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UMA COMPARAÇÃO ENTRE “A RIQUEZA DAS NAÇÕES” E “O CAPITAL”

Por:   •  3/12/2018  •  Artigo  •  648 Palavras (3 Páginas)  •  327 Visualizações

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UMA COMPARAÇÃO ENTRE “A RIQUEZA DAS NAÇÕES” E “O CAPITAL”

FOZ DO IGUAÇU

2018

- Resumo

Esse trabalho é uma comparação entre alguns tópicos econômicos do liberalismo clássico, na figura da obra “A Riqueza das Nações” e do marxismo, na figura da obra “O Capital”.  

Ao desenvolver as comparações, notamos que “O Capital” é uma pesada crítica à organização econômica e social dentro das manufaturas que Smith propõe. Tópicos base da teoria da Riqueza, como a divisão do trabalho, a alta especialização, a ideia de supervisão e de que a superprodução gerará mais riqueza para todos é questionada quando Marx introduz conceitos como a mais-valia e alienação proletária tanto política quanto social e financeira.

Assim, Marx diz que a organização das manufaturas não favorece um enriquecimento da sociedade como um todo, como defende Smith, mas o enriquecimento do burguês proprietário da manufatura, que acumula capital a partir da exploração e estabelece uma relação de poder com seus trabalhadores. Entretanto, observa-se que na questão política, não há uma oposição completa, uma vez que o próprio Smith diz que os patrões conseguem se impor mais facilmente sobre os empregados que o contrário, citando o número que essas classes representam e os dispositivos legais que permitem essa distorção.

Palavras-chave: economia, pedagogia, Marx, Smith, teoria

- Introdução 

O presente artigo tem por objetivo apresentar uma comparação entre as obras “A Riqueza das Nações” de Adam Smith e “O Capital” de Karl Marx no tocante à Divisão do Trabalho.  A comparação tem sua relevância devido à importância dessas escolas (liberalismo clássico e marxismo) na organização social das sociedades modernas e contemporâneas, podendo-se citar também os modelos educacionais.

 
- Desenvolvimento

Os capítulos analisados das obras retratam as bases de suas respectivas teorias econômicas. Os dois autores, tratados hoje como opostos, realmente divergem em muitas questões, porém, consentem em outras. Essa percepção será o tema do presente artigo.

Adam vai defender em seu tratado, conceitos como a liberdade natural, que diz que o ser humano tem o direito de perseguir seus interesses e sua plena realização pessoal, enquanto Marx irá dizer que esse egoísmo gera desigualdades, e que o interesse coletivo deve se sobrepor ao individual.

Marx também tratará sobre a alienação do trabalho. Segundo ele, o trabalho altamente especializado, com cada operário possuindo apenas uma função, como Smith teoriza é nocivo à autonomia da classe proletária. Essa especialização provocaria o desconhecimento do trabalhador sobre todos os processos que formam o produto final e esse desconhecimento, por sua vez, condicionaria o proletário à uma condição eterna de dependência do burguês, que o exploraria continuamente a partir da mais-valia.

Sobre as concordâncias, quanto Marx quanto Smith dizem que os donos de manufaturas se organizam mais facilmente para defender seus interesses do que os trabalhadores. Na Riqueza, há a menção ao fato de que na Inglaterra haviam atos e leis no parlamento que impediam o aumento do salário e do valor que o trabalhador recebe pela sua atividade, enquanto não existiam esses mesmos dispositivos para impedir o rebaixamento dos mesmos. Smith dirá que isso se dá pelo menor número de pessoas que pertencem à classe dos donos de manufatura e a facilidade de articulação que esse grupo menor com interesses comuns consegue ter.

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