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Somos Feitos de Tempo

Por:   •  5/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.700 Palavras (7 Páginas)  •  236 Visualizações

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Somos feitos de tempo?

Somos históricos, nossas ações e pensamento mudam com o tempo, conforme enfrentamos os nossos problemas da vida pessoal e coletiva, assim produzimos a nos e a cultura que pertencemos.

Toda geração conserva uma herança cultural de seus antepassados projetando sempre uma nova mudança, inseridos no tempo: o presente e infinito na ação que realiza, e também adquire o sentido pelo passado e futuro desejado, e no passado que se fundam as raízes do presente.

Somos frutos desses acontecimentos incessantes, e impossíveis pensarem em um ser humano universal, como modelo de todos os tempos, devemos pensar primeiro nas condições humanas, focada em um conjunto das relações sociais, sempre mutáveis, não nos compreendemos fora de nossa pratica social, estamos mergulhados em um contexto histórico-social concreto.

E da mesma maneira, acontece com a historia da educação, construímos interpretações sobre a forma que os povos transmitem sua cultura e formam as suas instituições escolares, e como as orientam, por isso todo educador deve compreender como atuar nos aspectos de continuidade e ruptura em relação aos seus antecessores e agir de maneira intencional.

Somos seres históricos, o tempo e o sentido da vida, a concepção de historicidade, não foi a mesma ao longo da historia, inúmeros foram os modos de compreender o ser humano no tempo e na sua historia.

Na historia nasce nossa necessidade de construirmos  nosso passado, por meio dos fatos relevantes e interpretado como vivemos, a preservação da memória, não foi a mesma ao longo do tempo, tendo variado também com a cultura.

 O trabalho histórico e semelhante ao pedagógico, convivemos com a experiência de fabricar a memória, a importância de desenvolvermos uma atitude critica frente as modas pedagógicas, de analisarmos as identidades no espaço educativo, sair da nossa própria  existência da historia e compreendermos as mudanças que acontecem a partir das pessoas e lugares concreto.

A origem da Educação escolar no Brasil – A ação dos Jesuítas como parte do movimento da Contrarreforma Católica.

No inicio do séc.XVI aconteceu a Reforma Protestante, que foi um movimento reformista cristão, por Martinho Lutero, em 31 de outubro de 1517, através de publicações de suas teses que foram 95, na porta da igreja do castelo de Wittenberg. Lutero fez diversos protestos contra vários pontos da doutrina da igreja Católica Romana, ele propôs uma reforma no catolicismo romana. Cinco solas são conhecidas como os princípios fundamentais da reforma protestante. Várias regiões e governantes europeus apoiaram Lutero, desta reforma provocando uma revolução religiosa. Estenderam-se pela França, Países Baixos, Suíça, Reinos Unidos, Escandinávia e algumas partes do Leste |Europeu, principalmente a Hungria e os países Bálticos. Mas a revolução deu inicio na Alemanha estendendo por outros países.

A igreja Católica Romana deu a resposta com o movimento chamado Contrarreforma ou Reforma Católica que foi dada inicio no Concílio de Trento. Com a reforma protestante obteve a divisão da igreja do Ocidente entre os católicos romanos e os reformados ou protestantes, dando origem ao Protestantismo. E foi ai que foi dado o inicio de perseguições e massacres por parte da Igreja Católica Romana. A Reforma Protestante combateu várias doutrinas e provocou maiores divisões no cristianismo.

O mundo cristianizado ocidental em decorrência da reforma protestante viu-se dividida entre cristões, protestante e cristão católico, e não mais alinhados como as diretrizes de Santa Fé. Lutero não negava o direito a igreja ou ao Papa de conceder penitência e perdões. Lutero não acreditava que dar esmola seria um ato bom, mas que seria a compra do perdão e das penas temporais. Lutero dizimou sua crítica para um campo teológico mais amplo, tais como os pecados originais, sacramentos, liturgia e outros temas.

No ano de 1519, Lutero foi acusado de heresia por causa de suas publicações e as autoridades exigiram que Lutero se retratasse.

 História da Educação no Brasil.  

A primeira ruptura acontece com a chegada dos portugueses ao território do novo mundo, eles trouxeram um padrão de educação próprio da Europa. A educação que havia na população indígena não tinha as marcas repressivas do modelo europeu.

Com a chegada dos Jesuítas a educação indígena foi interrompida, eles trouxeram moral, religiosidade europeia, costumes e métodos pedagógicos. Estes métodos funcionaram de 1546 a 1759 durante 210 anos. Comandados pelo Padre Manoel de Nobrega e edificaram a primeira escola em Salvador, tendo como mestre o irmão Vicente Rodrigues que se tornou o primeiro professor nos moldes europeus. Os Jesuítas se dedicaram ao trabalho educativo e a pregação da fé católica. Pois sabiam que precisavam ensinar os índios a ler e a escrever para convertê-los a fé católica. Após 21 anos de chegada ao Brasil era composto por cinco escolas instrução elementar (São Vicente, Espírito Santo, São Paulo de Piratininga, Ilhéus e Porto Seguro) e três colégios (Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro). Os cursos de Letras e Filosofia eram considerados secundários e os cursos de Ciências Sagradas e Teologia eram considerados de nível superior para a formação de sacerdotes.

Uma nova ruptura marca a história da educação no Brasil. O Marquês de Pombal faz a expulsão dos Jesuítas, e foi o mais absoluto caos. Os Jesuítas tinham 36 missões, 17 colégios e seminários, 25 residências, além de escolas de Letras instaladas em todas as cidades onde tinha as casas da Companhia de Jesus e seminários menores. Com isso a educação brasileira vivenciou uma enorme ruptura histórica, num processo consolidado e implantado como modelo educacional.

O Marquês de Pombal não conseguiu implantar um sistema educacional no Brasil. Mas com a chegada da Família Real ouve uma nova ruptura com a situação anterior. Para a sua estadia e preparo de terreno no Brasil D. João VI abriu escolas de Direito e Medicina, a Biblioteca Real, Academia Militares e o Jardim Botânico. Segundo vários autores o Brasil finalmente foi “descoberto”.  E mesmo assim a educação continuou a ter uma importância secundaria.  No Brasil nossa primeira Universidade foi em 1934, em São Paulo.

Por todo Império incluindo D. Pedro I, D. Pedro II e D. João VI, pouco fizeram pela educação brasileira e reclamavam de sua péssima qualidade. Com a Proclamação da Republica ouve varias tentativas de reforma que pudessem dar um novo rumo à educação. Mas a educação brasileira não sofreu nenhum processo de evolução que fosse considerado marcante. Até nos dias de hoje no planejamento escolar, muito se tem mexido, mas a educação brasileira continua tendo mesmas características em todos os países do mundo. Podemos dizer que a história da educação brasileira tem um inicio, um meio e um fim bem demarcado e facilmente observável.    

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