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O não-ser e o não-lugar: perspectivas psicossociológicas da masculinidade

Por:   •  12/10/2019  •  Projeto de pesquisa  •  1.247 Palavras (5 Páginas)  •  120 Visualizações

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Complexo Educacional FMU/FIAM-FAAM

O não-ser e o não-lugar: perspectivas psicossociológicas da masculinidade

Matheus Muller Lima de Souza

RA: 7886837

Projeto de pesquisa apresentado ao Comitê de Pesquisa e Iniciação Científica como   parte dos requisitos para ingresso no Programa de Iniciação Científica.

Linhas de Pesquisa: Gênero e Sexualidade | Cultura e Relações de Poder

Orientadora: Profa. Dra. Simone S. Goh

                                                                                 

São Paulo

2017

SUMÁRIO

1

RESUMO...........................................................................................................03

2

INTRODUÇÃO.................................................................................................04

3

OBJETIVOS......................................................................................................05

4

JUSTIFICATIVA..............................................................................................05

5

METODOLOGIA..............................................................................................05

6

CRONOGRAMA...............................................................................................06

7

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................06

RESUMO

O curso de Pedagogia, historicamente ligado ao ensino e cuidado frente ao desenvolvimento de crianças, legado advindo do magistério, tem uma enorme disparidade entre homens e mulheres, sendo que o segundo grupo ocupa majoritariamente as cadeiras da universidade e as posições profissionais da área. Neste contexto, em todas as disciplinas concluídas até o presente momento, fica explicito o conceito histórico da educação como privilégio, entre recortes de classe, gênero e raça, que foram e continuam sendo alterados conforme a mudança da sociedade. Logo, este trabalho visa compreender as estruturas psicossociológicas da construção do masculino, frente a desigualdade social e o machismo imperante na atual conjuntura, com base nos conceitos filosóficos e antropológicos de não-ser e não-lugar. O desenvolvimento científico do artigo busca em análises bibliográficas e em pesquisas de campo, entrevistas e resultados de um projeto realizado pelo proponente, contemplado pelo edital de financiamento do programa Agentes Formadores de Governo Aberto 2017, da Prefeitura Municipal de São Paulo, intitulado "#QuebradaVIVA - Construindo espaços seguros para a juventude", que visa elucidar uma concepção integral dos interesses da juventude e os espaços seguros existentes para a mesma.

Palavras-chave: masculinidade; psicossociologia; desigualdade.

  1. INTRODUÇÃO

Entendendo a Psicossociologia como vertente de Psicologia Social e uma transdisciplina para os estudos da Educação, do Direito, da Administração e demais ciências humanas e sociais, com um campo que, conforme Machado et al. (2001, p. 9) “é bem delimitado: é o dos grupos, das organizações e das comunidades, considerados como conjuntos concretos que mediam a vida pessoal dos indivíduos e são por esses criados, geridos e transformados. ”, a masculinidade, desse ponto de vista, é tida como um conjunto de atributos, comportamentos e papéis geralmente associados a meninos e homens, entretanto, difere-se da concepção biológica do sexo, ligada a um ideal cromossômico, de genital, mas sim da função social auferida.

A socialização masculina, entendida como suposições de gênero criadas para satisfazer os costumes de uma sociedade, é uma concepção estritamente ligada à expressão e identidade de gênero e a orientação sexual, o que colabora para um ideal tóxico do que é másculo, de fato. Indicativos sexistas como ligar coragem, força, autossuficiência, falta de emoções e sensibilidade, comportamento vicioso, violento e animal, no sentido de irracional, incontrolável e indomável quanto ao desejo sexual, aos signos do masculino é uma construção social que perdura até o presente e que categoriza uma superioridade ao que é lido como feminino, em todos os contextos sociais.

Partindo dessa concepção, esta pesquisa pretende abordar a visão antropológica, psicossocial e educativa que constrói o sexismo existente na sociedade a partir dos problemas enfrentados pela filosofia nas definições do que é o ser e o não-ser, e de antropologia, frente aos lugares e não-lugares de ocupação do masculino, a partir de autores que são referência nestas especificidades. Inicialmente, conceituaremos corpo, gênero e sexualidade, buscando entender diferenças entre expressão, identidade e desejo, a partir dos conceitos de dispositivo e biopoder, apresentados por Michel Foucault.

Posteriormente, serão apresentados os conceitos utilizados na titulação do trabalho, o ser e não-ser, com base em Foucault, mas destrinçados pela tese de doutorado de Sueli Carneiro, e o não-lugar, conceituado na obra de Marc Augé, afim de correlacioná-los, trazendo o recorte sobre as relações de poder, desigualdade, perpetuação histórica, fomentadas pela educação. Concluindo, registraremos entrevistas e pesquisas de campo, sobre as formas em que se enxergam os corpos em ocupação, em diversas áreas do conhecimento e da produção.

  1. OBJETIVOS

O objetivo deste trabalho, em um primeiro momento, é identificar e compreender as estruturas psicológicas, sócio históricas e antropológicas da construção da masculinidade enquanto ser e não-ser e os lugares e não-lugares de ocupação conforme a conjuntura preexistente. Em um segundo momento, faz-se necessária uma construção coletiva de resultados de pesquisa, seja ela documentada em vídeo, por intermédio de fotojornalismo ou em material de distribuição gráfica, como folders e banners de campanha, pensando numa estratégia de educomunicação para ampliar o debate proposto.

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