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A Genética Humana

Por:   •  13/6/2017  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.067 Palavras (9 Páginas)  •  269 Visualizações

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UNIVERSIDADE FUMEC

Autoinstrucional de Genética Humana e Neuroanatomia

sobre: Ansiedade

Belo Horizonte

2016

Resumo

Este texto tem a finalidade de trazer três tópicos importantes da ansiedade. A ansiedade é uma ação instintiva do nosso organismo como forma de proteção como mostra neste texto. A ansiedade deve ser mantida em um nível nem muito baixo nem tão alto, pois a ansiedade em excesso pode ser prejudicial e a ansiedade apática também é prejudicial e perigosa, como veremos abaixo. Encontra-se também neste texto alguns transtornos de ansiedade quando algum indivíduo vive algo incomum que possa desencadear os transtornos e fobias.

Etiopatogenia da Ansiedade

A ansiedade é um sentimento vago e desagradável de medo, apreensão, caracterizado por tensão ou desconforto derivado de antecipação de perigo, de algo desconhecido ou estranho. (CASTILHO, 2000) e a Etiopatogenia segundo o Dicionário Infopédia é um estudo das causas das doenças e dos mecanismos patogênicos que atuam sobre o organismo para provocarem estas doenças.

A ansiedade e o medo passam a ser reconhecidos como patológicos quando são exagerados, desproporcionais em relação ao estímulo, ou qualitativamente diversos do que se observa como norma naquela faixa etária e interferem com a qualidade de vida, o conforto emocional ou o desempenho diário do indivíduo. Tais reações exageradas ao estímulo ansiogênico se desenvolvem, mais comumente, em indivíduos com uma predisposição neurobiológica herdada. (CASTILHO, 2000).

Segundo Castilho (2000) podem ser considerados alguns tipos de transtornos e fobias de ansiedade, o transtorno de ansiedade de separação que é caracterizado por ansiedade excessiva em relação ao afastamento dos pais ou seus substitutos. O transtorno de ansiedade generalizada onde as crianças com este transtorno apresentam medo excessivo, preocupações ou sentimentos de pânico exagerados e irracionais. Fobias Específicas que são definidas pela presença de medo excessivo e persistente relacionado a um determinado objeto ou situação. A Fobia Social o medo é intenso de situações onde a pessoa julga estar exposta à avaliação de outros e passa a se afastar do meio social pois não se sente bem de estar em público. Por ultimo o Transtorno de Estresse Pós-traumático (TEPT) o diagnóstico do TEPT é feito quando, em consequência à exposição a um acontecimento que ameace a integridade ou vida das crianças. O TEPT tem sido evidenciado como um fator de risco para o desenvolvimento posterior de patologias psiquiátricas.

A ansiedade e onde ela é construída no cérebro

Segundo a American Psychiatry Association (1994) citado por Carvalho-Neto (2009), a ansiedade pode-se considera - lá como estado emocional essencial dentro das necessidades afetivas do homem. Todavia, quando essas emoções superam níveis considerados de normalidade, comprometendo o desempenho individual nas atividades cotidianas, passam a ser consideradas patologias do sistema de defesa humano, sendo classificadas como transtornos de ansiedade.

Para Lader (1981) citado por Carvalho-Neto (2009) a causa principal da ansiedade, é a expectativa de um perigo iminente e indefinido, porém sem que uma ameaça real seja identificada ou se existente, é considerada pelos demais como desproporcional à intensidade da emoção. Já Graeff (1990) citado por Carvalho-Neto (2009) a principal raíz da ansiedade é o sentimento de medo, por ser encontrado praticamente em todas as espécies e que tem como função sinalizar e preparar o organismo para situações de ameaça ou perigo.

“O medo e a ansiedade são estados emocionais correlacionados, qualificados subjetivamente como não prazerosos e desagradáveis acompanhados por sentimentos de apreensão e insegurança e um conjunto de alterações comportamentais e psicofisiológicas. Segundo Nutt.” (1990, citado por Carvalho-Neto, 2009, p. 1 ).

Partindo do princípio de Gray, Mc Naughton (2000); Blanchard et al (2001) citado por Carvalh-Neto (2009) a ansiedade (comportamento para avalição de perigo) são sensíveis aos ansiolíticos clássicos, como os benzodiapínicos Vejamos agora como a ansiedade trabalha no circuito neural:

[...], Segundo Hess, Brugger (1943); Fernandez de Molina, Hunsperger (1959) citado por Carvalho-Neto (2009), demonstraram que a estimulação elétrica de um contínuo formado pela matéria cinzenta que margeia o terceiro ventrículo, no nível do hipotálamo, e se estende caudalmente à área que circunda o aqueduto do mesencéfalo (matéria cinzenta periaquedutal), desencadeia reações de defesa bem estruturadas em gatos, tais como de ameaça, luta e fuga, acompanhadas de manifestações neurovegetativas. Verificaram ainda, que a estimulação da amígdala, estrutura situada sob o córtex temporal e ligada ao hipotálamo por densas vias nervosas, produzia reações de defesa afetiva, perdurando após a cessação do estímulo.

A ansiedade sendo um alerta natural para que o nosso corpo reaja a algum sinal de perigo serve para a nossa proteção, sem ela estaríamos desprotegidos de ameaças rotineiras, como atravessar uma rua movimentada, quando um carro vem rapidamente em nossa direção por exemplo: se não sentissimos o coração bater mais forte e as mãos geladas e trêmulas, continuaríamos caminhando calmamente e correríamos um sério risco de sermos atropelados. A ansiedade pode ativar o nosso medo, a fuga e congelamento das ações do indivíduo.

Vejamos a relação das vias neurais que comandam estas reações de defesa: “tem proposto circuitos neurais distintos responsáveis pela organização e expressão dessas respostas relacionadas ao medo e ansiedade”. Gray e McNaugthon (2000) citado por Carvalho-Neto (2009). No entanto, um conjunto de estudos, utilizando técnicas anatômicas e modelo animal etologicamente fundamentado, apontam para um circuito neural único e integrado. Centrado no sistema hipotalâmico de defesa e com intensas projeções (aferentes e eferentes) de sítios específicos da amídala, tálamo, massa cinzenta periaquedutal e sistema septohipocampal, esse circuito neural parece crucial para integração e expressão de comportamentos defensivos exibidos diante do perigo proximal (exposição ao predador) e aqueles diante do perigo potencial (exposição ao contexto predatório), como para processamento de informações mnemônicas.

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