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O Que é a EJA

Por:   •  30/5/2021  •  Artigo  •  1.408 Palavras (6 Páginas)  •  131 Visualizações

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FACULDADE MULTIVIX SERRA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA


MARY STELA DA COSTA SURDINE

8º PERÍODO


EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: EJA E O ENSINO SUPERIOR








SERRA – ES

2021

MARY STELA DA COSTA SURDINE











EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: EJA E O ENSINO SUPERIOR

Estudo Orientado apresentado à disciplina de Educação de Jovens e Adultos do Curso de Graduação em Pedagogia da Faculdade Multivix Serra como requisito para obtenção de nota.

Coordenador do Curso: Elaine Costa 

 Professora: Mônica Ribeiro 

 


SERRA – ES

2021

O presente estudo orientado tem como objetivo trazer reflexões sobre o ingresso de alunos da Educação de Jovens e Adultos -EJA- no ensino superior. Todo o estudo terá como base teórica pesquisas científicas que tratam do mesmo assunto, do estudo da unidade 5 da disciplina de Educação de Jovens e Adultos e o texto sugerido para estudo orientado. Para podermos pensar sobre o tema desse trabalho se faz necessária a compreensão do que é a EJA e sua história, por isso iniciaremos com um breve contexto histórico.

A Educação de Jovens e Adultos é uma modalidade de ensino da educação básica destinada a alunos com mais de 15 anos de idade que não conseguiram concluir os estudos em idade apropriada, por falta de acesso ou por terem que interromper os estudos. E pode parecer algo recente, mas a EJA teve início com a chegada da Escola de Jesus no Brasil (jesuítas) na tentativa de educar os índios.

Como vimos na unidade 5 do material em PDF, essa modalidade de ensino passou por inúmeras transformações ao longo do tempo, tendo como premissa diminuir os índices de analfabetismo no país.  Com o fim da Segunda Guerra Mundial, com a volta da democracia no Brasil, surgiram movimentos importantes em prol da educação para adultos. Paulo Freire teve grande atuação em reflexões para a EJA. Estudamos que ele foi o responsável por despertar o interesse para revisão dos métodos na educação para garantir que os estudantes fizessem parte do seu processo de aprendizagem, colocando o adulto no centro dessa discussão.

 Durante o Regime Militar, a EJA recebeu o nome de Mobral e tinha a intenção apenas de ensinar as pessoas a escrever seus nomes, em 1971 o nome mudou para Ensino Supletivo e era oferecido no turno noturno. Durante o Governo de Collor houve a tentativa de melhorar com a criação do Programa Nacional de Alfabetização e Cidadania (PNAC) mas não foi consolidado; no Governo de Itamar Franco nada aconteceu de relevante. E com a Lei de Diretrizes e Bases é que a Educação de Jovens e Adultos se torna parte da educação básica.

No que diz respeito a aspectos legais da EJA, no Art.4º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº. 9.394/96) no Inciso VII assegura que jovens e adultos tenham direito a educação escolar de forma regular e de maneira adequada às suas necessidades, considerando a disponibilidade para aqueles que trabalharem, oferecendo condições de aceso e permanência na escola (BRASIL, 1996).

Apesar das conquistas nessa área da educação, a EJA sempre esteve voltada para que o aluno adulto se tornasse mão de obra qualificada, e que ao concluir o ensino médio busquem cursos técnicos e profissionalizantes para se inserirem no mercado de trabalho, tanto que o retorno as salas de aula -em sua maioria- é impulsionado por questões profissionais, para terem mais oportunidades de emprego. Porém é importante que esse público também seja visto como potenciais para o ingresso ao ensino superior. E o texto sugerido para leitura prévia na unidade 5, Bisnella traz algumas interrogações ímpares como quantos alunos da EJA dão continuidade aos estudos cursando uma graduação. Mas será que o ensino na EJA é motivador para que os alunos se sintam preparados para concorrer às vagas e a realizar uma graduação? É sobre isso que vamos refletir a partir de agora.

Durante as pesquisas para esse estudo, percebeu-se que cada aluno da EJA teve seu motivo para deixar a escola e para retornar, entre eles está a falta de acesso, trabalho, família. E para retornar tinha como motivo a busca por oportunidades de emprego, concluir o sonho de ser formado, alcançar o ensino superior etc.

Hoje, o ensino superior está muito mais acessível, o governo tem lançado vários programas para que alunos provenientes de escolas públicas tenham acesso ao ensino superior através de bolsas parciais e integrais como Programa Universidade para Todos (Prouni), Sistema de Seleção Unificada (Sisu), Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies). E com o advento da modalidade à distância, que oferece uma maior flexibilidade para os estudos, os alunos da EJA tem mais oportunidades ainda de cursarem uma graduação mesmo trabalhando.

Na pesquisa feita por Bisnella, alguns alunos não conheciam os programas que facilitam a chegada ao ensino superior e por isso não tinham perspectivas de chegar lá: “Pediram como funcionava o PROUNI e se eles poderiam participar (pág. 89)”. Já outros estavam bastante motivados a dar continuidade aos estudos. Em uma pesquisa desenvolvida por uma graduanda de Pedagogia, Viviane Silva, os alunos que se sentiam motivados disseram que os professores têm bastante contribuição nessa motivação. Já que são incentivadores e apoiadores para que alcancem o diploma de ensino superior. Uma aluna entrevistada afirmou que “Professores me incentivaram a fazer o vestibular e entrar numa faculdade” (pág. 6). Mas houve quem disse que não se sentia motivado, pois além de não terem recursos, os conteúdos ensinados na EJA, apesar de todo esforço, eram insuficientes e não se sentia preparado. Na pesquisa de Bisnella, um aluno relata que em alguns momentos suas vivências não eram consideradas e tinham que estudar o que o sistema propunha.

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