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A Terapia de casal e família

Por:   •  28/4/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.294 Palavras (6 Páginas)  •  171 Visualizações

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         Introdução

A terapia familiar surgiu da necessidade de se ver os sintomas do indivíduo não como caso isolado, mas inserido em um contexto maior. Esse contexto maior é a família, onde o indivíduo tem a sua primeira experiência de socialização. Alguns casos chegam a abordar até vizinhos e parentes mais distantes como tios. O indivíduo não só recebe, mas também atua nesse contexto.

Esse tipo de abordagem foi influenciado pelo desenvolvimento das ciências como: Biologia, antropologia, sociologia, dentre outras e isso alavancou o seu desenvolvimento paralelamente a essas ciências.

Do ponto de vista da comunicação a família sintomática não se comunica facilmente, tendo acusações, críticas, entre outros problemas inerentes da falta de comunicação. Do ponto de vista estrutural os papéis não são definidos e há dificuldade em assumir as suas funções.

O sintoma de um dos membros familiares vem acompanhado de problemas em outras áreas e envolvem todos os membros da família. Eles acabam criando dificuldades em toda a família e dificultando o seu entendimento. Alguns familiares sadios preferem não se envolver nos problemas do familiar doente, e assim, acabam não ajudando no seu tratamento com sua distanciação.

O papel do terapeuta na abordagem sistêmica é apresentar outras interpretações que não sejam engessadas e isso transformará o modo como a família se relaciona.

Dentre as principais técnicas abordagens em terapia familiar, destaca-se a Terapia Estratégica Breve, esta apresenta uma abordagem mais focal ao membro assintomático, trata-se de um modelo de atendimento é familiar breve, cujo objetivo é provocar mudanças positivas na maneira como a família interage de forma a eliminar o sintoma, ou seja, aquilo que a família julga ser o problema. Busca, portanto, na própria família, os recursos para lidar com o sintoma (PISZEZMAN, 1999).

A Terapia Estratégica Breve

Esta se refere a uma modalidade de terapia familiar breve, suas principais características são com o conceito de Paciente Identificado (PI), o sintoma deste indivíduo representa a dissociação, a falta de interação do núcleo familiar, e a solução do problema apresentado, por meio de mudanças no diálogo entre os familiares para que haja interação assertiva, culminando na resolução das dificuldades familiar.

A terapia família breve tem seu reconhecimento a partir dos estudos de diversos teóricos, dentre eles podemos citar como os principais responsáveis por difundir sua proposta: Jay Haley e Miltom Erickson. Ela foi ampliada a partir da década de 60 para o tratamento familiar de outras doenças além da esquizofrenia, que até então era o principal tipo de abordagem.

Este modelo de atendimento familiar e de curto tempo, segundo Piszezman (1999). Tem por objetivo contribuir na percepção global dos membros da família , qual problema velado que os aflige, provocando mudanças assertivas entre os familiares para que interajam no sentido de eliminar o sintoma, aquilo que a família julga ser o problema.

A terapia tem sua característica breve, a partir do reconhecimento da equipe terapêutica e a família que o sintoma foi eliminado ou minimizado, que a família passou a ter autonomia na resolução de suas questões internas, quando os membros familiares atingem este estágio de reconhecimento do problema, que está sendo representado através de um PI, e se dispõe a  juntos aos profissionais uma solução, a estratégia da terapia foi eficaz, e chega ao fim. Segundo Watzlawíck (1981) a continuação de um problema, é resultante dos feedbacks positivos entre os comportamentos dos indivíduos que querem resolver a dificuldade.

A abordagem estratégica breve traz em sua proposta um número máximo de 10 sessões e utiliza como técnica principal, o ‘’propósito paradoxal’’, que objetiva além da mudança do comportamento causador do problema, uma reação de choque no individuo.

A Intervenção Paradoxal

Este tipo de intervenção terapêutica fundamenta-se em uma tarefa proposta pelo terapeuta, que visa e mudança de comportamento padrão da família para com o paciente (membro sintomático) através da indicação de instruções paradoxais. Tais instruções seriam orientações contrárias ao que normalmente seria feito (Calil, 1987).

Como exemplo, podemos citar um caso em que o pai quer que o filho pare de gastar, e como brigas não dão resultado ele estimula o filho a gastar. Essa atitude causa um choque no comportamento do filho que não sente mais a necessidade de gastar em excesso.

Enquanto existem teorias que trabalham na causa do sintoma, a intervenção paradoxal se preocupa com o sintoma em si. Ela não visa tratar o que causou e sim resolver o problema no presente.

A Terapia Estratégica: Breve Relato de Um caso.

A família C, de classe média alta, composta por cinco membros: Pai Antonio (50), Mãe Maria (42) e as filhas Carla (20, Paciente Identificado), Paula (18) e Laura (17). A família procurou o serviço de apoio Psicológico, devido às constantes brigas entre Maria e Carla sobre principal queixa do horário que de chegadas imposto pelos Pais que não é respeitado pelas filhas, principalmente Carla, que age com forte agressividade com sua mãe. Ao decorrer das sessões observa-se que o problema não se concentra apenas na queixa trazida pela mãe. Foi estipulado um total de sete sessões, e após o desaparecimento de sintoma (a principal queixa de Maria), a família se sentiu apta a encerrar o tratamento. Foram usados nomes fictícios para que seja reservada a identidade e sigilo da família.

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