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Resumo Livro

Por:   •  16/3/2016  •  Dissertação  •  1.234 Palavras (5 Páginas)  •  450 Visualizações

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RESUMO: TENTATIVA DE CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA

O capítulo cinco do livro Marx e a pedagogia moderna do autor Mario Alighiero Manacorda tenta inserir na história das instituições educativas e das teorias pedagógicas a influencia de uma possível pedagogia existente na obra marxiana.

O autor passa de uma forma esquemática a pesquisa marxiana sobre os temas de formação do homem, mostrando os aspectos dos temas da sua emancipação como indivíduo social. O chamado método da associação do trabalho em fábrica e de ensino numa escola essencialmente tecnológica, com a finalidade de criar o homem onilateral.

Mas a diferença substancial entre a pedagogia de Marx e qualquer outra pedagogia consiste no fato de que, frente a um processo real, não se propondo considerá-lo natural e eterno, à maneira dos economistas clássicos, não contrapõe as suas teorizações nem para retornar a uma solução ideal de equilíbrio anterior, nem para aperfeiçoá-lo eliminando os seus aspectos negativos ou contraditórios, mas, ao contrário, assume toda a realidade contraditória e até vê, no desenvolvimento das contradições, no emergir do dado negativo, antagônico, a única via histórica de solução.

A história da sociedade humana, observada sobre tudo desde onde se apresenta uma possibilidade de pesquisa científica, isto é, em suas estruturas de base é o terreno concreto sobre o qual ele sempre se move.

O autor cita que embora Marx não tenha estudado o processo deformação histórica das instituições ou estruturas educativas poderá, no entanto, ser útil tentar confrontar o resultado da sua pesquisa, que o leva a indicar, na união do ensino e do trabalho.

O capítulo da obra ressalta que o ensino e o trabalho aparecem divididos, como dois termos até antagônicos. A escola enquanto estrutura específica de formação de um determinado tipo de “homem dividido”, nasce historicamente no interior das classes possuidoras, como estrutura destinada exclusivamente à sua formação; não existe para as demais classes. Aproximadamente apenas a partir do início da Revolução Industrial, começa a tornar-se, em perspectiva, uma coisa de toda a sociedade. Para usar uma expressão quase marxiana, a escola se coloca frente ao trabalho como não-trabalho e o trabalho se coloca frente à escola como não-escola.

Apenas as classes possuidoras, dizíamos, conheceram uma instituição específica para o cuidado e a educação das jovens gerações; as classes produtivas não a conheceram, isto é, nunca existiu para elas um local que fosse exclusivo das crianças e dos jovens. De maneira geral, aliás, a escola, como local específico para a educação dos jovens, nasce nas cortes dos primeiros estados históricos da Mesopotâmia e do vale do Nilo e se difunde pelas ilhas do Mediterrâneo e, dali, para a Grécia e Roma, desenvolvendo-se, com diversas diferenciações históricas, com base nas instituições de educação no interior da família.

Historicamente, assim, é exatamente da educação, confiada, no interior da família , a educadores especialistas, aos filhos dos poderosos em torno dos quais se agregam os filhos de várias famílias eminentes, que surgem as primeiras escolas públicas abertas aos jovens de várias famílias que se interessavam, cada vez mais, pela vida pública e se caracterizam por esse conteúdo específico.

É fato sabido que a escola, qualquer que seja o aspecto e conteúdo que assuma, permanece o lugar da formação das jovens gerações pertencentes à classe dominante, e que as classes subalternas a ignoram.

Na realidade, formam-se, não no interior de um lugar específico aos jovens, ou escolas, mas sim na aprendizagem prática, no contato direto e constante com os adultos, numa participação imediata em sua vida e atividade. Caracterizando uma formação de trabalho que pode surgir ou no interior da família ou numa oficina externa à família.

No limiar do mundo moderno, nem aquela grande revolução popular, que foi o surgir das literaturas vulgares, que retirou dos clérigos o monopólio da escrita, criando formas e conteúdo culturais novos, conseguiu contrapor à organização tradicional para a difusão da cultura, isto é, à antiga escola, uma nova escola. E nem o posterior florir da cultura humanista soube ultrapassar a criação de um tipo de escola adaptada à formação do homem ideal dos novos grupos dominantes, e apenas propôs exigências mais unitárias, mas intraduzíveis numa prática geral.

A estrutura educativa, consolidada em milênios, se estende das classes privilegiadas às classes subalternas, levando-lhes seu tipo de organização, suas tradições e seus métodos. E não há dúvidas de que esse moderno processo de desenvolvimento envolveu também a estrutura escolar tradicional, aí introduzindo, cada vez mais amplamente, seus conteúdos científicos e dando a estes um caráter não apenas cognitivo, mas também operativo, embora

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