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A CONSTRUÇÃO DO EU NA MODERNIDADE

Por:   •  18/11/2017  •  Resenha  •  3.080 Palavras (13 Páginas)  •  2.602 Visualizações

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QUESTÕES DO LIVRO A CONSTRUÇÃO DO EU NA MODERNIDADE

  1. Qual é a diferença entre a meditação solidária de um monge medieval e a experiência de solidão de um homem do século XX?

O monge medieval não tinha entendimento de um interior, visto que o “eu” nem sempre foi soberano. Então era ausente uma certeza interior. Enquanto o homem moderno temo entendimento do seu interior e por isso muitas vezes sente-se sozinho nas suas certezas, seus sentimentos, pois tem a impressão de que ninguém entende o que ele sente, dizendo que seu sofrimento é incomparável ou maior que o do outro.

  1. Procure identificar uma forma de entender o mundo que seria impensável na Idade Média.

Na Idade Média seria impensável a compreensão de um problema interior, o entendimento das pessoas, a maneira de crer em Deus, como é nos dias atuais, a diminuição da Igreja, o direito de protestar, a mistura cultural, etc.

  1. Hoje ainda existe a ideia de “corpo social”?

Sim, ainda temos “líderes”, que mandam em desmandam.

Temos o Governo e o Senado que correspondem ao corpo social, porém temos a oportunidade de pensar diferente, mesmo tendo de aceitar o que o corpo social manda, gostando ou não.

Há também outros tipos de corpo social, como chefes de emprego, líder de uma banda, por exemplo, e podemos expor nossa maneira de pensar e nos afastar do que esse corpo social vive, fala ou manda. Podemos nos afastar sem ter que morrer por isso, mas atualmente em nosso país e nossa cultura, pois sabemos que ainda há lugares em que a população não possui voz.

  1. Como foi possível conciliar a crença em um Deus onipotente e a crença na liberdade do homem?

Através do livre arbítrio, a partir do momento em que o homem conhece as sagradas escrituras, descobriu entre outras coisas que Deus deixou ao homem uma regra de como viver e a liberdade de escolha de vive-la ou não. “mas agora ele é entendido como um criador que paira por sobre sua obra, que passa a ter vida própria, liberdade. Deus esta ‘antes’ do mundo como criador e ‘depois’ dele como juiz.”

  1. Como a valorização do homem contribuiu para o aumento do conhecimento sobre a natureza?

Quando o homem teve o discernimento de que Deus havia criado um mundo e o deixou funcionar por suas próprias leis, surgiu a possibilidade do conhecimento das leis naturais, surgiu o conhecimento e a previsão sobre os fenômenos naturais. Deus não interviria mais a cada momento com milagres justamente para os homens terem esse conhecimento sobre tais fenômenos.

  1. Entre o mundo medieval e o mundo renascentista, qual parece gerar mais angustia no homem? Por que?

O mundo renascentista, pois este período fora marcado por transformações em muitas áreas da vida humana, como o homem passar a ter sua interioridade, seu livre arbítrio.

Na era medieval, a forma presente era a única conhecida para se viver, não sendo apresentados a uma diferente.

Hoje, pensar em não possuir uma interioridade é praticamente impossível. O homem renascentista descobre esse interior e mesmo sendo bom, gera um grande número de conflitos, tendo que descobrir o que quer, o que é certo ou errado, etc. Não a mais  padrão, uma lei absoluta a se seguir. Cada um é responsável por suas ações e palavras.

  1. Qual é a importância da feira de rua no universo Renascentista?

É muito importante, pois era o momento em que o homem entrava em contato com o diferente, o momento em que ele descobre a diversidade, as outras culturas, as novidades trazidas das mais diversas partes do mundo, recém descobertas, alimentos básicos da cozinha como batata, tomate, cacau, temperos variados, além de tecidos e tinturas.

Entrava em contato com pessoas e animais de diversas partes que eram levadas da Europa no mesmo espírito de exotismo.

A própria ideia de comércio, como intercâmbio de bens, circulação de mercadorias ou necessidade de criação de valores de troca, expressa bem o movimento da época.

A feira de rua contém um elemento de festa popular, desordem e gritaria diante de uma profusão de mercadorias.

  1. Que tipo de reação foi gerada pelo confronto com outras culturas?

Foi gerada duas reações. Uma é mais convencional e reassegura as certezas sobre si: consideraria a diferença um erro. Se o outro pensa de forma diferente da minha, ele esta errado. Cabe, por isso, catequiza-lo, conduzi-lo a verdade. Caso ele se recuse, justifica-se a utilização de meios digamos “mais convincentes”, dado que se trata do seu próprio bem. A chamada “conquista da América” mostrou muito bem como se processa isso e quais são suas consequências, com um extermínio massivo de culturas.

A outra atitude possui cunho mais autocrítico e aparenta ter tido um lugar considerável no Renascimento. Diante do confronto com a verdade do outro, acaba-se por colocar em questão a própria verdade, não para substituí-la, mas para toma-la não mais como única e sim como uma dentre as possíveis ou ambas verdades válidas ou inválidas.

  1. Por que no Renascimento o homem perdeu suas certezas?

Devido a diversidade culturas. O homem era criado em um mundo totalmente fechado, com regras e juramentos de castigos eternos caso não se comportasse como lhe era imposto. Com o Renascimento isso veio a mudar, o homem já não sabia mais no que confiar, no que ter certeza.

Falta de critérios absolutos pode gerar uma crescente insegurança.

  1. Como se relaciona a crença da liberdade do homem e a tentativa de submetê-lo a uma ordem disciplinar rígida no século XVI?

Impõe-se ao homem agora escolher seu caminho. Inácio de Loyola havia sido militar, ao se converter trouxe para dentro da religião a disciplina, sendo ele fundador da Companhia de Jesus, imprimiu um traço distintivo dos jesuítas.

Santo Inácio de Loyola parte do mundo Renascentista reconhecendo a liberdade humana, mas constata a perdição do homem e busca mostrar-lhe o caminho do reencontro com a ordem.

Seu procedimento propriamente humanista faz escola até hoje: o homem é livre para ser o que é e parece estar perdido; ele precisa de poder, portanto, dirigir sua livre vontade ao caminho correto para se encontrar. O que ele precisa é de um manual de instruções, uma técnica para dirigir suas ações, logo o homem precisa espontaneamente se submeter as autoridades religiosas, fazendo assim a liberdade do homem ser somente a causa de sua perdição.

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