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A PSICOLOGIA COMPORTAMENTAL

Por:   •  13/10/2016  •  Trabalho acadêmico  •  3.540 Palavras (15 Páginas)  •  587 Visualizações

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UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA

CURSO DE PSICOLOGIA

CAMPUS ARARAQUARA – NOTURNO

Psicologia Comportamental

ISABELA  DUARTE GOMES DE OLIVEIRA C3090-76

RENATO DA SILVA CJ- RT456

VIVIANE DE MELLO- C450P- IL

Trabalho sobre “Coerção Parental”doença de Huntington doença de Huntington doença de Huntington

ARARAQUARA

2016

Trabalho sobre “Coerção Parental”

doença de Huntington doença de Huntington doença de Huntington

ISABELA  DUARTE GOMES DE OLIVEIRA C3090-76

RENATO DA SILVA CJ- RT456

VIVIANE DE MELLO- C450P- IL


Trabalho sobre Coerção Parental, para obtenção parcial de nota da disciplina de Psicologia Comportamental do curso de Psicologia da Universidade Paulista.

Prof. Oliver Prado.

ARARAQUARA

2016

                                   

RESUMO

A família e  as  relações  estabelecidas nesse contexto, exercem influência direta na constituição do indivíduo. Entretanto, vale destacar que a família, enquanto contexto de desenvolvimento é ambiente complexo que passa por transformações na medida em que sofre o impacto de fatores econômicos e histórico-culturais. A função de proteção e promoção da saúde na criança, exercida pela família, pode ser interrompida. Uma espécie de disfunção nos relacionamentos estabelecidos no sistema familiar que vem sendo discutida por profissionais é a chamada Síndrome da Alienação Parental (SAP). Descrita inicialmente na década de 80 pelo psiquiatra americano Richard Gardner (GARDNER, 2003), a Síndrome da Alienação Parental (SAP) é definida como uma desordem psiquiátrica, um transtorno no comportamento infantil, fruto da ação abusiva de um de seus genitores. A criança vítima dessa forma de abuso tem sua ligação psicológica com um dos genitores enfraquecidos, e em alguns casos destruída. Quando atinge níveis severos, a criança tende a recusar qualquer tipo de contato com esse genitor, apresentando reações extremas de hostilidade a ele e às pessoas que com ele mantém relação. A Síndrome da Alienação Parental é um acontecimento frequente na sociedade atual, que se caracteriza por um elevado número de separações e divórcios. Esta Síndrome foi definida pela primeira vez nos Estados Unidos e despertou muito interesse nas áreas da psicologia e do direito, por se tratar de uma entidade ou condição que se constrói na intersecção destes dois ramos, ou seja, a Psicologia Jurídica, um novo território epistemológico que consagra a multidisciplinaridade, revela a necessidade do direito e da psicologia se unirem para melhor compreensão dos fenômenos emocionais, no caso, com aqueles que se encontram num processo de separação ou divórcio, incluindo os filhos.

Palavras Chave: Coerção , SAP- Síndrome de Alienação Parental

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SUMÁRIO




1- INTRODUÇÃO.......................................................................................................04

2- ALIENAÇÃO PARENTAL......................................................................................08

3- COERÇÃO NA RELAÇÃO FAMILIAR...................................................................10

4- CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................10

5- REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................12


  1. INTRODUÇÃO

As tendências atuais no estudo do desenvolvimento humano o têm considerado como multi- determinado em suas diversas dimensões: social, afetiva e cognitiva. O entendimento de que o indivíduo interage e sofre interferência de uma série de fatores contextuais, relacionados aos diversos ambientes ou subsistemas no qual se insere (tais como família, escola, trabalho, cenário político e social) é fundamental nessa perspectiva, chamada de abordagem ecológica do desenvolvimento. Como um dos subsistemas que integram o desenvolvimento, a família e as relações que lá se estabelecem exerce influência direta na constituição do indivíduo. Nesse ambiente são promovidas as primeiras experiências de vínculo, as quais servirão de base para os relacionamentos que se estabelecerão posteriormente. Assim, permanência, coesão e estabilidade familiar são vistos como fatores de proteção no curso do desenvolvimento infantil. (GUZZO, 2007)

Quando falamos em coerção estamos nos referindo ao ato de fazer alguém agir ou fazer algo por força e intimidação, contra a própria vontade, de modo que a pessoa passa a agir de acordo com o que a pessoa que está coagindo deseja. As pessoas que controlam através da coerção, precisam estar o tempo todo gastando energias para punir, gritar e ser hostil e grosseiro. Se parar com suas atitudes, o poder sobre aquele que está sendo coagido diminui. Conclui-se então que coagir não é uma tarefa muito fácil.
Alguns autores discutem sobre a eficácia da coerção nos relacionamentos, porém esta pode ser vista pela psicologia comportamental como uma aliada na obtenção de respostas durante tratamentos terapêuticos.
O uso da coerção pelos pais no controle do comportamento de seus filhos tem sido investigado por diversos pesquisadores devido a suas consequências negativas para o desenvolvimento infantil. Segundo Sidman (1995) a coerção pode ser definida como o uso da punição e do reforçamento negativo como forma de controle do comportamento. No que se refere às práticas educativas parentais, surras, castigos, e ameaças são exemplos comuns do cotidiano de muitas famílias. Dentre os diversos efeitos negativos do uso da coerção como a depressão, a ansiedade e a agressividade, as crianças que sofrem tal tipo de controle aversivo com frequência, tendem também a reproduzi-lo em diversos outros contextos, aprendendo a legitimidade do uso da coerção em seus relacionamentos. Dessa forma, o controle coercitivo exercido pelos pais deve ser caracterizado também como uma prática cultural, pois tal controle se perpetua através de gerações (Webster-Stratton, 1998; Granic e Patterson 2006), e surge através das interações com outros membros da cultura. Nessas interações uma ampla gama de repostas para eliminar comportamentos indesejados das crianças é aprendida. Nesse sentido, pais que foram expostos a altos níveis de disciplina coercitiva na infância tenderão a desenvolver o mesmo padrão de controle. Além de todo processo de aprendizagem na cultura, é importante lembrar que a coerção é selecionada também devido a seus efeitos diretos no ambiente. Skinner (1974/1999) afirma que embora muitas pessoas considerem a punição e o controle aversivo censuráveis, eles são utilizados porque ao empregarmos essa forma de controle somos imediatamente reforçados. Ou seja, o efeito imediato do uso da punição reforça o agente punidor. O controle punitivo funciona de imediato, o que acaba por manter seu uso frequente, ao passo que o uso de reforço positivo produz efeitos somente em médio ou longo prazo. Partindo então dos três níveis de seleção do comportamento, podemos dizer que as práticas coercitivas de controle do comportamento infantil são selecionadas porque: 1 – o organismo é mais sensível a conseqüências imediatas do que a longo prazo (nível filogenético); 2 – sua utilização gera reforço em curto prazo, ao obter a obediência imediata da criança ou eliminação de um comportamento indesejado (nível ontogenético); 3 – é um modelo de controle comportamental disseminado na cultura, que legitima seu uso (nível cultural).vos de pais, tendem a repetir este padrão com seus próprios filhos. Dessa forma, o controle coercitivo exercido pelos pais deve ser caracterizado também como uma prática cultural, pois tal controle se perpetua através de gerações (Webster-Stratton, 1998; Granic e Patterson 2006), e surge através das interações com outros membros da cultura. Nessas interações uma ampla gama de repostas para eliminar comportamentos indesejados das crianças é aprendida. Nesse sentido, pais que foram expostos a altos níveis de disciplina coercitiva na infância tenderão a desenvolver o mesmo padrão de controle. Além de todo processo de aprendizagem na cultura, é importante lembrar que a coerção é selecionada também devido a seus efeitos diretos no ambiente. Skinner (1974/1999) afirma que embora muitas pessoas considerem a punição e o controle aversivo censuráveis, eles são utilizados porque ao empregarmos essa forma de controle somos imediatamente reforçados. Ou seja, o efeito imediato do uso da punição reforça o agente punidor. O controle punitivo funciona de imediato, o que acaba por manter seu uso frequente, ao passo que o uso de reforço positivo produz efeitos somente em médio ou longo prazo. Partindo então dos três níveis de seleção do comportamento, podemos dizer que as práticas coercitivas de controle do comportamento infantil são selecionadas porque: 1 – o organismo é mais sensível a conseqüências imediatas do que a longo prazo (nível filogenético); 2 – sua utilização gera reforço em curto prazo, ao obter a obediência imediata da criança ou eliminação de um comportamento indesejado (nível ontogenético); 3 – é um modelo de controle comportamental disseminado na cultura, que legitima seu uso (nível cultural). Dessa forma, o controle coercitivo exercido pelos pais deve ser caracterizado também como uma prática cultural, pois tal controle se perpetua através de gerações (Webster-Stratton, 1998; Granic e Patterson 2006), e surge através das interações com outros membros da cultura. Nessas interações uma ampla gama de repostas para eliminar comportamentos indesejados das crianças é aprendida. Nesse sentido, pais que foram expostos a altos níveis de disciplina coercitiva na infância tenderão a desenvolver o mesmo padrão de controle. Além de todo processo de aprendizagem na cultura, é importante lembrar que a coerção é selecionada também devido a seus efeitos diretos no ambiente. Skinner (1974/1999) afirma que embora muitas pessoas considerem a punição e o controle aversivo censuráveis, eles são utilizados porque ao empregarmos essa forma de controle somos imediatamente reforçados. Ou seja, o efeito imediato do uso da punição reforça o agente punidor. O controle punitivo funciona de imediato, o que acaba por manter seu uso frequente, ao passo que o uso de reforço positivo produz efeitos somente em médio ou longo prazo. Partindo então dos três níveis de seleção do comportamento, podemos dizer que as práticas coercitivas de controle do comportamento infantil são selecionadas porque: 1 – o organismo é mais sensível a conseqüências imediatas do que a longo prazo (nível filogenético); 2 – sua utilização gera reforço em curto prazo, ao obter a obediência imediata da criança ou eliminação de um comportamento indesejado (nível ontogenético); 3 – é um modelo de controle comportamental disseminado na cultura, que legitima seu uso (nível cultural). Uma regra sempre envolve duas contingências: a contingência última e a contingência próxima (Baum, 2006). A contingência última é aquela a “longo prazo” e a razão primeira da regra, e a contingência próxima é a “curto prazo”, o reforço por seguir a regra. Quando um pai emite a regra: “filho, escove seus dentes para não ter cáries”, a contingência próxima está relacionada com o reforço proveniente dos pais por seguir a regra (elogios, aprovação, retirada de ameaças, etc,), ao passo que a contingência última está relacionada com evitar ter cáries. Segundo Hübner (1999), a criação de regras é parte de nossa condição de sujeitos falantes e, por isto, o poder das regras pode ser grande e até sobrepor-se às contingências naturais. Quando uma mãe fala: “depois de lavar os pratos você poderá ver televisão”, ela está usando uma contingência verbal para controlar um comportamento não-verbal de seu filho. A mãe nesse caso especifica um comportamento a ser emitido (lavar os pratos), e uma consequência positivamente reforçadora (ver televisão). Logo, a regra é uma instrução verbal que especifica uma contingência, isto é, ela descreve o estímulo discriminativo, a resposta e a consequência que se seguirá. Assim como as contingências naturais, as regras também alteram a probabilidade de emissão de um determinado comportamento (A possibilidade das regras de descrever contingências e de fazer com que alguém responda sob controle dessas descrições, permite que um indivíduo influencie outro a emitir respostas que podem ser reforçadas positivamente ou negativamente, antes que as consequências naturais destas respostas possam operar. Dessa forma, o controle por regras é uma vantagem adaptativa, já que seguir uma regra pode desencadear a emissão de respostas novas ou a extinção de respostas já estabelecidas, sem a necessidade de contato com as contingências (Amorim & Andery, 2002). Entretanto, como lembra Skinner (1953/2002), as regras podem ser prejudiciais quando se mantiverem sob contingências diferentes, ou seja, quando as contingências mudam e as regras não. Skinner, 1974/1999). No futuro, ao se tornar pai, tal criança poderá usar também o controle coercitivo com seus próprios filhos. Além disso, o comportamento de punir do pai é reforçado pela supressão do comportamento indesejado do filho, assim, o comportamento do pai e suas consequências podem gerar uma auto-regra descrevendo que a punição é uma forma eficaz de disciplina. Tais regras, depois de aprendida pelo filho, podem ser classificadas como auto-regras. As auto-regras são estímulos verbais que especificam contingências, e que são produzidas pelo comportamento verbal da própria pessoa a quem estas contingências se aplicam (Baum, 2006). O termo “auto” não significa que a regra se desenvolveu espontaneamente no indivíduo, mas somente que o estímulo verbal antecedente partiu do próprio indivíduo podendo ser público ou encoberto (pensamento). Como as regras, as auto-regras são comportamentos verbais modelados através da interação do organismo com o ambiente. No exemplo citado, futuros comportamentos do filho de uso da coerção para impor respeito ou disciplinar uma criança poderão ser controlados também por essas auto-regras, além de outras regras e contingências a que ele for exposto ao longo da sua história de vida. É importante ressaltar que todas essas variáveis atuam em conjunto, sendo difícil determinar qual delas influencia mais ou menos na emissão dos comportamentos coercitivos. Dessa forma, o uso da coerção como forma de controle do comportamento infantil possui uma alta probabilidade de ser reforçado, e consequentemente selecionado. A coerção como prática disciplinar tem sido descrita na literatura como prejudicial ao desenvolvimento de crianças e adolescentes (Patterson, Derbayshe & Ramsey, 1989; Webster-Stratton, 1991; Alvarenga & Piccinini, 2001; Salvo, Silvares & 22 Toni, 2005; Bender et al., 2007). Skinner (1953/2002) e Sidman (1995) destacam que apesar da coerção (principalmente a punição corporal) produzir efeito imediato que mantém a utilização dessa prática disciplinadora, há também efeitos negativos como as emoções de raiva, medo, tristeza e ansiedade. Mash e Barkley (1998) demonstraram que as interações coercitivas entre pais e crianças ao longo do tempo aumentam significantemente a taxa e a intensidade de comportamentos agressivos das crianças. Embora a literatura aponte tais efeitos nocivos em relação ao uso da coerção como forma de controle do comportamento infantil, alguns autores ressaltam que não é somente o uso ou não da coerção que promoveria tais resultados, mas sim um conjunto de outros fatores agindo paralelamente. A coerção engloba uma série de procedimentos de controle do comportamento que não podem ser igualados tanto em procedimento quanto em efeitos.

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