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Ouvir Crianças

Por:   •  9/8/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.281 Palavras (6 Páginas)  •  295 Visualizações

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RESUMO DO TEXTO:  Aula 28/07

CRUZ, Silvia Helena Vieira. (org). A criança fala, a escuta de crianças em pesquisas. São Paulo: Cortez. 2008.

Porque é importante ouvir as crianças? A participação das crianças pequenas na pesquisa cientifica. Maria Malta Campos. p. 35-42

Os textos apresentam conteúdos relevantes para problematizar a pesquisa científica com crianças e a importância da escuta nesse processo. 

A pesquisa cientifica com crianças não é uma demanda e nem um interesse novo. Muito já se pesquisou sobre o tema, nomeando as crianças de acordo com o campo ao qual se destina a informação da pesquisa.

A condição em que a criança toma parte da investigação é o que a autora inicialmente pretende discutir. Percebeu-se que as crianças foram colocadas nas pesquisas sob olhar dos próprios pesquisadores e então, esse processo passou a ser questionado, de que forma as crianças apareciam nas pesquisas? Uma mudança se fez necessário]a, dando assim voz as crianças, tentando captar a voz delas. A metodologia de pesquisa com crianças precisou ser revista, para que estivesse comprometida com a escuta das criança. A Autora destaca no texto que foi necessário ampliar a abrangência do que é ouvir e escutar, afirmando que a escuta da criança pelo adulto sempre passará por uma interpretação. E que portanto, a pesquisa com crianças não deve se basear apenas em recursos orais, devendo o pesquisador ser atenção em expressões corporais, gestuais e faciais, uma vez que sabemos que é tendência das crianças tentar agradar a quem estão ouvindo. O desafio, é incluir a criança nas decisões sobre os próprios procedimentos da pesquisa, ou seja, pensar no planejamento uma forma da criança se colocar já na escolha de como aparecerá sua contribuição, escolhendo o que querem dizer, revisar suas respostar, ou até mesmo na escolha de recursos que usará, como filmagens, fotografias, desenhos etc.

Por que ouvir as crianças? Algumas questões para um debate científico multidisciplinar. Eloisa Acires Candal Rocha. p.43-51

A criança ora era objeto de estudo, ora foco das intervenções socioeducativas baseadas nos padrões estabelecidos pela ciência. Observava-se ainda uma hegemonização da infância.

Um campo de estudo sobre a infância vem se delineando a partir um perspectiva que tem por base as dimensões estruturais, sócias e culturais da criança, articulando diversos saberes para construção desse novo campo de Estudos da infância.

Para elaboração de uma boa pesquisa, com crianças devemos nos atentar a classificação etária e também geracional, articulando a classe social da qual a criança é pertencente, seu gênero, raça e etnia.

Escuta X ouvir – Diferentes suportes de escuta devem servir de recursos, algumas vezes até incluindo a  criança na decisão sobre qual melhor método para ser utilizado. O pesquisador então, pode passar a ser mediador da comunicação da criança, levando em consideração sua experiência para escolher a melhor forma de conseguir obter as informações necessárias de crianças de determinada faixa etária.

A entrevista direta – não é eficiente com crianças (constrangimento). Nesse tipo de entrevista a sujeito, pode perceber o objetivo traçado pelo entrevistador e responder de acordo com sua leitura sobre isso, ao invés de responder de forma espontânea.

As crianças não só reproduzem, mas produzem significações a cerca de sua própria vida e das possibilidades de construção da sua existência. Garantir que elas falem não é suficiente, a viabilização da sua voz precisa ser feita. Por isso, a pesquisa científica comprometida com esse papel deve dialogar com as diversas ciências para no sentido de conhecer o modo como as crianças vivem sua infância e a representam. Afirmando o compromisso de realizar um projeto não para as crianças mas com as crianças.

Ouvir as crianças exige estratégias de troca, interação, ou seja, para a realização de pesquisa com crianças o pesquisador deve estar preparado, com toda a metodologia necessária para tal, ter um planejamento, escolher adequadamente os recursos que ira utilizar etc. Destaco ainda, que no que diz respeito a pesquisa com crianças, a lógica da comunicação não pode ser centrada na oralidade, nem somente na escrita. O interessante é que as falas, dialoguem com ouros recursos, como desenhos e fotografias, assim o pesquisador terá mais elemos a que pautar quando for recuperar elementos da pesquisa empírica. Dito isso, é importante ressaltar que a partir do elemento metodológico fotografia as pesquisas com crianças podem ser realizadas até mesmo com bebes, que não falam, mas agem no espaço. E assim, concluímos que observações e fotografias são mais que registro, são também materiais fundamentais e que contribuem para ampliar o olhar frente as desafios da pesquisa.

Outros cinco textos da mesma referencias foram lidos. São relatos de experiências de pesquisas com crianças.

  1. Vivendo e aprendendo em duas pré-escolas no Brasil: Entendendo as concepções de Pedagógica de crianças pequenas que vivem na pobreza. Maria Leticia Melo Panisset

A pesquisa foi realizada em duas escolas de belo horizonte, com crianças de 4 e 5 anos. Colheu informações a cerca do trabalhos escolares, que eram realizados pelas crianças desta comunidade, e suas opiniões sobre o que e como elas aprendem ou como aprendem a aprender, também a questão disciplinar e lúdica da escola, com a discussão do brincar e do castigo e ainda a relação de poder na escola.

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