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A Teoria da Sexualidade

Por:   •  30/9/2021  •  Trabalho acadêmico  •  634 Palavras (3 Páginas)  •  99 Visualizações

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Atividade individual avaliativa(A1)

Nome: Maria Eduarda de Souza Coelho

Matrícula: 20191106717

Disciplina: Teoria da sexualidade

Professor(a): Eliane de Augustinis

Campus: Tijuca

Turno: Noite

Tema escolhido: Questão 1

Analisando o contexto do filme e os conceitos estudados, conclui-se que todo sujeito, a partir das experiências infantis, presenciadas pelos pais, faz referência ao complexo de Édipo. No entanto, isto não ocorre na puberdade e sim na infância. O Édipo dá o enquadramento do parceiro à criança, afinal, é a relação com o Outro fundamental que a singulariza. Por conseguinte, a sexualidade é universal para todo ser humano, e, portanto, até a criança é um ser sexuado, tendo a mãe como maior e primeira referência, ela será também seu primeiro objeto de investimento sexual. Então, a fase da puberdade, é uma fase diferente. Nesta, o que está em jogo é um trabalho de elaboração, pois, ao chegar a puberdade, o adolescente já não crê mais nos pais como quando era pequeno. Assim, o adolescente é convidado, tanto pelo meio que o cerca quanto pelas próprias determinações inconscientes, pulsionais e identificatórias, a tomar uma posição na partilha dos sexos.

Isto é, a sexualidade do sujeito se inscreve, desde sempre, no Édipo, que funda sua relação com o desejo. Melhor dizendo, a adolescência é um processo de elaboração e ruptura com os pais. Rememorando que, cada sujeito tem um tempo específico e singular, para viver todo esse processo. E, muitas vezes, isto pode estar acompanhado de angústia, o que também é muito natural. No filme, isso é mostrado na relação complicada de Neil com os pais e a escola autoritária, onde ele tem que fazer escolhas estando alienado aos pais. Era difícil para Neil falar para os pais e fazer o que desejava, ele tinha medo de perder aquele lugar de filho amado, no qual guardava seus resquícios da infância. Para ele, era mais fácil seguir ordens e estar alienado, do que não concordar com o outro, provocando a pulsão de morte. Isso gera muitos conflitos e sofrimento pois ao mesmo tempo que ele tem que se afastar dos pais, eles têm autoridade sobre ele.

Desde mais novo existe ali uma exigência dos pais que se torne uma grande personalidade e passe para uma faculdade importante, nesse contexto surge um professor que começa a colocar seus alunos a pensarem sobre a morte, existência, medos e ler poesia de uma forma diferente que a escola pregava, esses alunos começam a se rebelar contra a escola, o que gera diversas consequências. É notável que o pai projeta seus desejos em Neil e configura-se em uma figura narcísica.

O despertar da primavera, é o momento que desperta essa euforia, que os jovens acham que podem tudo e começam a se indispor, quebrando essa imagem de filhos e alunos ideais. Posto isto, Neil confessa para o professor sua vontade de atuar e tudo que jamais conseguiria falar para o pai por conta da castração e automaticamente projeta a figura dos pais no professor. A peça era o ponto de liberdade que ele encontrou nesse meio, para que ele conseguisse ser ele mesmo naquele momento. Todavia, Neil não sustentou a tentativa de sair da mira das figuras de autoridade, seguir seus desejos, não sustentou a quebra edipiana e se matou. Neil não suportou a lei do nome-do-pai, sendo assim, impossibilitando-se de criar novas significações por meio do falo e novos significados para seus desejos. Portanto, a função paterna é uma metáfora simbólica, produzindo o nome do pai, o sujeito nomeará o objeto de seu desejo, embora sem o saber, já que o significante originário foi recalcado.

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