tereza Peixoto de³

RESUMO: Não obstante, nas últimas décadas às ações de cunho teórico, legais e práticas em torno do “planejamento educativo”, ganha destaque e dimensões crescentes no cenário educacional brasileiro, por se mostrar relevante frente à sistematização dos processos educativos. Por esse motivo, pretende-se com está experiência discutir e analisar a luz das teorias, as seguintes categorias: Planejamento, Interdisciplinaridade, Currículo escolar e oculto. Para que a partir de uma análise destes instrumentos e concepções, permita-nos engendrar contribuições a cerca do “planejamento interdisciplinar”, frente à prática pedagógica em uma escola Estadual do Município de Parintins-AM.

PALAVRAS CHAVE: Planejamento, Interdisciplinaridade, Currículo escolar e oculto.

ABSTRACT: Nevertheless, in recent decades the actions of theoretical, legal and practical around the "educational planning", gained prominence and growing dimensions in Brazilian educational scenario, because it appears opposite the relevant systematization of educational processes. For this reason, we intend to experiment with is to discuss and analyze the theories, the following categories: Planning, Interdisciplinary, School curriculum and hidden. To that from an analysis of these tools and concepts, let us beget contributions about the "interdisciplinary planning" ahead of pedagogical practice in a State school in the city of Parintins-AM.

KEYWORDS: Planning, Interdisciplinary, School curriculum and hidden.

INTRODUÇÃO

Acredita-se que os conhecimentos produzidos ao longo da história da humanidade necessitam estar sendo constantemente relembrados, pelas gerações atuais, para que venham refletir sobre a herança cultural que os homens á construíram e continuam a construir, deixando-nos como legado, para melhor pensar e prever o futuro. Como bem afirma LUCKESI (2011, p. 129), acreditando que: “[...] na origem de toda conduta humana, há uma escolha; isso implica finalidades também valores”.

Desta forma, se projetar ao passado, significa bem mais do que uma simples ação, mas a oportunidade de entender o presente, que de tal modo, fora pensado/projetado no passado e reflete nos dias atuais, sobre várias óticas. Neste caso em especial sobre á educação, pois é a via, por onde os homens preservam, redimensionam e reorganizam os conhecimentos produzidos pela humanidade, e/ou em outras palavras, planejam os processos educacionais para o futuro. Pois, os novos conhecimentos ensinados/produzidos, têm de alguma maneira, relação com os conhecimentos do passado.

Desta maneira, influem sobre os comportamentos, hábitos, valores, crenças dentre outras características do comportamento humano, principalmente a forma de pensamento(s). Daí ao buscar novos horizontes, emerge a necessidade de considerar os conhecimentos do passado, tendo vista, todo o cabedal cultural construído pela humanidade ao longo da história. Em particular aqueles que darão respostas para as dúvidas ou aspirações/projeções que visam o futuro.

  1. PLANEJAMENTO

As mudanças constantes na sociedade atual, mediadas pelas inovações científicas e tecnológicas. Modificam o homem não só físico/biológico, mas em particular, a sua subjetividade, o modo de ser, o seu eu cultural (subjetivo), visto que se pressupõe ao sujeito a adequação/inserção a essas mudanças, ocorridas nas relações sociais. As quais remetem aos processos educativos uma nova postura ao lidar com esse devir constante, um planejamento, cuja intenção contemple tais mudanças e aspirações. As quais, LUCKESI (2011, p. 132), o chama de “processos sociais”. Em suas palavras:

[...] a vida e os processos sociais mudam a cada momento e, em consequência, a atividade de planejar necessita de estar atenta a esse processo, visto que ela é a atividade pela qual os seres humanos dimensionam o seu futuro.

Neste sentido, cada vez mais, torna-se vital no âmbito educacional falar de planejamento, e, em especial conhecer suas raízes profundamente. Seu conceito e os ideais inerentes a sua conjuntura. Para que a atividade de pensar o homem não negue as mudanças ocorridas no meio social, manifestadas de maneira avassaladora, e, em especial de buscar conhecê-lo e refletir sobre a sua sistematização.  Neste sentido, sobre as questões conceituais acerca do planejamento, LUCKESI (2011, p. 128), parafraseando Nilson, elucida a seguinte definição de planejamento:

Podemos definir o planejamento como a aplicação sistemática do conhecimento humano para prever e avaliar cursos de ações alternativas com vista à tomada de decisões adequadas e racionais, que sirvam de base para a ação futura. Planejar é decidir antecipadamente o que deve ser feito, ou seja, um plano é uma linha de ação pré-estabelecida.

Por essa ótica, a definição de planejamento é abrangente, pois toca em várias questões desde a sistematização de conhecimentos, prevenções futuras, avaliação de ações, tomadas de decisões e o pensá-lo racionalmente o que o torna científico. E pode ser entendido também como plano ou ‘projeto’.

De maneira que ao desmistificá-lo melhor o termo. Nas palavras de LUCKESI (Apud, FERREIRA, 1975, p. 144), a etimologia do termo: “‘projeto’ vem do latim projectu, particípio passado do verbo projecture, que significa lançar mão para diante. Plano, intento, desígnio. (empresa, empreendimento. Redação provisória de ler. Plano geral de edificação)”.

Desse modo, o ato de planejar se configura como tal, e, emana não somente lançar-se o olhar para o futuro, mas averiguar quais meios utilizar para materializar as ações pensadas intencionalmente, que de tal modo, implicam pensar o homem, a sociedade em sua complexidade. Uma vez que na educação sistematizada se exige que estejam articuladas aos ideais de sujeito que se quer formar, para uma determinada sociedade, o que implica pensar em um planejamento ligado a uma ideologia pela qual se pensará o(s) homem(s).

Como afirma. LUCKESI (2011, 124):

o ato de planejar, como todos os atos humanos, implica escolher e, por isso, esta assentado numa ideologia. É uma ‘atitude –meio’ que o ser humano no conhecimento de suas ações e na obtenção de resultados desejados, portanto, orientada por um fim.

Daí a necessidade de aprofundar de maneira consistente o caráter ideológico inerente ao planejamento, pois, são a partir de suas intenções latentes que se concretizam as ações interventivas frente aos processos educacionais na escolarização e/o na formação de sujeitos, por isso, nunca ‘neutro’ como diz LUCKESI, (2011). Em suas próprias palavras: “o ato de planejar é a atividade intencional pela qual se projetam e se estabelecem meios para atingi-los. Por isso, não é neutro, mas ideologicamente comprometido.” (p. 124).

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