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A INFLUÊNCIAS DA FILOSOFIA E FISIOLOGIA NA PSICOLOGIA

Por:   •  18/8/2019  •  Artigo  •  2.874 Palavras (12 Páginas)  •  266 Visualizações

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HISTÓRIA DA PSICOLOGIA

RESUMO: INFLUÊNCIAS DA FILOSOFIA E FISIOLOGIA NA PSICOLOGIA

1 - MECANICISMO

O mecanicismo é a ideia de que todos os processos naturais são mecanicamente determinados e podem ser compreendidos pela perspectiva da química e da física. Galileu e Newton deram início a essa doutrina com a sua conceituação de universo mecânico, o que sugere que cada efeito físico é derivado de uma causa direta. Assim, se a causa pode ser totalmente compreendida, pode-se ser capaz de fazer previsões.

Esse zeitgeist influenciou diretamente a psicologia por incorporar essas novas tecnologias nos métodos e práticas da ciência. Com a tecnologia veio a maior precisão. O foco científico da época era a observação, a experimentação e a mensuração.

Entre as máquinas que capturam o espírito intelectual dos séculos XVII a XIX está o relógio mecânico. Os relógios trouxeram regularidade, ordem e previsibilidade para todos os níveis de classe social e condição econômica. Conduziram também a ideia de que a precisão e a regularidade poderiam ser aplicadas ao universo. Acreditava-se que um universo mecânico, uma vez posto em movimento por Deus, funcionaria com ordem, regularidade e previsibilidade.

Esse pensamento definiu a linha do determinismo, “a doutrina onde os atos são determinados pelos eventos passados”, assim como o reducionismo, tentando simplificar fenômenos complexos a elementos mais simples.

2 - Os filósofos passaram a incorporar a ideia de mecanismo e autômatos em sua abordagem para a compreensão da natureza humana. Muitos acreditavam que as leis mecânicas dirigiam o comportamento humano, e os métodos utilizados para estudar o universo poderiam ser empregados para estudar o comportamento humano. O Zeitgeist do homem mecânico que permeava a ciência e a filosofia repercutiu também na literatura, com os livros Frankenstein, de Mary Shelley e O Mágico de Oz.

Charles Babbage exemplificou o espírito intelectual da época ao inventar uma “máquina diferencial” que podia imitar ações mentais humanas, como jogar xadrez e realizar cálculos matemáticos. Esta máquina foi a precursora direta do computador moderno e iniciou a ideia de “inteligência artificial”. Ada Lovelace identificou uma diferença fundamental entre uma máquina pensante e um humano ao afirmar que uma máquina não poderia criar algo novo, ela só era capaz de executar aquilo para que foi programada.

3 - EMPIRISMO

Até o século XVII, o pensamento predominante era imposto pelo dogmatismo da Igreja. O empirismo introduziu novas ideias por meio da observação.

A abordagem de Descartes à filosofia foi desconsiderar tudo que ele sabia e edificar seu conhecimento do zero. Uma das questões abordadas por ele foi o problema mente-corpo, que se refere à distinção entre qualidades físicas e mentais.

Se a mente e o corpo são diferentes, então como interagem entre si?

Descartes concordava com o pensamento anterior de que a mente e o corpo são distintos. Porém, ao contrário de seus antecessores que pensavam que a mente controlava o corpo, ele acreditava em uma interação mútua, o que significa que o corpo também controlava a mente de algum modo. Esse pensamento dava relevância ao funcionamento do organismo e permitiu que este se tornasse um objeto passível de investigação científica.

Por ser influenciado pelo espírito mecanicista de seu tempo, Descartes acreditava que o corpo poderia ser explicado de modo mecânico. Por exemplo, ele acreditava que alguns movimentos não eram regidos pela experiência consciente, mas por um estímulo externo ao corpo que provocava uma resposta involuntária, o que mais tarde foi chamado teoria da ação reflexa.

4 - Se o corpo pode ser descrito mecanicamente, então o comportamento humano pode ser predito, como em outras máquinas, todos os movimentos (efeitos) ocorrem devido a causas e, ao se conhecer a causa, pode se predizer os efeitos.

Descartes era um dualista, ao acreditar que a mente e o corpo fossem duas entidades separadas. Essa doutrina o levava a se deparar com o problema de como ambos interagiam entre si. Ele observou o cérebro e notou que as estruturas eram duplicadas em cada hemisfério, exceto pelo corpo pineal. Por essa razão, ele considerou essa estrutura como a responsável pela interação entre a mente e o corpo. Talvez sua maior influência na psicologia seja a doutrina das ideias. Ele afirmava que a mente tinha dois tipos de ideias, as derivadas, produzidas pela aplicação direta de um estímulo externo, e as inatas, que surgem da mente ou da consciência, independentemente de experiências sensoriais.

5 - POSITIVISMO

Auguste Comte também foi influente para a psicologia moderna, ao fundar o positivismo (um sistema ideal com base exclusivamente em fatos que são objetivamente observáveis e não discutível).

Comte acreditava que, enquanto as ciências físicas já haviam alcançado um estágio positivista, as ciências sociais teriam de abandonar questões metafísicas e explicações a fim de também alcançar esse status.

Da mesma forma, a doutrina do materialismo assegurava “a possibilidade de descrição dos fatos do universo em termos físicos e da sua explicação por meio das propriedades da matéria e da energia”.

De outro modo, a doutrina do empirismo propôs que “todo conhecimento é derivado da experiência sensorial”.

O positivismo, o materialismo o empirismo forneceram algumas das bases filosóficas para a psicologia, mas o empirismo desempenhou o papel principal.

6 - EMPIRISTAS

John Locke marca o início formal do empirismo britânico. Ele rejeita a teoria das ideias inatas de Descartes e afirma que, ao nascer, a mente humana é uma tabula rasa, ou uma lousa em branco, onde o nosso conhecimento será inscrito, e que adquirimos o conhecimento por meio de nossas experiências. Locke define dois tipos de experiências: sensação (estímulo sensorial direto) e reflexão (interpretações de sensações para elaborar o pensamento de nível superior). Essas experiências se combinam para formar as ideias. O primeiro tipo são as ideias simples, que vêm da sensação e da reflexão e não podem ser mais divididas. O segundo são as ideias complexas, que são combinações das ideias simples.

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