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A Cleptomania na Administração

Por:   •  3/10/2018  •  Pesquisas Acadêmicas  •  812 Palavras (4 Páginas)  •  169 Visualizações

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CLEPTOMANIA

A cleptomania caracteriza-se pela falha recorrente em resistir ao impulso de furtar objetos desnecessários para o uso pessoal ou destituídos de valor monetário. Os objetos normalmente são guardados (muitas vezes caracterizando um colecionismo), dados a alguém ou mesmo jogados fora. Entretanto, alguns pacientes podem, de fato, desejar os itens  roubados e utiliza-los, mas não necessariamente precisar deles (Grant, 2006). Os objetos mais comumente roubados são roupas, alimentos, joias, cosméticos, dinheiro ou utensílios de higiene pessoal (Ferão; Bedin; Busnello,2004). Os pacientes com cleptomania vivenciam uma crescente tensão subjetiva antes do furto. Logo após cometê-lo, apresentam uma sensação de prazer, gratificação ou alívio, seguida de culpa, vergonha e arrependimento, com a adequada percepção de que seu ato, egodistônico, é errado e sem sentido. Alguns pacientes, porém, negam tais sentimentos, e caracterizam o ato  como “automático” ou como expressão de um “hábito”. Assim sendo, não costumam planejar, nem considerar a possibilidade de serem presos. (Outros, inclusive, chegam a relatar amnésia durante o ato de roubar (Goldman, 1991; Grant; Potenza, 2004).

HISTÓRICO E ASPECTOS LEGAIS

Umas das mais importantes características do diagnóstico de cleptomania e de seus aspectos legais é que esta deve ser diferenciada de atos comuns de roubo ou furtos a lojas. A principal diferenciação fenomenológica consistente no fato de que o furto comum, planejado ou impulsivo, é deliberado e motivado pela utilidade do objeto ou por seu valor monetário, um dos primeiros casos descritos de cleptomania ocorreu no sistema britânico, no fim do século XVII (Grant, 2006).

A cleptomania passou a fazer parte das classificações psiquiátricas a partir de 1980, no DSM – III. EM 1996, no DSM-III-R, foi agrupada na categoria dos “transtornos do controle dos impulsos não classificados em outro lugar”. Atualmente, é classificada como um transtorno do controle dos impulsos, no DSM-IV-TR (APA,2002), juntamente com jogo patológico, piromania, transtorno explosivo intermitente e tricotilomania.

EPDEMIOLOGIA

A cleptomania atinge quatro vezes mais o sexo feminino; entretanto, algumas amostras clínicas referem que aproximadamente dois terços dos indivíduos com transtorno são do sexo feminino. Grant (2006) acredita que não há diferenças de gênero para a cleptomania, mas que os homens tendem a ser presos, e as mulheres, encaminhadas a psiquiatria. A idade de início pode variar, sendo mais frequente entre o final da adolescência e o início da idade adulta (Goldman, 1991; Grant; Kim, 2002; McElroy et al., 1991); Presta et al., 2002, e em casos raros, em idade mais avançada. Não se constatam diferenças entre as clçasses socioeconômicas.

ETIOLOGENIA

A etiologia dos transtornos do controle dos impulsos (TCI) é desconhecida. a maior parte dos estudos neuropsiquiátricos não abordam diretamente as estruturas neurológicas da impulsividade, mas sim da agressividade ou do transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) tais estudos, porem, permitem algumas considerações sobre a impulsividade.

CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS

  1. Fracasso recorrente em resistir a impulsos de furtar objetos desnecessários para o uso pessoal ou destituídos de valor monetário.
  2. Sentimento de tensão aumentada imediatamente antes da realização do furto.
  3. Prazer, satisfação ou alívio no momento de cometer o furto.
  4. O furto não é cometido para expressar raiva ou vingança, nem ocorre em resposta a um delírio ou alucinação.
  5. O furto não é mais bem explicado por um transtorno de conduta, um episódio maníaco ou um transtorno da personalidade antissocial.

A conceitualização da cleptomania em um espectro obsessivo-compulsivo pode ser baseada, segundo Hollander (1993), McElroy e colaboradores (1993) e McElroy, Phillips e Keck (1994), nos pensamentos e comportamentos repetitivos, e , de acordo com Grant e Kim (2002ª), no alto índice (63%) de armazenamento encontrado entre os pacientes com cleptomania.

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