TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Resumo livro a Língua de Eulália

Por:   •  5/6/2018  •  Resenha  •  1.866 Palavras (8 Páginas)  •  595 Visualizações

Página 1 de 8

RESUMO DO LIVRO “A LÍNGUA DE EULÁLIA”

O livro “a língua de Eulália” trata de um assunto que muitos conhecem com outros nomes, mas que na verdade é uma pluralidade linguística que se estende pelo nosso país, um país que usa, em sua grande maioria de habitantes a língua portuguesa (com suas variações) como idioma. Um problema grave, e que vem crescendo por falta de conhecimento é o preconceito linguístico sofrido por muitos brasileiros que possuem um modo de falar regionalizado, o que reflete bem a história da Dona Irene, Eulália, sua sobrinha e suas duas amigas, que vão descobrindo, pouco a pouco um universo de possibilidades antes desconhecidas tratando deste tema. Neste livro, podemos ver a sociolinguística sendo tratada de uma forma séria e ao mesmo tempo divertida, como as pessoas que não conhecem essas variações podem produzir tanto uma situação de edificação quanto de destruição em termos de convivência social e pessoal, por causa do preconceito linguístico. Vera e suas amigas, que estão de férias, desembarcam numa cidade de interior onde há vários trabalhadores onde a escolaridade é baixa, gente humilde assim como Eulália, a empregada e amiga de sua tia que não teve a oportunidade de estudar, somente com a intervenção de Irene é que ela pôde de certa forma, ter acesso às letras e aprender a ler e escrever. Neste contexto, Vera e suas amigas aprenderam muito, (o mito da língua única, as variações da língua, o português de Portugal, diferenças fonéticas, sintáticas, etc..) talvez mais do que um dia aprenderiam nas suas faculdades.Desse modo esse mito de que a língua é homogênea deve ser quebrado, afinal nem todos tem acesso à norma culta e os que chegam até ela se deparam com algo desconhecido, pois assim é ensinado para o aluno, como algum outro idioma e esse preconceito só irá gerar outros e outros. Quando elas conheceram a história da norma-padrão, elas descobriram suas consequências quando ela é estabelecida, varrendo as demais variações para o campo dos “impróprios, feios, erradas e deficientes”. Partindo da história do Brasil colônia, elas puderam saber que o português formal foi empregado pelas classes sociais privilegiadas residentes das cidades mais avançadas como São Paulo e Rio de Janeiro, chegando a ser considerado como um padrão a ser imitado por todo o país, o que não aconteceu. As meninas ao mesmo tempo em que iam aprendendo também se divertiam muito, Emília disse que “a língua é um balaio de variedades”, quando a Dona Irene começou a falar do português não padrão. Irene explica às meninas que a unidade linguística no Brasil não passa de um mito, uma ideia conveniente, porém falsa, e que prejudica a nossa educação. Com tantas diferenças e também muita falta de conhecimento acerca do assunto principalmente por aqueles que deveriam passar o conhecimento, Dona Irene fala sobre esta questão da educação com uma comparação do curso de natação: “Na primeira aula, você e todos os demais alunos são jogados dentro do lado fundo da piscina. Aqueles que já souberem nadar conseguirão se salvar e prosseguirão no curso. Os que não souberem, terão que se debater até chegar à beira da piscina e serão mandados embora. Outros, quem sabe, até morrerão afogados.” É muito triste, mas é o que acontece corriqueiramente em nosso país, os alunos das classes desfavorecidas que não falam o português padrão são taxados e não são valorizados mesmo dentro do sistema educacional. Embora as discussões sobre variação linguística sejam constantes, principalmente no que se refere à valorização das diversas variações linguísticas no âmbito escolar, a escola ainda continua priorizando a variante padrão e condenando aquelas que não atendem ao padrão linguístico. Continuando com os ensinamentos, Dona Irene chega num ponto onde mostra as diferenças também na forma de escrever e de falar no sentido de tratamento, ela diz que a variedade de português em quenão existe o “lhê” é usada pelas pessoas menos prestigiadas da nossasociedade... Essas classes sociais são os analfabetos, os trabalhadores rurais, e aqueles de baixa renda. Este tipo de variedade é algo de alvo fácil para todo o tipo de preconceito e julgamento negativo, diz Vera. Numa noite, Emília diz à Irene que ela percebeu como Eulália conversa e não pratica as normas de conjugação verbal. Irene explica que, os falares regionais e não padrão são características de norte a sul do país, e que existe uma tendência generalizada a reduzir as seis formas do verbo conjugado a apenas duas. Para exemplificar, Dona Irene mostrou às meninas novamente o quadro de comparação do PNP e PP. As meninas analisaram, discutiram, e mostraram que entenderam o recado. Depois, Dona Irene explica algumas coisas do português clássico e do coloquial, passado, presente e futuro, sinônimos, coletivos, análise sintática e outras coisas... Em todo o tempo em que as garotas estiveram na casa de dona Irene, os passeios que fizeram e todo o tipo de conversa que tiveram, nos restaurantes, enfim, serviram de salas de aula para as meninas, que iam aprendendo mais e mais neste contexto de férias escolares. Numa dessas conversas, Vera pergunta à sua tia se essas diferenças de língua escrita e língua falada existem em outras línguas. Irene respondeu rápido: “Em outras não, em todas”. Dona Irene explica que, o fato é que existem graus de diferenças nessa distância entre as duas formas da língua, não existem nenhum sistema escrito capaz de reproduzir fielmente a riqueza da língua falada. Cada língua tem, então, duas histórias: uma história da língua falada e uma história da língua escrita. Dona Irene conversou e explicou também sobre a assimilação, sendo uma força muito ativa na língua, acontece quando Há o encontro de dois sons muito parecidos se fundindo num só, o que explica a pronúncia de palavras como baxo, caxa, faxa, e outras. Há casos também, que este fenômeno passa pela língua escrita, trazendo palavras como garangueijo, bandeija, prazeiroso e etc. Emília, num instante falou que foram muitos nomes complicados numa aula só, e dona Irene diz que, no caso do estudo da fonética, ela nos ajuda a esclarecer uma grande quantidade de fenômenos que ocorrem na língua que usamos e aparentemente não possuem muita razão de ser. Numa outra aula com esses nomes complicados, Irene explicou sobre a contração das proparoxítonas (Sílabas tônicas antepenúltimas) em paroxítonas, já adiantando que uma característica comum no português não padrão é que nele as palavras proparoxítonas quase não existem. Após exemplos e discussões, Silvia pergunta por que estas palavras ficaram assim, o que aconteceu? Irene, como sempre pronta para responder, explica que estas palavras sofreram uma contração para caberem no

...

Baixar como (para membros premium)  txt (11.7 Kb)   pdf (51.3 Kb)   docx (14.8 Kb)  
Continuar por mais 7 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com