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Portfólio Fundamentos e Métodos do Ensino de Língua Portuguesa e Matemática

Por:   •  30/4/2018  •  Resenha  •  1.049 Palavras (5 Páginas)  •  1.249 Visualizações

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IVANA MARIA LOURENÇO GIROLDO

Atividade do Ciclo de Aprendizagem 2

Batatais

2018

Nome: Ivana Maria Lourenço Giroldo                                       RA: 8060246

Disciplina: Fundamentos e Métodos do Ensino de Língua Portuguesa e Matemática

Ciclo de Aprendizagem: 2

A Psicogênese é considerada uma abordagem da Psicologia, e vem desmistificar a visão de certo e errado presente nos métodos tradicionais de alfabetização, essa teoria mostra que a aquisição do sistema escrito, não se reduz ao domínio de fonemas e grafemas, e nem um produto passivo de um método mecânico e rígido de ensino que treina o aluno para decifrar códigos, mas sim um processo ativo onde a criança constrói hipóteses de escrita, apropriação de suas capacidades cognitivas, linguísticas e interações com o contexto letrado, considerando a mente dinâmica, criativa e em processo de construção da criança. Portanto essa teoria surge com diversas contribuições na compreensão, acerca dos aspectos importantes da aprendizagem e alfabetização, tendo o professor como um mediador neste processo e não um detentor do saber. A psicogênese promove a ideia da importância de se considerar a bagagem subjetiva do aprendiz, para que se possa aprimorar suas capacidades de compreensão e expressão em situações de comunicação tanto escrita como oral, isto é, formar alunos com habilidades e competências de desenvolver a leitura e a escrita com autonomia, capacidade essa que vai além do simples ler e escrever.

Então a psicogênese surge com o objetivo de contribuir para a melhoria da qualidade da alfabetização, com isso grande parte dos sistemas de ensino começou a utilizar tal referencial, porém com professores despreparados e desinformados, o que acabou por surgir diversos equívocos gerados pela má interpretação da psicogênese da língua escrita. O primeiro aparece pois até então os educadores utilizavam os métodos tradicionais de alfabetização, com este surgimento nasce um conflito metodológico pelos professores, o qual o MEC, passa a investir na formação continuada a fim de subsidia-los com propostas que comportem o assunto em pauta, o que acarretou uma exclusão do ensino de conteúdos específicos por parte dos professores, ao invés do seu aprimoramento e uma aproximação desses conteúdos da realidade social, no intuito de torna-las mais atrativas e menos cansativas e repetitivas, o que corrobora para uma alfabetização de maior qualidade.

Já o outro equívoco é reduzir a Psicogênese a uma técnica ou método de ensino, ao invés de enxerga-la como uma teoria que encara o processo de apropriação da língua escrita de forma particular, capaz de comtemplar tudo que surge nesse momento. Outra problemática inerente a má interpretação da Psicogênese refere-se à dificuldade em entender os conceitos de alfabetização e letramento. E essa confusão repercute no trabalho didático do professor, uma vez que se faz a inferência de que a criança irá aprender a ler e a escrever apenas tendo contato com os textos que circulam socialmente. Isso não é verdadeiro, pois, para ela se alfabetizar ela precisa pensar sobre as especificidades da alfabetização trabalhando e sistematizando os conhecimentos do nosso sistema de escrita alfabética. O quarto equívoco está ligado à utilização de diferentes suportes de textos. O discurso de se apresentar aos alunos textos que circulam socialmente e que fazem parte da sua realidade e de seu contexto, tais como embalagens, rótulos, panfletos, receitas, entre outros, esvaziou a sala de aula de texto literário. E quando se trabalhava com o texto literário, este era didatizado servindo, muitas vezes, para exercitar questões gramaticais, esquecendo-se da essência deste texto.

Outro aspecto referente à dificuldade em compreender a proposta construtivista de alfabetização foi que os professores apostaram na ideia de que os alunos aprendem a escrever só de ver o professor escrevendo na lousa. A produção de texto é algo que demanda conhecimentos a respeito da língua extremamente complexos. Dessa forma, é preciso aprender a escrever, escrevendo. O aluno precisa aprender procedimentos para revisar seu texto e para aperfeiçoa-lo, entendendo a provisoriedade que a escrita tem. Esse trabalho levará o aluno a produzir textos cada vez mais bem escritos. Um dos equívocos que foram avassaladores para os resultados de alfabetização que temos hoje, refere-se a ideia de que não precisa ensinar, a criança aprende sozinha. Com essa assertiva, estamos afirmando que o trabalho do professor se faz desnecessário. Essa concepção é um absurdo, visto que a criança sozinha não tem condições de entender o complexo sistema de escrita alfabética. O equívoco anterior está atrelado a uma outra problemática de que como a teoria construtivista afirma que é o sujeito que constrói seu conhecimento, o professor não pode intervir. Como vimos a criança não aprende sozinha e para avançar ela precisa do trabalho constante do professor por meio de intervenções que demandem o conhecimento do que essas crianças sabem sobre o sistema de escrita, um outro equívoco refere-se a uma questão polêmica, de que o professor não pode corrigir o aluno. A forma tradicional de correção em que a professora levava o caderno dos alunos para casa, canetava todos os erros e devolvia ao aluno sem nenhuma reflexão é totalmente reprovável. A correção se faz necessária, inclusive, para que os alunos possam avançar. No entanto, ela deve sempre gerar um percurso árido para a criança de reflexão e entendimento do porquê se escreve daquele jeito e não da forma como colocou. Esse depende de uma intervenção constante pelo professor. O último equívoco relaciona-se ao preconceito contra a sílaba. Tal preconceito se deu pela crítica aos métodos tradicionais de alfabetização uma vez que estes se consolidaram por meio do uso da cartilha. Tais cartilhas se estruturavam por meio da apresentação das famílias silábicas em ordem alfabética de forma mecanizada, fragmentada e por repetição. Se pensarmos no conhecimento que temos, hoje, sobre o nosso sistema de escrita alfabética vamos observar que para se alfabetizarem, os alunos precisam compreender algumas propriedades do sistema de escrita alfabética. Essa compreensão perpassa pelo entendimento de que os segmentos de falas (sílabas) devem ser analisados e refletidos na composição de uma palavra.

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