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A Psicanálise

Por:   •  3/4/2019  •  Trabalho acadêmico  •  3.975 Palavras (16 Páginas)  •  295 Visualizações

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UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ - UNOCHAPECÓ

CRISTINE HOSS

SUELEN HEMSING

THAÍS ANGÉLICA BÓLIS

PSICANÁLISE

CHAPECÓ - SC

2017

PSICANÁLISE

        Sigmund Freud nasceu em Freiberg (1856), mas aos seus três anos mudou-se para Viena com sua família.  Em 1938 já idoso, Freud deixou a cidade de Viena, devido a ocupação nazista, mudando-se para Londres, na qual veio a falecer em setembro do ano seguinte.

        Para podermos entender a psicanálise é necessário conhecermos a biografia de seu autor, pois a sua teoria esta mesclada a sua vida pessoal. A estrutura conceitual da psicanálise, assim como a sua prática, na maioria são experiências vividas por Freud, e usadas como material para elaborar o psiquismo.

        Wilhelm Fliess, elaborou uma autobiografia de Freud, onde ele expõe o cuidado que Freud tinha em relação a observação e investigação dos seus processos psíquicos. Freud relata seus sonhos, atos falhos, lembranças infantis, indisposições físicas, variações de humor e inibições intelectuais. Nota-se na autoanálise de Freud, que há uma investida na investigação sistemática de sua própria vida psíquica, com o objetivo de retirar sintomas, que somados aos demais, pudesse ajudar a fazer avançar ou elaborar alguma formulação teórica. A análise produzida por Freud de suas memórias infantis foi essencial para reconhecer que estava perante a um complexo de fantasias e sentimentos de caráter universal.

        Como Freud nasceu em uma família judia, no seu ponto de vista, o fato de ser judeu lhe atribuía algumas disposições psíquicas, como crítica e a independência intelectual, essencial para a formação de uma nova ciência. A educação judaica ofereceu-lhe um conhecimento sólido sobre a bíblia, bem como técnicas de interpretação de textos sagrados.

        Nos anos de sua juventude, englobando sua formação humanística, foi importante para dar forma a psicanálise. Neste período, Freud aprendeu vários idiomas e começou seus estudos de humanidades (história, mitologia). O que irá resultar em um apaixonado interesse pela literatura, na qual Johann Wolfgang Von Goethe é uma figura fundamental para Freud. Se tratando de arte, a literatura é seguida pela escultura de Michelangelo e a pintura por Leonardo da Vinci, Hermann Van Rembrandt.

        A linha humanística e literária na formação de Freud, acaba se fundindo e sendo utilizado de contraponto para uma tendência que irá se iniciar em 1873, quando começa a estudar medicina. Seus estudos universitários o introduzem na forte tradição da ciência experimental e positiva.

        No início, seu maior interesse era por estudos filosóficos, mas aos poucos foi se introduzindo no meio do materialismo que, embasava todas as ciências naturais. O marco crucial para isto acontecer, foi seu estágio realizado entre 1876 e 1882 no Instituto de Fisiologia.

        Em seguida, foi aluno de Theodor Meynert, que era líder de uma psiquiatria que atualmente chamaríamos de organicista, pois inclinava-se a reduzir os fenômenos psicológicos e psicopatológicos a seu substrato orgânico. Já direcionado para a clínica de moléstias nervosas, e interessado pela histeria, Freud vai para Paris estudar com Jean Martin Charcot. A temporada que Freud passa com Charcot, marca o caminho para uma prática clínica como as psiconeuroses, que seria uma medicina da alma, na qual lançou mão da hipnose para gradativamente ir criando seus próprios métodos para conduzir os tratamentos.

        Além de Charcot, Freud teve contato com Hyppolyte Bernheim e Ambroise-August Liébeault, expoente da escola de Nancy. Bernheim considerava a hipnose apenas uma sugestão verbal, de modo que pensava se possível obter, em estado de vigília, os mesmos efeitos que praticantes de hipnose conseguiam.

        Seus anos universitários, também foram responsáveis por uma rigorosa formação em ciências naturais, de procedência positivista, comtemplada pelo contato com a psiquiatria clínica francesa.

        Até a última década do século XIX, Freud irá propor as noções que constituirão os pilares fundamentais da psicanálise, o inconsciente, a repressão, a sexualidade infantil, ralação entre sintomas neuróticos e fenômenos da vida psíquica, diretrizes básicas do tratamento psicanalítico, já estava mais ou menos esboçado em 1900.

        No livro, Os Estudos sobre a Histeria, publicado com Joseph Breuer, traz relatos de diversos tratamentos realizados pelos autores, em geral, com pacientes histéricas, que sofriam de diversos sintomas. Estes sintomas seriam formados por meio da repressão de certas lembranças, como elas não podem fazer parte da história destas mulheres, estas lembranças retornariam no corpo através dos sintomas.

        Nesta época, Freud e Breuer utilizavam a hipnose para ter acesso as lembranças que pudessem originar esses sintomas. Durante o transe hipnótico, surgiam lembranças, que ao serem relatadas e revividas afetivamente, ajudavam na progressiva eliminação destes sintomas. É o que se chama de método catártico, sob a hipnose, o paciente recorda e revive algum fato que foi traumático, externalizando e colocando para fora afeto não manifestados na ocasião do trauma, esta descarga emocional é denominada de ab-reação.

        Quando Freud deseja apresentar a psicanálise aos leigos, conta o caso de Anna O. Anna O. foi paciente de Breuer no início dos anos de 1880 e foi quem primeiro se referiu a psicanálise como a cura pela fala. Anna O. sofria de diversos sintomas, como tosse nervosa, alucinações, distúrbios visuais e motores. Em certo momento, demonstrou aversão a água. Sob o efeito da hipnose, relatou uma cena em que o cão pertencente a sua dama de companhia estava bebendo água de seu próprio corpo, o que lhe trouxe sentimentos de nojo e raiva. Mas, se este registro permanecesse em seu inconsciente, continuaria a provocar desprazer. Assim, este registro foi alvo de repressão, mecanismo na qual um conteúdo psíquico é excluído da consciência e é enviado para o inconsciente, mantido lá. Com o efeito da repressão, ocorreu o esquecimento da representação patógena. Sob a hipnose Anna O. reviveu esta cena e descarregou os afetos reprimidos, o que lhe proporcionou a capacidade de beber água novamente.

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