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Pesquisa Sobra a Pandemia

Por:   •  4/2/2022  •  Projeto de pesquisa  •  1.385 Palavras (6 Páginas)  •  100 Visualizações

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Pesquisas mostram o impacto da pandemia em diferentes áreas da educação

Levantamentos no Brasil e no exterior fazem um raio X das aulas remotas e mostram como estudantes, professores e famílias analisam o momento

por Vinícius de Oliveira [pic 1] 14 de julho de 2020

A educação não é mais a mesma depois da pandemia do coronavírus (COVID-19). E isso fica claro a partir de uma série de pesquisas no Brasil e em outros países que já conseguiram dimensionar o impacto da paralisação das aulas presenciais.

Em comum, professores e alunos passaram a adotar tecnologias educacionais de maneira mais constante (quando a infraestrutura permite) durante esse período, manifestam problemas emocionais para lidar com o dia a dia em casa e a preocupação com o que ficará para trás em termos de aprendizagem.

Abaixo, você encontra mais detalhes de como a pandemia afetou a rotina de estudantes e professores, além de pesquisas que tiveram a participação de familiares, mantenedores de escolas e empreendedores.

Situação das redes
Para mapear os desafios enfrentados pelas secretarias de educação, a Undime (União dos Dirigentes Municipais de Educação) e o Consed (Conselho Nacional de Secretários de Educação), com apoio do CIEB (Centro de Inovação para a Educação Brasileira), Fundação Itaú Social, Fundação Lemann e Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), identificaram que 79% dos alunos dizem ter acesso à internet, no entanto, 46% acessam apenas por celular, o que limita tanto o trabalho do professor como a experiência de aprendizagem dos alunos.

“Educação não presencial”, realizada pelo Datafolha, a pedido do Itaú Social, Fundação Lemann e Imaginable Futures, mostrou que, em maio,  74% dos estudantes das redes municipais e estaduais estavam recebendo algum tipo de atividade para fazer em casa. Entre os alunos do ensino médio, esse número chegava a 85%.

Naquele momento, as atividades e o conteúdo pedagógico foram ofertados, para 37% dos respondentes, por meio de algum equipamento tecnológico, como internet pelo celular ou computador, TV ou rádio, para 34%, por meio de equipamentos tecnológicos e material impresso; e apenas 3% recebiam somente material impresso.

O que dizem os estudantes
Com 33 mil participantes, “Juventudes e a Pandemia do Coronavírus”, pesquisa realizada pelo CONJUVE (Conselho Nacional da Juventude) em parceria com Em Movimento, Fundação Roberto Marinho, Mapa Educação, Porvir, Rede Conhecimento Social, Unesco e Visão Mundial faz um sério alerta para gestores educacionais: quase 30% dos jovens pensam em deixar a escola e, entre os que planejam fazer o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), 49% já pensaram em desistir. Isso tudo porque a maioria sente grande dificuldade de estudar em casa. O que atrapalha não é só de computador e internet rápida para acessar conteúdos e acompanhar as aulas, mas o próprio equilíbrio emocional e a capacidade de organização para estudar.

Sentimento dos professores
Assim como os estudantes, professores também estão se sentindo mais ansiosos e manifestam uma sobrecarga de trabalho. O tempo até a próxima transmissão ao vivo parece correr muito mais rápido do que caminhar da sala dos professores. O Instituto Península ouviu 2.400 professores da educação básica, das redes pública e privada, para entender como estavam se sentindo desde o início da paralisação.

O quadro emocional chama a atenção. Docentes pedem apoio para lidar com questões emocionais e demonstravam ansiedade (67%), cansaço (38%) e tédio (36%). Compilados em maio, esses números podem ter aumentado, uma vez que o período de aulas remotas tem sido maior do que o inicialmente previsto. Dar aulas a partir de casa era situação inédita para a maioria (88%), tanto é que 83,4% não se sentiam preparados.

Nova Escola também fez uma pesquisa online com 9 mil professores. De modo geral, os participantes relatam baixo índice de participação de alunos e famílias nas atividades a distância, atraso no calendário letivo, falta de apoio da rede e saúde mental dos professores comprometida. A educação infantil é a etapa com menor participação.

Famílias no Brasil e no exterior
A mesma sondagem “Educação não presencial”, mencionada acima, também ouviu 1.028 pais ou responsáveis de diferentes regiões do país. Entre os respondentes, 84% disseram que os alunos se dedicam mais de uma hora por dia aos estudos em casa, sendo que 29% passam mais de três horas diárias. E 82% estão fazendo a maioria das atividades enviadas pela escola. Entre as principais dificuldades das atividades não presenciais estão: acesso à internet (23%), dificuldade com conteúdo (20%), falta de equipamentos (15%) e falta de interesse no conteúdo (15%).

Uma pesquisa da Pearson com mil participantes nos Estados Unidos e um número equivalente no Reino Unido indica que famílias estão confiantes de que o aprendizado pode continuar online ao mesmo tempo que temem seus filhos podem ficar para trás com o conteúdo escolar. Os britânicos estão mais preocupados que os americanos com a perda de testes e provas importantes para a entrada nas faculdades e universidades, ou no progresso acadêmico.

Há pessimismo em torno da abertura de escolas em setembro e em torno da acessibilidade à tecnologia: 9 a cada 10 dizem que nem todos tem acesso a tecnologia necessária para poder estudar online de forma efetiva. Nos países do Reino Unido e nos EUA, mais de 8 em cada 10 pessoas acreditam que o ensino online será mais comum no futuro.

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