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A Psicologia e Hospitalar

Por:   •  7/4/2015  •  Resenha  •  1.276 Palavras (6 Páginas)  •  323 Visualizações

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Síntese: Psicopatologia da Esfera Oro-Alimentar

GENERALIDADES

Em torno da alimentação se fixa o mais precoce eixo de interação entre mãe e filho, eixo que irá constituir o núcleo de referência das diversas fases posteriores do desenvolvimento. A importância dessas trocas entre a criança e seu meio, no que se refere á alimentação, não presta mais ser demonstrada mas a multiplicidade dos fatores que nela intervêm torna difícil seu estudo.

O recém-nascido possui, desde o nascimento, um equipamento neurofisiológico particularmente bem desenvolvido no nível do comportamento de sucção: o reflexo dos pontos cardeais acompanhado da rotação da cabeça, o reflexo de fuçadora, o reflexo de sucção e de deglutição representam uma unidade motora imediatamente funcional.

A sucção é, no entanto, o “movimento forte” dessa troca e representará o modo privilegiado graças ao qual o lactente começa a explorar o mundo em sua volta;

A atitude da mãe é função não apenas do comportamento de seu recém-nascido e de seus próprios afetos frente á oralidade, mas também de sua capacidade de aprendizagem ou de adaptação ás novas situações.

A sociedade, por fim, intervém também ela, de modo definitivamente privilegiado na troca alimentar mãe-filho.

ESTUDOS PSICOPATOLÓGICOS

Anorexia do segundo trimestre: essa anorexia acontece com mais frequência entre os cinco e oito meses. Surge quer progressiva, quer brutalmente, ás vezes, por ocasião de uma mudança de regime alimentar: desmame ou ablactação (onde o termo “anorexia do desmane”), na introdução de alimentos sólidos.

Esse tipo de anorexia apresente isoladamente, pois o lactente continua crescendo e, muitas vezes, engordando. Sua evolução permite distinguir duas formas:

Anorexia simples: surge como um distúrbio essencialmente reacional, passageira, conduta de reusa ligada frequentemente com uma atitude da mãe de forçar a criança a comer. Este tipo de problema é facilmente resolvido com uma mudança de comportamento da mãe.

Anorexia mental grave: não difere em nada no principio da precedente. Mas seja porque a reação anorética da criança esteja profundamente inscrita em seu corpo, seja atitude maternal não seja suscetível de mudança, o comportamento anorético persiste. Outros distúrbios podem surgir: dificuldade no sono, cóleras intensas, espasmo do soluço, mostrando dessa forma total desinteresse pela alimentação.

O comportamento desse tipo pode ser cortado por períodos durante os quais a criança come melhor, mostrando-se, ainda caprichosa: unicamente alimentos açucarados, ou laticínios, ou legumes... Os vômitos são frequentes e pontuam as poucas refeições que consentiu em realizar. Nessas condições, uma repercussão somática pode ocorrer.

Abordagem psicopatológica:  a anorexia pode ser entendida como uma tentativa de evitar a fase de repleção e de repouso pós-prandial, vivida como potencialmente perigosa devido ao desaparecimento de qualquer tensão.

Formas particulares de anorexia do lactente: a anorexia essencial precoce: surge desde o nascimento, sem intervalo livre, em um lactente inicialmente passivo, parecendo não demonstrar nenhum interesse pelas mamadeiras. No plano do diagnóstico, a anorexia precoce grave pode ser um dos primeiros sinais de autismo ou de psicose infantil precoce. Anorexia da segunda infância: pode surge por uma viva atitude de oposição e pela frequente existência de caprichos alimentares mais ou menos variáveis. Anorexia das adolescentes.

Obesidade: a obesidade se define diante do plano clinico por um excedente de, no mínimo, 20% do peso em relação á média normal para a altura. Um excedente de mais de 60% represente um fator de risco certo. A frequência da obesidade é de aproximadamente de 5% na população escolar.

Existem dois períodos de predileção para a constituição e a idade de consulta para obesidade: desde o primeiro ano de vida e quando do período pré-puberal, entre 10 e 13 anos.

Em função do aspecto e do número de adipócitos, os pediatras descrevem:

- as obesidades hiperplásticas, nas quais o pool de adipócitos é demasiadamente elevado, obesidades que se constituíram desde o primeiro ano de vida;

- as obesidades hipertróficas, quando o número de células adiposas é normal, mas seu tamanho é excessivo;

- por fim, as obesidades mistas: a obesidade se constitui, ás vezes, após crises bulímicas da criança, mas, mais frequentemente, ocorre após uma hiperfagia mantida pelo clima familiar.

No plano psicológico, é por vezes, difícil, uma vez instalada a obesidade, distinguir a dimensão reacional ou causa dos distúrbios observados.

Personalidade da criança obesa: uma característica da obesidade foi pesquisada, em particular na oposição anorexia-magreza-hiperatividade e polifagia-obesidade-passividade ( H. Bruch). As crianças obesas são, descritas como moles, apáticas, tímidas, sendo, no entanto, capazes de reações de prestância sob a forma de cólera súbita. Outros sintomas que atestam o sofrimento psicológico associam-se, muitas vezes, á obesidade: fracasso escolar, enurese, que seria encontrada mais frequentemente nas obesidades secundárias.

A obesidade não se inscreva em um quadro sindrômico claro, ás vezes, integre-se em um quadro psicopatológico preciso como uma psicose. No seio dessa psicose, a obesidade pode então se caracterizar por seu aspecto monstruoso (60% ou mais de sobrecarga) e por sua variabilidade, realizando o que se denominou “obesidade deformante”.

Evolução da obesidade: É na puberdade, entre 11 e 13 anos, que os pais se inquietam, mais frequentemente em relação á sua filha que a seu filho. Somente 15 a 25% das obesidades regridem (Job), e as demais persistem na idade adulta.

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