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A Análise Institucional De Lapassade E A Relação Com O Filme "Tempos Modernos":

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Por:   •  10/1/2015  •  615 Palavras (3 Páginas)  •  2.292 Visualizações

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A análise institucional de Lapassade e a relação com o filme “Tempos Modernos”:

Alienação do trabalhador

O filme retrata tópicos importantes que são abordados pela diversidade de teorias e práticas da psicologia institucional, em especial, retrataremos sobre a alienação do trabalhador. O intuito deste texto, não é apenas mencionar as cenas do filme relacionadas ao tema alienação, mas associar a teoria de Georges Lapassade (o contexto teórico ministrado na disciplina de Psicologia Institucional), instigando uma agregação de estudo.

O filme “Tempos Modernos” focaliza a vida urbana nos Estados Unidos nos anos 30, imediatamente após a crise de 1929, quando a depressão atingiu toda sociedade norte-americana, levando grande parte da população ao desemprego e à fome.

A figura central do filme é Carlitos, o personagem clássico de Chaplin, que ao conseguir emprego numa grande indústria, transforma-se em líder grevista conhecendo uma jovem, por quem se apaixona. O filme focaliza a vida na sociedade industrial caracterizada pela produção com base no sistema de linha de montagem e especialização do trabalho. Retrata a realidade vivenciada pelos trabalhadores na época da revolução industrial; o automatismo na execução dos trabalhos diários, demonstrando uma forma mecanizada e repetitiva. O filme critica profundamente a Sociedade Industrial, seu ritmo frenético, a falta de qualidade de vida e seus propósitos irracionais, o que desencadeia a alienação no individuo, visto que este perde a sua subjetividade, integra-se em uma rotina sistemática e cíclica.

Para Lapassade (1989), a análise institucional estaria disposta a revelar os dispositivos, as manobras de exercício de poder que o Estado utiliza-se para alienar a sociedade. Acontece que a prática repetitiva referida a uma determinada lei a um conjunto de regras aliena os sujeitos nela envolvidos. Algumas estratégias alienantes utilizadas pela Instituição seriam, por exemplo, as repressões. O filme perpassa cenas do esforço humano em trabalhar como um relógio, dentro de um sistema de repetição mecanizada, contínua e cronometrada, resultado da busca de aperfeiçoamento pela implantação da linha de montagem, visando unicamente à produção e o lucro. No sentido de garantir o emprego, os trabalhadores são submetidos às exigências das fábricas e se assemelham as máquinas no decorrer da labuta diária.

O momento claro desta circunstância é quando o personagem Carlitos (Charles Chaplin) chega ao chão de fabrica, aparentemente transtornado, perde a razão de tal forma que fica querendo apertar tudo que se assemelha a parafusos, como os botões do vestido de uma senhora. Entendo que o que Chaplin aborda aqui é fundamentalmente a alienação do ser humano no mundo. Basta assistir ao filme todo e será possível deslocar seu tema da tecnologia massacrante para a alienação também em outros níveis da vida social. Por exemplo, quando Carlitos sai do manicômio onde foi internado após enlouquecer na linha de produção, encontra uma situação de grande desemprego devido à crise de 29. Fica, então, perambulando pelas ruas. É quando lhe acontece ver cair uma bandeira de sinalização de um caminhão em movimento. Tentando ajudar, pega a bandeira e começa a perseguir o caminhão agitando-a para o motorista. Imediatamente, uma

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