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Papel da mulher na sociedade moderna

Por:   •  4/10/2015  •  Seminário  •  1.375 Palavras (6 Páginas)  •  528 Visualizações

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Universidade do Estado do Rio da Janeiro[pic 1]

Faculdade de Educação da Baixada Fluminense

Duque de Caxias, 16 de Setembro de 2015

Aluna: Janaina Sayuri da R. Oshiro

Professor : Anibal de Gouvêa

Disciplina: O cinema e a interpretação do Brasil

Desconstrução e quebra de estereótipos em relação

à mulher e seu papel na sociedade.

O que seria um preconceito? Podemos definir como uma opinião pré-estabelecida, que é imposta pelo meio/época/educação. Ele regula as relações de uma pessoa ou de um grupo com a sociedade. Ao regular, ele permeia toda a sociedade, tornando-se uma espécie de mediador de todas as reações humanas. “É um “pré” conceito, um conceito, uma ideia, que vem antes de tudo, uma opinião que se emite antecipadamente, sem contar com informação suficiente para poder emitir um verdadeiro julgamento, fundamentado e refletido”(IIDH, 1995).

E um estereótipo, o que seria? Este, podemos ver como “um conjunto de traços que supostamente caracterizam a um grupo em seu aspecto físico e mental e em seu comportamento”(IIDH, 1995). Os estereótipos assim como os preconceitos tendem a ser equivocados e falsos, ocasionados por diferenças culturais, físicas ou comportamentais, em geral, estabelecem um grau de depreciação a um grupo ou individuo.

Ambos, estereótipo e preconceito, são heranças culturais de cada região do mundo, e que são construídos, modificados ou desconstruídos de maneira e em tempos diferentes, dependendo ainda de como cada sociedade evolui e muda econômica e culturalmente. Compreendendo tais conceitos, somos levados a principal discussão deste texto: Desconstrução e quebra de estereótipos em relação à mulher e seu papel na sociedade. Meu intuito neste texto não é o de defender uma vertente radicalmente feminista, mas sim o de expor a visão sobre a mulher na sociedade em que vivemos. Devemos considerar que a atual imagem atribuída à mulher na sociedade brasileira é a de um ser frágil, dependente e visto muitas vezes de forma erotizada; grande parte dessa construção da imagem estereotipada da mulher tem se dado através das mídias de comunicação, seja pela TV, redes sociais, jornais ou revistas.

Se pararmos para analisar, o discurso de “donzela perfeita” apresentado pela mídia se dá desde propagandas a filmes e novelas, de forma explicita e implícita; podemos tomar como exemplo comerciais de cerveja, assim como o da cerveja Itaipava, kaiser, entre outras, em que há uma forte erotização da mulher sendo ela vista como objeto de desejo, e seu único papel é servir e satisfazer o sexo oposto; assim como em muitas novelas a mulher também recebe o papel de dona de casa ou de psicologicamente frágil.

A quebra desses estereótipos vem sendo feita vagarosamente a longa data, embora as mulheres ainda sejam vistas como minoria (mesmo estando em número estatístico superior ao dos homens), com dedicação e determinação, estão avançando em área de trabalho tipicamente masculina, como na construção civil, na condução de transportes coletivos e de carga, gestão de grandes empresas, etc. Quanto a isso, devo dar reconhecimento a uma parte da indústria cinematográfica que tem colaborado com esse árduo trabalho, tomando como objeto de análise o longa-metragem animado “Mulan” dos Estúdios Walt Disney, e a trilogia de livros de Suzanne Collins “Jogos vorazes”.

Em ambos, filme e livro, podemos identificar 2 itens fundamentais: os estereótipos da mulher e a desconstrução dos mesmos. No filme “Mulan”, o qual é baseado em uma lenda chinesa expressa em um poema do século VI, é contada a história de uma jovem chama Mulan que desafia todo o sistema social vigente em sua época para evitar a morte de seu pai, eu trazer honra para sua família. A princípio Mulan leva uma vida de preparo para encarar tarefas domésticas e servir como uma “boa esposa” segundo as tradições de seu povo, porém não leva jeito para ser essa perfeita dama que lhe é exigido por todos; com a chegada de um mensageiro do exercito imperial da China para convocar todos os homens da vila para conter a invasão do exercito Huno, ela resolve assumir o lugar de seu pai ancião na guerra. Fazendo-se passar por homem ela vai à guerra e torna-se a maior heroína da China.

No filme, podemos observar uma realidade não muito diferente de uma ideologia que ainda persiste em viver nos dias de hoje, que seria a de que a mulher deve viver para servir o marido, sempre estando linda (segundo os padrões pré-estabelecidos) e ser uma boa esposa apenas, e qualquer coisa além disso é uma futilidade. Essa visão fica bem clara no momento em que Mulan é preparada para visitar uma casamenteira que deveria analisa-la para ver se ela estaria apta a se tornar uma boa esposa.

Após decidir que tomaria o lugar de seu pai na guerra, a personagem principal vai contra todos os padrões de sua época, mesmo que para tanto, ela tenha que se disfarçar de homem, no final se torna uma grande guerreira respeitada por todos. No Brasil, no contexto ao qual nos encontramos inseridos, podemos assemelhar essa história à vivência de inúmeras mulheres do país, que lutam por seu espaço nas universidades e no mercado de trabalho. Uma coisa que pude notar no meio acadêmico é a falta de credibilidade que é atribuída às mulheres, principalmente na área das ciências exatas, como exemplo é comum ouvir piadas de mau gosto dizendo que por ser mulher a pessoa não seria capaz de realizar cálculos complexos.

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