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Transtorno de Déficet de Atenção e Hiperatividade

Por:   •  22/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.163 Palavras (9 Páginas)  •  128 Visualizações

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[pic 1]         Faculdades Alternativas de Santo Augusto

Curso:Especialização em Ação Interdisciplinar na Educação e Informática na Educação

Disciplina: Psicologia com ênfase em transtornos e dificuldades de aprendizagem 

Professor: Dr. Carlos Alberto Veit

Aluno: Omar Francisco Altíssimo

Atividade: Descrever minuciosamente um exemplo de "aluno problema" (real ou hipotético), dar o diagnóstico e justificar. Encaminhar para um profissional adequado.  

                         

                      Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)

      Estamos em uma classe de aula fictícia,  do 5º Ano com 25 alunos, todos com idade entre 9 e 10 anos.  A realidade é de um bairro de classe média. Passadas as primeiras duas semanas de aula, a turma começa se soltar mais e a realidade  de cada aluno começa a se manifestar com mais clareza para o grupo de professores. Marcos, é um aluno extrovertido, impulsivo,  mexe com todos os colegas e começa a se destacar mostrando dificuldade em manter atenção durante as tarefas, sai de sua classe com muita frequência, bate os pés, mexe as mãos e joga a borracha em colegas mais tímidos, enquanto o professor está explicando o conteúdo e apresenta dificuldade em memorizar o conteúdo abordado. Também é de difícil convívio nos trabalhos em grupo, colaborando pouco e tentando desfazer o que o grupo construiu.
      Na sala dos professores, durante os intervalos, a coordenadora percebe que o nome do Marcos, 5º Ano, foi citado quase todos os dias durante esta terceira semana de aula. O que lhe chamou atenção são  novos sintomas que foram elencados pelos professores como: hiperatividade, dificuldade de esperar sua vez, intrometendo-se nas atividades dos  colegas e uma dificuldade de concluir suas tarefas. Realmente o comportamento do aluno está atrapalhando.

       Durante o primeiro trimestre cada professor da classe administrou como pode a situação do aluno Marcos. Mas com o passar do ano letivo, como não houve melhoras no comportamento deste aluno, uma  primeira providência adotada pela a escola foi a de convidar os pais para uma conversa sobre o comportamento diferenciado do aluno. Este encontro  também teve o objetivo de constatar como é o seu comportamento, em casa, no shopping, com os amigos no bairro, nos mercados, em fim no meio social que vive .
      Constatou-se que é um comportamento agitado e que atrapalha, pois a mãe citou casos em que o menino começava a se queixar que estava sendo rejeitado pelos amigos.
      Neste encontro com os pais ficou  combinado que os mesmos teriam uma conversa com o filho sobre seu comportamento e que o SOE da Escola também chamaria o aluno para uma conversa.

       Mas com o passar do ano letivo, a mudança de comportamento do Marcos foi pouca, houve a necessidade de uma abordagem mais atenta e profissional. OS sintomas de impulsividade, hiperatividade e desatenção sinalizam para um quadro onde o aluno padece de certos distúrbios psico/pedagógicos, sinalizando  para um quadro de TDAH  (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade).

      O Serviço de Orientação Educacional (SOE) da escola possui um bom conhecimento no sentido de distinguir entre um Transtorno e uma simples agitação ou desatenção. Sabe que o  Transtorno é genético e aparece na infância e que no Brasil, estatísticas dão conta que o TDAH atinge quase três Milhões de crianças.  Por outro lado está bem ciente que quem vai dar o diagnóstico é um especialista. Este procedimento requer urgência, pois o aluno Marcos veio transferido de uma escola do interior onde não existem maiores acompanhamentos,  portanto este diagnóstico deveria ter sido realizado há uns três anos atrás. Uma pesquisa realizada em 87 cidades de 18 estados brasileiros entre as classes C e D mostra que 60% das crianças e adolescentes que tem o Transtorno TDAH nunca foram diagnosticados, caracterizando um subtratamento e um subdiagnóstico.  No caso do nosso aluno Marcos, após nova conversa com os pais ficou decidido que ele terá um acompanhamento de especialistas.

      A família do aluno Marcos será atendido pelo Dr. Antônio Azevedo, psiquiatra.  É obvio que o atendimento o diagnóstico será feito com o Marcos, porem os pais receberão serão consultados e receberão orientação.

       Após duas consultas demoradas,  conversas com os pais e conhecimento do que se passa com Marcos, na escola, o Dr. Antonio já tem o diagnóstico sobre o caso do aluno Marcos. Trata-se realmente de TDAH.

       Na terceira consulta, O Dr. Antônio explicou aos pais que existe uma lista de sintomas e sinais. Em relação à hiperatividade e impulsividade são nove sintomas, o individuo tem que apresentar seis deles por um período maior que seis meses, tem que ocorrer em pelo menos dois locais diferentes e atrapalhar a vida da pessoa. Explicou também que para uma criança de 9 a 10 anos não é esperado que ele fique pulando, levante da cadeira a toda hora, a todo momento, deixando bem claro à família que manteve contato e buscou todas as informações junto à escola de Marcos. Explicou ainda que o diagnóstico não é realizado por exame e sim por avaliações e não pode ser um diagnóstico rápido, observando quanto está atrapalhando e a frequência. Falou que  é um Transtorno de comportamento, em 40% dos casos pode influenciar na aprendizagem. Na primeira consulta a mãe falou que o Marcos não era convidado para a maioria das festas de aniversário dos colegas de escola. O médico reforça a ideia de que Marcos tem perdas do ponto de vista social, pois começa a ser rejeitado. Fala que existe um desvio de comportamento e isto caracteriza uma patologia. Informa aos pais que existem estudos científicos que constatam atraso na maturação do cérebro das crianças que tem TDAH. Explica aos pais que o tratamento do TDAH está baseado em um tripé de ações: Psicoeducação (informação sobre o transtorno), Psicoterapia (nos casos em que há prejuízo psicológico) e Medicação, portanto existe tratamento que será iniciado imediatamente e  uma vez medicado os sintomas desaparecem ou são irrelevantes.

       A diferença é quantitativa e não qualitativa. Quer dizer, tudo que uma criança com TDAH mostra no seu comportamento as demais também apresentam, só que naquela que tem TDAH isto aparece de uma forma muito mais intensa, frequente e trazendo inúmeros prejuízos em todas às esferas de sua vida, escolar, familiar e social.

       Na verdade nem sempre a hiperatividade desaparece, ela apenas evolui de acordo com a idade. Por exemplo, uma criança hiperativa pula sem parar, trepa nos armários da casa, corre de um lado para outro. Quando essa mesma pessoa chega à idade adulta não é de se esperar que ela continue com o mesmo comportamento, mas podemos ver que ela está sempre andando de um lado para outro, faz tudo como se estivesse com muita pressa, não consegue deixar as mãos paradas, assume inúmeras tarefas simultaneamente, sem conseguir finalizar a maioria delas, tem dificuldade de planejamento, seguir metas e de se organizar de uma maneira geral.

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