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A DEPRESSÃO NA ADOLESCÊNCIA E A TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL COMO INSTRUMENTO PARA O SEU TRATAMENTO

Por:   •  29/6/2022  •  Trabalho acadêmico  •  4.339 Palavras (18 Páginas)  •  136 Visualizações

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A DEPRESSÃO NA ADOLESCÊNCIA E A TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL COMO INSTRUMENTO PARA O SEU TRATAMENTO

Gislaine Aparecida Gomes Morais¹

 Luísa Pelúcio Ribeiro²

¹aluna do Curso de Psicologia - Faculdade Sul Fluminense

² Professora da FaSF - Faculdade Sul Fluminense

RESUMO

O objetivo principal desse artigo visa identificar as particularidades da depressão no adolescente pela perspectiva da Terapia Cognitiva Comportamental como tratamento. A primeira parte da pesquisa abordou a construção histórica da depressão e o valor social do seu diagnóstico; a segunda parte se referiu as especificidades, causas e consequências da depressão na adolescência; e a terceira parte conclui com a as contribuições da Terapia Cognitiva Comportamental no tratamento da depressão no adolescente. Para abordar o tema a metodologia utilizada neste artigo é a de pesquisa bibliográfica e qualitativa baseada em referenciais teóricos de livros e artigos científicos, trazendo um embasamento nas teorias de Aaron T. Back como base de abordagem dessa temática. A partir de dados de pesquisas apresentados no trabalho foi possível constatar a vulnerabilidade dos adolescentes frente aos desafios das inúmeras mudanças experimentadas nesta fase da vida, combinados com fatores como a falta de estabilidade familiar, condições sociais desfavoráveis, falta de oportunidades e condições ambientais negativas. O presente trabalho fundamentou-se na Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) como abordagem terapêutica eficaz e mais indicada para a intervenção do tratamento da depressão na adolescência e na aplicação de técnicas terapêuticas para o desenvolvimento de habilidades que permitam o reequilíbrio cognitivo e emocional do paciente em estado depressivo, e mesmo dadas as limitações da pesquisa, demonstrou-se a importante na pesquisa das técnicas da TCC para o tratamento de adolescentes em depressão.

Palavras-chave: Depressão; Adolescência; Terapia Cognitivo Comportamental; Tríade Cognitiva, Questionamento Socrático.

1- INTRODUÇÃO

        

A pesquisa desse artigo tem como proposta contemplar o crescimento dos casos de depressão na adolescência, e suas consequências na vida deles, a partir da abordagem da Terapia Cognitivo Comportamental. A depressão é uma doença mental que afeta humor, gerando um estado anormal de tristeza. Ela é caracterizada por três sintomas principais: humor deprimido, perda do interesse ou prazer e energia reduzida, e pode ser provocada por problemas de saúde, questões familiares e financeiras, eventos estressantes/traumas, fatores físicos, envelhecimento, uso de álcool e drogas (DSM-5, 2015).

A adolescência é um período difícil, turbulento, com variações do humor e crises emocionais e, de acordo com dados do Ministério da Saúde, “os atendimentos ambulatoriais e internações no Sistema Único de Saúde (SUS) relacionados à depressão cresceram 52% entre 2015 e 2018, passando de 79.654 para 121.341. Na faixa etária de 15 a 29 anos, o crescimento foi de 115%” (Site G1, 2019).

Estas informações revelam que a solução desse problema de saúde pública é de suma importância, e a Psicologia tem papel preponderante nesta tarefa. A autora propõe-se através desta pesquisa, contribuir para a difusão do tema e de propostas de intervenções, visando o tratamento da depressão nessa parcela da sociedade, analisando as causas e as consequências da depressão na adolescência e propondo a Terapia Cognitiva Comportamental como um método de tratamento eficaz (POWELL, ABREU, OLIVEIRA e SUDAK, 2008).

Há uma grande preocupação em estudar com mais profundidade a depressão e os fatores que contribuem para a fragilidade do sujeito, através de investigações e intervenções de acordo com as demandas de cada pessoa que sofre com esse mal. Entre as diversas faixas etárias, a adolescência, é uma das que mais tem sofrido com a depressão, como apontam Papalia e Feldman (2013), que a adolescência é marcada por muitas modificações, como as físicas, cognitivas, emocionais e sociais, promovidas pela puberdade, que implica nas alterações psicológicas que persistem até a idade adulta (MELO, MOREIRA e SIEBRA, 2017).

O objetivo principal desse artigo visa identificar as particularidades da depressão no adolescente pela perspectiva da Terapia Cognitiva Comportamental como tratamento. Enquanto os objetivos específicos permitem abordar a construção histórica da depressão e o valor social do seu diagnóstico; descrever as especificidades, causas e consequências da depressão na adolescência; e analisar as contribuições da Terapia Cognitiva Comportamental no tratamento da depressão no adolescente.

A pesquisa bibliográfica será utilizada como referência para coletar dados na revisão da literatura impressa com análise de artigos, livros, dissertações e teses. A ampliação da busca poderá incluir visitas à websites e espaços virtuais que discutam temas sobre depressão, depressão na adolescência e tratamento em TCC que contemplem o público alvo dessa pesquisa.

Este trabalho foi dividido em três partes, não considerando a introdução do material. A primeira parte da pesquisa abordou a construção histórica da depressão e o valor social do seu diagnóstico; a segunda parte se referiu as especificidades, causas e consequências da depressão na adolescência; e a terceira parte conclui com a as contribuições da Terapia Cognitiva Comportamental no tratamento da depressão no adolescente.

2 - REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. CONSTRUÇÃO HISTÓRICA DA DEPRESSÃO E O VALOR SOCIAL DO SEU DIAGNÓSTICO.

É de conhecimento geral da relação e o cuidado da saúde não apenas no aspecto físico, importando se atualmente com o psicológico e os transtornos mentais, mas por diversos anos a história da medicina ignorou o estudo do homem pela sua subjetividade, comportamento e emoções. Apresentando na antiguidade a depressão por relatos de uma melancolia.

Já na época de Hipócrates, este citava, em sua teoria sobre os quatro humores (sangre, fleugma, bílis amarela, bílis negra), que a alteração quantitativa e qualitativa da bílis negra, principalmente pelo excesso, produzia um quadro melancólico caracterizado pelo medo e pela tristeza. O tratamento consistiria em expulsar do organismo esse excesso por meio de purgativos (PERES, 2006; FACÓ, 2008).

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