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A PSICOLOGIA APLICADA À ENFERMAGEM

Por:   •  6/3/2020  •  Trabalho acadêmico  •  2.837 Palavras (12 Páginas)  •  447 Visualizações

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CURSO GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

DISCIPLINA: PSICOLOGIA APLICADA À ENFERMAGEM

CICLO DE VIDA: VELHICE

Itajaí

2019

  1. INTRODUÇÃO

Na legislação brasileira, é considerada idosa a pessoa que tenha 60 anos ou mais de idade. Para comprovar a idade, basta apresentar um documento oficial com foto, como a carteira de identidade ou a carteira nacional de habilitação (BRASIL, 2019).

O processo de envelhecimento não é um unitário, não acontece de modo simultâneo em todo o organismo nem está associado à existência de uma doença. De fato, envolve múltiplos fatores endógenos e exógenos, os quais devem ser considerados de forma integrada (SANTOS, ANDRADE e BUENO, 2009).

Estima-se que o ser humano “esteja programado” para viver entre 110 e 120 anos. Seu ciclo vital atinge maturidade biológica, o ápice da vitalidade, por volta dos 25, 30 anos. Dos 25 até os 40 o indivíduo pode ser considerado um adulto inicial; até 65 anos, adulto médio ou de meia idade, dos 65 até 75 anos, adulto tardio na velhice precoce, e desta idade em diante, vem a chamada velhice tardia (SANTOS, ANDRADE e BUENO, 2009).

O Brasil envelhece de forma rápida e intensa. Segundo o IBGE, a população idosa brasileira é composta por 29.374 milhões de pessoas, totalizando 14,3% da população total do país. A expectativa de vida em 2016, para ambos os sexos, aumentou para 75,72 anos, sendo 79,31 anos para a mulher e 72,18 para o homem. Esse crescimento representa uma importante conquista social e resulta da melhoria das condições de vida, com ampliação do acesso a serviços médicos preventivos e curativos, avanço da tecnologia médica, ampliação da cobertura de saneamento básico, aumento da escolaridade e da renda, entre outros determinantes (BRASIL, 2019).

  1. DESENVOLVIMENTO

Pensar o envelhecimento, significa considerá-lo um processo complexo de alterações na trajetória de vida das pessoas, os modos como cada um significa a velhice e o seu processo de envelhecer dependem de como essa pessoa viveu e adaptou-se às situações cotidianas. A repercussão do envelhecer é respondida dependendo da história de vida pessoal, da disponibilidade de suporte afetivo, das redes sociais, do sistema de valores pessoais e do estilo de vida adotado por cada um.

Assim, o processo de envelhecimento é algo totalmente individual, pois, por mais que haja uma separação dos idosos em dois grupos, idoso jovem (65-75 anos), e idoso velho (+75 anos), há alguns idosos que aos 65 já apresentam alguma incapacitação, enquanto outros, aos 85 ou mais, se encontram cheios de vida e energia. A fase “idoso” não é algo que se dá rapidamente, sendo que cada indivíduo possui suas necessidades e capacidades físicas determinadas de modo individual (BEE, 1994).

2.1 Aspetos Físicos e Motores

Mudanças físicas em sistemas específicos do corpo: Alguma perda de função, em algum sistema, pode se iniciar já por volta dos 40 anos, que continua gradativamente pelo resto da vida do indivíduo. Uma aceleração do declínio pode ocorrer após os 75 ou 80 anos, mas não é uma regra geral.

Mudanças no cérebro: A principal é a perda da densidade dos dendritos, que leva a redução no peso do cérebro e uma perda de matéria cinzenta, por conseguinte, leva a uma desaceleração na velocidade das sinapses. De forma geral, essas mudanças acarretam em um retardamento do tempo de reação do idoso em várias tarefas diárias.

Mudanças corporais: O enfraquecimento do tônus muscular e da constituição óssea leva a mudanças na postura, tanto do tronco quanto das pernas. As articulações tornam-se mais endurecidas, reduzindo a extensão dos movimentos. Além disso, sua pele fica ressecada e pálida, menos elástica e menos oleosa.

Mudanças no sistema cardiovascular: é comum a dilatação da artéria aorta e a hipertrofia e dilatação do ventrículo esquerdo do coração, devido a um ligeiro aumento da pressão arterial.

Mudanças nos sentidos: audição. A perda auditiva normal começa por volta dos 40 e 50 anos, mas inicialmente não é de uma forma prejudicial e ao decorrer dos anos, vai se aumentando gradativamente. Aos 85 anos, o percentual de idosos com danos auditivos é de 51%, e quando mais novo, o percentual é maior entre homens, devido a maior exposição aos ruídos.

Deficiências auditivas comuns em adultos mais velhos:

Sons de alta frequência (presbicose): perda da capacidade de ouvir sons de alta frequência em uma altura normal.

Discriminação vocabular: mesmo quando o som tem altura suficiente, nota-se uma dificuldade em assimilar algumas palavras, como em identificar cada palavra escutada.

Audição mediante condições de ruído: com ruído, a dificuldade de discriminar as palavras é ainda maior, como em festas ou em grupos maiores.

Paladar e olfato: com relação ao gosto, há muita controvérsia nas comparações de pesquisas, mas atualmente já se afirma que as alterações são mínimas e que variam de um indivíduo a outro, mudando apenas a percepção da quantidade de tal sabor. Já no caso do olfato, são muito maiores e bem definidas. A diminuição da precisão dos dois juntos acomete à redução de vários prazeres na vida, como a preparação de alimentos mais saborosos. Sendo assim, com a falta de precisão do olfato e do paladar, a tendência é o idoso acrescentar, por exemplo, mais sal à comida, contribuindo para uma elevação da pressão sanguínea e por consequência, outros problemas na saúde.

  1. Aspectos Cognitivos

De acordo com Papalia, Olds e Feldman (2013, p. 666, apud GONÇALVES, 2016, P. 103), a proporção de pessoas idosas entre as populações em todo o mundo é maior do que antes e espera-se que continue a crescer. Pessoas acima dos oitenta são o grupo de idade que cresce mais rápido”.

Ao passo que se envelhece, nota-se mudanças neuropsicológicas como alterações na memória, na velocidade de raciocínio, episódios de confusão e déficit cognitivo, que podem estar acompanhadas de psicopatologias como a demência e a depressão. Isso ocorre devido a uma diminuição do número de neurônios funcionais e de sinapses e a uma modificação morfológica do cérebro. A demência em específico é causada em maior parte por conta de doenças físicas (GONÇALVES, 2016).

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