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“PRÁTICA DOCENTE E O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL (LUDICIDADE/INFÂNCIA)”

Por:   •  9/7/2015  •  Projeto de pesquisa  •  1.817 Palavras (8 Páginas)  •  1.049 Visualizações

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Tema: “PRÁTICA DOCENTE E O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL  (LUDICIDADE/INFÂNCIA)”

1 PROBLEMA:

Qual a importância do lúdico na Educação Infantil, relacionando-o com a prática docente e o desenvolvimento da criança?

2 HIPÓTESE:

Os levantamentos iniciais apontam que o lúdico exerce poder e fascínio sobre a criança, facilita o processo de apropriação do conhecimento, proporcionando prazer e diversão ao mesmo tempo em que a criança constrói sua história.

3 OBJETIVOS

3.1 Geral:

  • Compreender a  importância do lúdico na prática docente como meio de desenvolver a criatividade, os conhecimentos e o raciocínio da criança na Educação Infantil.  

3.2 Específicos

  • Conhecer os aspectos legais e institucionais a respeito da  Educação Infantil, no Brasil.
  • Pesquisar o surgimento da noção de infância, como período de vida distinto da idade adulta.
  • Apontar a contribuição da teoria histórico-cultural acerca da importância da  ludicidade na cultura  infantil.
  • Destacar a importância da prática docente norteada pelo lúdico no processo de ensino-aprendizagem na educação infantil.

4 JUSTIFICATIVA:

O interesse pela temática surgiu durante as aulas de Psicologia da Educação, disciplina esta, lecionada pela docente Irene a partir do estudo de Vygotsky, onde afirma que a brincadeira é entendida como atividade social da criança, cuja natureza e origem específicas são elementos essenciais para a construção de sua personalidade  e compreensão da realidade na qual se insere.

Outro ponto relevante que me chamou atenção para temática é o fato de os professores, principalmente de Educação Infantil estarem preocupados em antecipar a alfabetização  da criança, reduzindo seus espaços de brincar. Acredita-se que o lúdico é um facilitador no processo de ensino aprendizagem, desde que este seja planejado com fins pedagógicos.

O lúdico não é só passatempo, mas uma ferramenta mestre, um instrumento essencial para a aprendizagem na educação infantil. De acordo com Vygotsky (1991), a brincadeira é entendida como atividade social da criança, cuja natureza e origem específicas são elementos essenciais para a construção de sua personalidade e compreensão da realidade na qual se insere.

Um ponto de partida importante para desenvolvimento deste trabalho é o fato de os professores da Educação Infantil estarem preocupados em  antecipar a alfabetização da criança, reduzindo seus espaços de brincar. Portanto devemos entender que o lúdico é um facilitador no processo de ensino-aprendizagem.


6  REVISÃO DE LITERATURA E FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Esta pesquisa de caráter bibliográfico irá fundamentar-se especialmente em ARCE (2004), CRAIDY (2001), KAERCHER (2001), HERMIDA (2009), VYGOTSKY (1991), BASSEADAS (1999), HUGUET (1999) dentre outros autores que abordam a temática, com abordagem qualitativa, fundamentado em livros e artigos científicos.

 Faz-se necessário assim, nesta parte do projeto, apresentar os conceitos centrais ao entendimento deste estudo.

Lúdico tem origem latina “ludus”, cujo significado é “jogo”. De acordo com o dicionário online dicio, a palavra lúdico está relacionada a jogo ou brinquedos: brincadeiras lúdicas e que tem divertimento acima de qualquer outro propósito.

Para Piaget (1976,p.160)

O jogo é, portanto, sob as suas duas formas essenciais de exercício sensório-motor e de simbolismo, uma assimilação da real à atividade própria, fornecendo a esta seu alimento necessário e transformando o real em função das necessidades múltiplas do eu [...] jogando, elas cheguem a assimilar as realidades intelectuais que, sem isso, permanecem exteriores à inteligência infantil.

Assim, a ludicidade é uma metodologia que deve ser planejada, com a finalidade de alcançar objetivos, uma atividade intencional,não se deve trabalhar com as crianças, apenas por trabalhar, como um simples passa- tempo, mas de forma que os educandos sejam constantemente estimulados  e sintam satisfação em realizar atividades e de estar ali. Ou seja, utilizara ludicidade para suprir dificuldades e contribuir de forma significativa para formação do educando.

De acordo com Brougère (1998, p.01):

O que caracteriza o jogo é menos o que se busca do que o modo como se brinca, o estado de espírito com que se brinca. Isso leva a dar muita importância à noção de interpretação, ao considerar uma atividade como lúdica. Quem diz interpretação supõe um contexto cultural subjacente ligado à linguagem, que permite dar sentido às atividades. ( BROUGÈRE, 1998, p. 01)

Sendo assim, os jogos e brincadeiras devem fazer parte da cultura escolar, não só na disciplina de Educação Física, que muitas vezes é vista mais como momento de brincar, mais sim dentro da sala de aula, estimulando o interesse dos alunos,auxiliando e facilitando na aprendizagem das crianças, especialmente daquelas que tem dificuldades em aprender determinados conteúdos, contribuindo para aprendizagem de maneira descontraída e divertida.

Constata-se então que o jogo estimula e proporciona prazer e interesse das crianças, sendo fundamental a articulação das atividades lúdicas na prática escolar.

Alves( 2004,p.03 ), aponta que:

Quando utilizamos o lúdico na escola  estamos buscando também um resgate  cultural  da  criança  onde  ela traz  à escola vivências  aprendidas  em casa,  com os amigos, na sua  comunidade ou seja, resgatando movimentos muitas vezes passados e modificados no decorrer de  gerações. É  necessário darmos  valor a  estas vivências, pois  se não dermos  estamos  desvalorizando a história e a cultura do indivíduo no contexto escolar. (ALVES, 2004, p.03)

Em suma, as crianças levam consigo brincadeiras e jogos culturais que aprenderam com pais, tios, avós, amigos complementando assim, o trabalho do professor, levando suas vivências e experiências culturais dentro do contexto escolar, aprendendo por meio delas.

A educação infantil vem se configurando como palco de intensos debates no campo educacional. Desde a Constituição Federal de 1988, passando pelo Estatuto da Criança e do Adolescente e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) de 1996, o atendimento de crianças de 0 a 6 anos em espaços coletivos passou a ser considerado questão de  Educação. Nesse cenário, muitos documentos já foram elaborados e pesquisas desenvolvidas buscando delimitar contornos especificamente educativos / pedagógicos para tal etapa da Educação Básica.

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