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REFLEXÕES SOBRE O BRINCAR E O LETRAR

Por:   •  4/11/2019  •  Ensaio  •  1.125 Palavras (5 Páginas)  •  120 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

Esta atividade tem como objetivo analisar a leitura e a escrita na Educação Infantil a partir do texto Ler, escrever e Brincar na educação infantil: uma dicotomia mal colocada da Doutora Liane Castro Araujo, fazendo uma pesquisa bibliográfica.

Direcionamento e abordagem quando fincadas a premissa de que a leitura, escrita e a brincadeira se referem a um processo evolutivo do ensino infantil, demostra resultados interessantes quanto à evolução do letramento ao indivíduo.

Entende-se que por cultura a criança deve brincar. De que maneira, então, podemos agir, enquanto pedagogas, dentro deste contexto propiciando o aprendizado de modo integrado e articulado, sem divisões sistemáticas de componente, a fim de que possamos estimular a educação vislumbrando uma totalidade – neste momento, simbólica.

2.DESENVOLVIMENTO

2.1 Ler, escrever e brincar na educação infantil.

O Letramento, ao contrário do que imagina o senso comum, configura-se pelo processo de contato com o mundo das letras, palavras, frases, textos. É o convívio do indivíduo em formação com tudo aquilo que se materializa no âmbito da comunicação escrita. É, portanto e, sobretudo, algo que acontece quase inevitavelmente a partir do momento em que o individuo se insere nos ambientes de comunicação (nas culturas em que existe a escrita).

Analisando, então, parece natural associar o fato de crianças, desde a tenra idade, estarem inseridas neste contexto, afinal os pais leem livros em voz alta para seus filhos, escrevem notas de supermercado, penduram bilhetes na geladeira, recebem contas pelo correio, conferem informações em bulas de remédios ou manuais de instrução, leem as noticias no jornal, etc. Este contato atravessa a criança enquanto ela ainda lê o mundo sem necessariamente ler as palavras, enquanto a brincadeira impera por entre as relações.

Carregada do lúdico, da imaginação, da descoberta, da criatividade a brincadeira é uma atividade na qual as crianças se envolvem socioculturalmente. Segundo a estudiosa Joana Valério:

É importante frisar que o brincar e o jogar não se resumem apenas a formas de divertimento e de prazer para a criança, mas são meios privilegiados dela expressar os seus sentimentos e aprender. Por intermédio da brincadeira, a criança explora e reflete sobre a realidade e a cultura na qual está inserida, interiorizando-a. [...] Outro aspeto importante do brincar é o desenvolvimento do raciocínio, da atenção, da imaginação e da criatividade, na medida em que as brincadeiras trazem novas linguagem e ajudam a criança a pensar, se quisermos, a pensar a realidade de forma criativa. [...] Os benefícios do brincar são inesgotáveis [...] (VALÉRIO, Joana. 2016)

Podemos, pois, entender a brincadeira como um excelente aliado de inserção da leitura e da escrita com as crianças, em especial na educação infantil, não confundindo esse processo como antecipação arbitrária do ensino fundamental, haja vista que – como dito anteriormente – o letramento atravessa o individuo nos mais diversos ambientes e situações, tornando quase impossível que esse esteja isento de contato com a cultura letrada.

Dicotomicamente, no que se refere a isto, encontramos dois possíveis pontos na educação infantil. O primeiro sendo aquele que suprime o contato do educando com o letramento (pelo menos quando no ambiente da sala de aula) e o segundo sendo aquele que o faz de modo descontextualizado e mecânico.

Os dois posicionamentos trazidos apresentam pontos críticos a serem observados. Ao pensar em um processo de alfabetização, logo seguinte a uma educação infantil sem o contato significativo com o mundo das letras, tudo o que se aprenderá a partir de então fará menos sentido e propósito. Analogamente temos que, ao propor tal contato de modo aleatório, retornamos a premissa da falta não significação do referente processo de alfabetizador.

Analisando as diretrizes curriculares da educação infantil, encontramos informações referentes à importância da brincadeira no âmbito escolar, destacando uma proposta pedagógica que visa, entre outras questões, a interação, a convivência, liberdade. Desta maneira a existência de brinquedos e brincadeiras e equipamentos que considerem e respeitem as características ambientais e socioculturais da comunidade, para assim ampliar experiências sensoriais, corporais, etc., é essencial para a criança e seu desenvolvimento no processo contextualizado de ensino-aprendizado , com destaque nesse sentido ao letramento.

Essas atividades despertam a curiosidade, o encantamento, o questionamento e o conhecimento das crianças ao mundo de acordo com o seu cotidiano. E é dessa forma que nós, como educadores devemos observar criticamente e criativamente essas atividades e interações das crianças.

O brincar na educação infantil, novamente, viabiliza a construção do sujeito social através da interação com o meio e com os outros sujeitos e permite que a criança desenvolva a autonomia desde cedo. Dornelles (apud Caidy e Kaercher, 2001), faz uma análise da brincadeira na infância e explica que é preciso ensinar a brincar. O educador deve ser sensível para perceber as oportunidades do cotidiano e aproveitá-las para propor a brincadeira com intenção de mediar o aprendizado.

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