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Ética na Educação

Por:   •  6/11/2015  •  Projeto de pesquisa  •  1.265 Palavras (6 Páginas)  •  143 Visualizações

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O OBJECTO DA ÉTICA

No final deste capítulo, deve ser capaz de entender:

O objecto da Ética exige

- a não-identificação da Ética com a Moral.

- a existência de uma Ética que, não sendo científica, recebe o contributo das

diversas Ciências a respeito do ser humano.

- que a actuação moral, singular, seja complementada/criticada pela reflexão ética,

universal.

- que cada um de nós tenha a consciência de que deparará com problemas morais, ao longo da sua vida.

- que haja, tanto em termos pessoais, quanto em termos colectivos, a passagem da

Moral efectiva – ou vivida – para a Moral reflexa – ou Ética.

- a tomada de consciência para a possibilidade de variação das respostas sobre o

que é o “Bom”, consoante as diferentes Éticas.

- a verificação do seguinte facto: a Ética não é uma intra-disciplina da Filosofia.

- que as questões éticas fundamentais devam ser abordadas a partir de pressupostos

filosóficos.

- que, através do seu objecto, a Ética se relacione com as Ciências que estudam as

relações e os comportamentos dos seres humanos em sociedade.

- a consideração para com o seguinte aspecto: o comportamento moral é uma forma

específica do comportamento dos seres humanos.

A Ética depara com uma experiência histórico-social no terreno da Moral, ou seja, com um conjunto de práticas morais já em vigor e é partindo delas que procura determinar:

- a essência da Moral;

- a origem da Moral;

- as condições objectivas e subjectivas do acto moral;

- as fontes da avaliação moral;

- a natureza e a função dos juízos morais;

- os critérios de justificação dos juízos morais;

- o princípio que rege a mudança e a sucessão dos diferentes sistemas morais.

A Ética é a teoria do comportamento moral dos seres humanos em sociedade.

Os enunciados éticos não possuem, em rigor, uma dimensão científica, pois exprimem unicamente sentimentos subjectivos, mediante os quais se procura impor determinadas atitudes de natureza emotiva.

Segundo Luís de Araújo, é possível construir uma Ética rigorosa, isto é, uma Ética que, apesar de não ser deduzida das Ciências, se articula com os conhecimentos que vão emergindo a partir destas a respeito da realidade humana.

A ética configura-se como um discurso legítimo acerca do agir humano e da sua justificação axiológica.

É Adolfo Sánchez Vázquez quem, de entre outros, defende a Ética como Ciência.

- A Ética é uma Ciência. O carácter científico desta disciplina corresponde à necessidade de uma abordagem científica dos problemas morais. De acordo com esta abordagem, a Ética ocupa-se da Moral.

Embora parta da existência de um comportamento moral efectivo, ela não pode permanecer ao nível de uma mera descrição ou registo dos mesmos, mas transcende-os ao elaborar os seus conceitos, hipóteses e teorias.

- A Ética é a Ciência da Moral, ou seja, de uma esfera do comportamento humano.

Porquanto não existe uma Moral científica, embora exista – ou possa existir – um conhecimento da Moral que pode ser científico.

- A Moral não é uma Ciência, mas sim o objecto de uma Ciência em cuja origem etimológica encontramos dois vocábulos: éthos – que significa costume, uso, maneira (exterior) de proceder – e (êthos) – que se reporta à residência, toca, morada habitual, maneira de ser, carácter.

Actualmente, a palavra Ética se usa em três sentidos:

- no sentido de ordem moral ou ordem ética, entendida como a totalidade do dever moral;

- no sentido de estrutura fundamental das ideias morais ou ideias éticas, reconhecidas por uma pessoa, ou por um grupo;

- no sentido de conduta moral efectiva, tanto de uma pessoa, como de um grupo.

A Moral, por seu turno, tem origem no latim mos, mores, entendido no sentido de

conjunto de normas ou regras adquiridas por hábito.

A Ética é a base normativa da Moral, surgindo depois da Moral, com capacidade para clarificar e, inclusive, rectificar os comportamentos morais efectivos. Consideramos que os seres humanos não só agem moralmente, como reflectem sobre esse(s) comportamento(s) prático(s), tomando-o(s) como objecto da sua reflexão e do seu pensamento. Uma tal dimensão almeja atingir, e esclarecer, as mais relevantes actuações humanas, isto é, aquelas que se reportam, consciente e livremente, ao bom, ao certo, ao correcto, ao justo, ao prudente.

Admitindo que o mundo dos valores é uno e coerente, todos os valores devem convergir para um núcleo axiológico: aquele que é constituído pelo Bem.

A ética ocupa-se das normas que regem ou devem reger as relações de cada indivíduo com os outros e dos valores que cada indivíduo deve realizar no seu comportamento.

“Admitida a existência de verdadeiros deveres ou obrigações, segue-se logicamente que o homem não é totalmente autónomo, ‘senhor’ de si mesmo.

Os deveres e obrigações concretos pressupõem como condição de possibilidade, uma ‘obrigatoriedade’ ontológica, que eles concretizam: quem tem esta obrigação é obrigável, capaz-de-obrigação.

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