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OS DESAFIOS E POSSIBILIDADES

Por:   •  23/7/2019  •  Artigo  •  2.783 Palavras (12 Páginas)  •  191 Visualizações

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FACULDADE ÚNICA DE IPATINGA

PALOMA FERNANDES RIBEIRO DE CARVALHO

DOCÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR: DESAFIOS E POSSIBILIDADES

FLORIANO – PI

2019

FACULDADE ÚNICA DE IPATINGA

PALOMA FERNANDES RIBEIRO DE CARVALHO

DOCÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR: DESAFIOS E POSSIBILIDADES

Artigo Científico apresentado à Faculdade Única de Ipatinga – FUNIP, com requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Docência no Ensino Superior.

FLORIANO – PI

2019

DOCÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR: DESAFIOS E POSSIBILIDADES

Paloma Fernandes Ribeiro de Carvalho

RESUMO

O século XXI apresenta uma sociedade repleta de avanços e mudanças em diversos aspectos, principalmente nos sociais. Quando se fala em educação, nota-se esse retrato em vários níveis de ensino, em especial na educação superior. A partir disso, este artigo foi preparado com base em discussões acerca da profissão docente na educação superior. O artigo tem como objetivo analisar o exercício da docência de forma livre e independente. Foram ainda abordados desafios e possibilidades diante à docência no ensino superior. Utilizou-se como metodologia a pesquisa bibliográfica. Ao final da realização deste estudo elencamos os desafios do exercício da docência no ensino superior e suas possibilidades para redefinir a prática pedagógica em vista da produção do conhecimento científico. Apesar do Ensino Superior estar repleto de novos desafios, espera-se alcançar melhorias através das transformações a partir da ação e reflexão do docente.

Palavra-chave: Docência. Educação Superior. Formação Docente.

Introdução

Percebe-se facilmente que o atual século (XXI) possui como principal característica as constantes mudanças que sofre. Essas transformações, acompanhadas de novos desafios, afetam os mais variados ramos do mundo, inclusive a educação, e, mais especificamente, o Ensino Superior.  

De acordo com o artigo 205 da Constituição Federal de 1988 a educação é um direito de todos. (BRASIL,1988, p.123) O exposto anteriormente, de forma bastante simples, requer uma certa análise sobre o processo de cidadãos a partir da educação. O exercício da docência vai além de apenas transmitir conhecimento. Envolve a incorporação do indivíduo nas relações sociais, o seu entendimento como cidadão no mundo e no desenvolvimento da sociedade.

A ideia é melhor fundamentada a partir das palavras de Bruel no livro Educação, trabalho e cidadania, onde relata que a educação, entendida como um dos direitos fundamentais, tem como ponto fundamental o acesso a outros direitos, como o civil, social e político, contribuindo desta forma para a construção da cidadania. (BRUEL, 2011, p.104). Então, o conhecimento científico é um fator importante, mas além dele deve existir a preocupação com a formação crítica do estudante para chegar-se a um cidadão com concepção de mundo, de relações sociais e do próprio conhecimento.

A instituição formadora de ensino deve se envolver na construção do conhecimento de forma significativa. Apesar da influência de fatores externos, modificações no espaço, avanços no conhecimento e tecnológicos, a instituição deve manter qualidade nos professores, estes, por sua vez, devem manter atualizadas suas informações, adquirir habilidades com o exercício da profissão, como interdisciplinaridade, contextualização, democratização, pertinência e relevância social. (SILVA; FERREIRA, 2011, p.25).  

Com isso, o presente artigo busca expor desafios como ausência de fiscalização adequada no ensino superior, desvalorização da docência em contrapartida com a excessiva valorização da pesquisa e a necessidade de motivação para o aluno no ensino moderno. Além disso, o estudo traz algumas possibilidades para a docência superior, como as inovações tecnológicas, docência através de um processo coletivo, livre e independente, e ainda, a consideração dos docentes diante novos métodos e desafios.

Desenvolvimento

O Brasil é um país onde a qualidade nos serviços públicos é baixa e com altos custos. Um dos principais motivos para isso é a falta de uma boa gestão. Tendo em vista esse fato, a saída para muitos é buscar auxílio no setor privado.

Quando se trata de educação, Soares e Cunha relatam que houve um aumento significativo de matrículas, a partir da década de 90, em instituições de ensino particular. (SOARES; CUNHA, 2010, p.579). Mais especificamente, as instituições de ensino superior particulares possuem certas características mais flexíveis, tendo em vista que estão sempre em busca de maior número de alunos matriculados. Georgen relata que a falta de alternativa dos alunos e a demanda reprimida contribuem, também, para a falta de qualidade nessas instituições particulares. (GEORGEN, 2006, p.72). A partir disso, pode-se concluir que a grande procura é por uma vaga para, enfim, adquirir um diploma de curso superior e ter mais chances de melhorar o currículo e ingressar no mercado de trabalho. Paralelo a isso, observa-se a falta de interesse na qualidade do ensino caminhando ao lado da supervalorização de um título de ensino superior. Muitas vezes o resultado acaba sendo frustrante, diante uma formação profissional fraca.

De acordo com Vasconcellos e Oliveira (2011), nota-se que a universidade não tem dado o devido valor a qualidade da docência. (VASCONCELLOS; OLIVEIRA, 2011, p.4). Os professores, em sua maioria, se preocupam apenas em transmitir conhecimento e as instituições de ensino através das reitorias, coordenações de curso e colegiado deveriam ser mais rígidas quanto a qualidade do ensino transmitido pelo docente. Ao invés disso, a preocupação é apenas com a quantidade de trabalhos científicos produzidos pelos docentes. Georgen afirma ainda que a principal responsabilidade da universidade deve ser a qualidade em suas atividades e na docência, independente da sua área. (GEORGEN, 2006, p.69). Logo, é certo que a universidade deveria se preocupar primordialmente em garantir um serviço de qualidade, que contribua para uma formação profissional eficiente e eficaz.

Infelizmente, como visto anteriormente, a realidade é bastante diferente. A quantidade de pesquisas que o docente possui é suficiente para manter sua permanência na instituição. Características importantes como o ensinar, o fazer-se docente, a experiência, a formação pedagógica, os conhecimentos específicos e didáticos, a metodologia e o planejamento não são vistos com a mesma importância dos trabalhos acadêmicos.

As instituições de ensino contentam-se com profissionais que possuam títulos de mestrado e doutorado, entretanto o simples fato de possuir esses títulos não significa dizer que o docente possua habilidades e técnicas de didática em sala de aula. Em resumo, as produções científicas estabelecem padrões quantitativos e são mais valorizados do que a qualidade no ensino que será transmitido para formação de graduandos que cultivem seus próprios saberes e associem-no ao seu meio social.

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