Pra que serve a educação infantil

a educação infantil é entendida como um espaço que deve possibilitar à criança a compreensão de si mesma e do mundo em que vive pela formação e desenvolvimento de suas potencialidades.

Tal perspectiva supõe que no processo ensino aprendizagem, o professor elabore uma ação pedagógica que considere as possibilidades de desenvolvimento e aprendizagem da criança da educação infantil, principalmente a partir da prática do brincar.

legislação atual para se compreender melhor o contexto em que se encontra a Educação Infantil e a exigência legal no que se refere aos direitos das crianças.

Brincar é essencial à saúde física, emocional e intelectual do ser humano. Brincar é coisa séria, porque na brincadeira a criança se reequilibra, recicla suas emoções e sacia sua necessidade de conhecer e reinventar a realidade. Brincar é tão sério e importante para a criança, quanto o trabalho é para o adulto. Ela só quer agir, transformar, brincar. Se o adulto apóia essa força de vontade, dando espaço para a criança brincar sadiamente, quando a criança se tornar adulta também terá vontade de agir e de transformar o mundo. Hoje em dia, muitas vezes só se dá valor à inteligência e, quando se pensa em educação, privilegia-se a educação do pensar lógico. Mas o homem não é feito só de cabeça, ele também tem coração e membros. Ele não só pensa como também sente e age. E, principalmente antes dos sete anos, podemos fortalecer essa vontade de agir oferecendo oportunidades para a criança brincar; por isso o lúdico é de extrema importância na educação, porque através da brincadeira a criança expressa seus medos, suas angústias, preocupações, tristezas, enfim, externaliza seus mais íntimos sentimentos.

Para pensar nas vantagens do uso do lúdico na educação, devemos considerar que o brincar faz parte do cotidiano da criança, é o que ela gosta de fazer. Brincando, ela fantasia, imita os adultos, desafia e testa suas habilidades, adquirindo experiências para sua vida adulta. (DOHME, 2003).

A educação lúdica não pode ser encarada como um simples passatempo, um simples brincar ou divertir, mas sim como uma importante ferramenta para a melhoria da qualidade do ensino, despertando o interesse da criança pela escola e melhorando suas relações interpessoais. Rubem Alves ( 1994 ) diz que ao brincar, ninguém fica mais rico e nenhuma dívida é paga, mas o simples fato de estar brincando já é a paga de uma vida inteira.

existe uma diferença na maneira como o lúdico é encarado no processo de educação.

a brincadeira funciona como uma ferramenta educacional que apresenta uma diferença significativa nos resultados do processo ensino – aprendizagem

Huizinga ( 1971 ) e Kishimoto ( 1995 ) nos falam que na Antiga Grécia, um dos maiores pensadores Platão, já afirmava que os primeiros anos da criança deveriam ser ocupados de jogos educativos, praticados em comum pelos dois sexos, sob vigilância e em jardins de crianças. Segundo este, a educação propriamente dita (escolarizada) deveria começar apenas aos sete anos de idade.

Segundo Paulo Freire essa busca de novos conhecimentos exige do estudante uma ação ativa, indagadora, reflexiva, desveladora, socializadora, criativa, relações essas que constituem a essência psicogenética da educação lúdica, em total oposição à passividade, submissão, alienação e o condicionamento da pedagogia dominante.

Quando se pensa em educação pode-se afirmar que a intencionalidade está presente em todos os momentos, implícita ou explicitamente, ela conduz toda a ação pedagógica. Educar por intermédio de ações lúdicas não significa apenas dar o brinquedo, a interferência do educador é essencial, propondo jogos, monitorando brincadeiras, aumentando gradativamente os desafios e dificuldades, etc. Mas é importante ressaltar momentos de brincar por brincar, somente sob o aspecto de recreação, diversão e prazer.

O objetivo da educação lúdica é a estimulação das relações cognitivas, afetivas, verbais, psicomotoras, sociais, que mediadas pelo conhecimento provocarão uma reação ativa, crítica e criativa nos alunos. A escola, espaço privilegiado de vida e aprendizagem deve criar condições para o aluno realizar atividade lúdica livremente e, ao mesmo tempo, poder empregá-la como estratégia de ensino-aprendizagem.

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