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A Diferenciação entre Stress e Síndrome de Burnout

Por:   •  24/8/2022  •  Trabalho acadêmico  •  2.423 Palavras (10 Páginas)  •  100 Visualizações

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Diferenciação entre Stress e Síndrome de Burnout

 

 

Trabalho apresentado para formação de nota da APS apresentado ao curso de Bacharelado em Psicologia, do Centro das Faculdades Metropolitanas Unidas FMU, para a matéria Trabalho e Saúde Mental, orientado pela professora Nielce Filetti.

 

 

 

 

 

SÃO PAULO – SP

ABRIL 2022

Introdução 

A presente pesquisa desenvolvida para disciplina de Trabalho em saúde mental, ministrada pela professora Drª Nielce Filetti procura diferenciar o estresse do burnout. Para isso inicia-se fazendo uma definição do conceito de estresse desde sua concepção até a popularização que se vê nos dias atuais.

Burnout, depressão e estresse são problemas de saúde específicos. Apesar de terem sintomas semelhantes, as três condições são tratadas e classificadas de maneira distinta pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Para a OMS, o burnout não é uma condição médica, mas um fenômeno ligado ao trabalho. Já a depressão é uma doença psiquiátrica crônica. O estresse, por sua vez, é uma resposta do corpo às circunstâncias do dia a dia. Ele pode ser um indício de alguma doença ou apenas uma reação pontual a condições externas, negativas ou positivas.

Veja abaixo as principais características dos três problemas:

  • Burnout: é uma síndrome resultante de estresse crônico e necessariamente tem origem no ambiente de trabalho;
  • Depressão: é uma doença psiquiátrica crônica, que afeta pessoas de todas as idades;
  • Estresse: é uma reação fisiológica automática do corpo a circunstâncias que exigem ajustes comportamentais.

Estresse: uma análise conceitual

De acordo com Arantes e Vieira, 2006 Hans Selye, foi o pai do estresse. Nascido em Viena, em 1907, faleceu em 1982. Fascinado pelas reações do organismo, chamadas reações inespecíficas. Esta forma de reagir do organismo, em relação a diferentes agentes agressores era muitas vezes deixado à margem, pois o interesse da medicina era a busca pelo específico na doença e a cura específica. Por sua vez Selye, buscava o entendimento do mecanismo do adoecer. O que ele chamou de síndrome de se sentir doente.

Para embasar sua teoria desenvolveu um estudo endocrinológico sobre o papel dos hormônios sexuais em ratos, observando que qualquer agressão há mecanismos de adaptação do organismo semelhantes entre si. Um conjunto de respostas não específicas provocadas por um agente físico, qualquer que seja, e formula o conceito que denominou de Síndrome de Adaptação Geral. Para Selye essa síndrome poderia produzir diferentes doenças dependendo das circunstâncias.

Pesquisando em animais as correlações neuro endocrinológicas na gravidez, este cientista observa que, após certos procedimentos, os animais apresentavam anomalias no ciclo sexual, com uma falsa gravidez. Eram reações totalmente inespecíficas, conclui que eram “manifestações inespecíficas de estresse”. Foi a primeira vez que se usou a palavra estresse com a seguinte conotação: “estado de tensão inespecífica de um ser vivo, que se manifesta mudanças morfológicas tangíveis, em diferentes órgãos e particularmente nas glândulas endócrinas”. (Arantes e Vieira, 2006, p.21).

Selye se perguntou se não existiria alguma coisa, como uma reação singular inespecífica do organismo, como resposta a qualquer tipo de dano sofrido, “síndrome de resposta aos danos, em si”, se vinculava à síndrome de se sentir doente, como dores difusas nas juntas e músculos, distúrbios gastrointestinais, perda do apetite, a ausência da menstruação nas mulheres durante exposição a infecções, à má nutrição e aos estados de tensão emocional.

O organismo tem um sistema de reação inespecífico, com o qual pode fazer face aos danos causados por uma grande variedade de agentes patogênicos em potencial. Estas respostas de defesa facilitam uma análise objetiva e científica para elucidar o mecanismo de resposta pelo qual a natureza se defende contra os danos de diferentes tipos.

Hoje, não só a medicina, mas a psicologia, a sociologia e sobretudo as ciências se preocupam com a saúde ambiental e no trabalho, como a qualidade de vida em geral. (Arantes e Vieira, 2006).

A palavra estresse foi adquirindo muitos conceitos através do tempo, inclusive se popularizou onde o senso comum generaliza vários sintomas como sendo estresse. Portanto há que se ter cuidado em procurar um profissional sério e competente com embasamento teórico aprofundado.

“Carl Simonton e colaboradores (1987), abordam o conceito de estresse relacionando-o a estados emocionais provenientes da reação pessoal dos indivíduos frente a mudanças significativas em suas vidas. Citam pesquisas sobre o câncer, nas quais indicam uma possível ligação entre a quantidade de estresse e a predisposição às neoplasias. Lembram que, para o paciente canceroso, estas descobertas são muito importantes, pois o sistema imunológico é sensível ao estado emocional, e este pode fortalecer ou suprimir aquele. Mas o que realmente parece ser significativo, concluem, é a maneira como cada pessoa reage aos agentes estressores, sendo este um fator decisivo para o aparecimento ou a evolução de doenças.” (FILGUEIRAS e HIPPER 1999, p.43)

O estresse em pequenas doses, pode ajudar a agir sob pressão e motivar  o indivíduo a fazer o seu melhor. Contudo, se a pessoa frequentemente se sentir cansada e sobrecarregada, então seu sistema nervoso precisa voltar ao equilíbrio.

O estresse é a maneira de o corpo reagir a qualquer tipo de demanda ou ameaça. Quando se percebe o perigo, seja real ou imaginário, as defesas do corpo entram em ação em um processo rápido e automático conhecido como reação de “luta ou fuga” ou “reação ao estresse”.

A resposta ao estresse é a maneira do corpo de protegê-lo, ajuda a manter o foco, a energia e o alerta. Em situações de emergência o estresse pode salvar vidas, dando força extra para o indivíduo se defender, como por exemplo estimulando-o a pisar no freio para evitar um acidente, é o chamado eustresse.

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