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A Escola Summerhill

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Por:   •  17/11/2013  •  660 Palavras (3 Páginas)  •  522 Visualizações

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Summerhill é uma escola inglesa, fundada em 1921 por Alexander Sutherland Neill (Escócia, 1883 - 1973). É uma das pioneiras dentro do movimento das escolas democráticas. Atende crianças do ensino fundamental e do ensino médio. Atualmente a diretora é a filha de Neill, Zoe Readhead.

Uma escola democrática é caracterizada por dois princípios básicos: a possibilidade de os alunos escolherem se querem ou não assistir as aulas e a dinâmica de Assembléias, onde todos participam, para decidir as normas da escola.

Summerhill se destaca por defender que as crianças aprendem melhor se livres dos instrumentos de coerção e repressão usados pela grande maioria das escolas. Todas as aulas são opcionais, os alunos podem escolher as que desejam frequentar e as que não desejam. Neill fundou a escola acreditando que "uma criança deve viver sua própria vida - não uma vida que seus pais acreditem que ela deva viver, não uma vida decidida por um educador que supõe saber o que é melhor para a criança."

Principais idéias

Neill estabelece que a principal meta de uma escola deve ser auxiliar os seus alunos para que estes sejam capazes de encontrar a própria felicidade e é por isso que propõe um modelo muito diferente do das escolas tradicionais, que segundo o autor só conseguem promover uma atmosfera de medo. Para uma pessoa ser feliz ela precisa ser livre para escolher seu próprio caminho. É por isso que ele renuncia a qualquer tipo de autoridade moral e hierarquia. Em Summerhill, nenhum adulto tem mais direitos que uma criança, todos tem direitos iguais. Todos devem ser livres, entendendo liberdade como uma construção coletiva e respeitar os iguais. A liberdade precisa que todos sejam livres para existir.

A pedagogia tracional supõe que as crianças possuem uma tendência natural ao egoísmo, sendo necessário uma interferência autoritária por parte da família e da escola, para desenvolver o altruísmo. Summerhill parte de que as crianças são egoístas, mas crescendo sem medos desenvolvem o altruísmo naturalmente. Ao se tentar impor a elas um comportamento altruísta para fugir do pretenso egoísmo natural é que se cristaliza esse comportamento. Ou seja, a educação tradicional, erra por acreditar que é necessária uma interferência autoritária, sem perceber que é justamente esse tipo de interferência que alimenta aquilo que identifica como problema. Segundo Neill é somente através do medo que se pode tentar forçar o interesse de alguém.

Nessa escola todas as regras de convívio e as soluções aos problemas que surgem no dia-a-dia são resolvidas em uma assembléia que ocorre semanalmente, na qual cada pessoa, seja criança, professor ou funcionário, tem direito a falar e votar, sendo que o peso do voto é igual para todos. As normas da escola são construídas por todos, todos sentem-se parte do coletivo e se empenham em aprimorá-lo. Um bom exemplo disso são as punições definidas pela Assembléia. Em uma ocasião, um menino, que não tinha dinheiro para ter sua própria bicicleta, pegou uma de outra criança para dar uma volta e acabou estragando-a. A punição acertada foi que todos os membros da escola juntassem dinheiro para consertar a bicicleta estragada e para comprar uma para o menino que não tinha a sua. Não existe sentimento de ódio vinculado a punição.

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