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A deficiência auditiva pode ser considerada uma das mais devastadoras em relação ao convívio social do sujeito

Por:   •  30/3/2016  •  Resenha  •  1.710 Palavras (7 Páginas)  •  488 Visualizações

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Deficiência auditiva

        A deficiência auditiva pode ser considerada uma das mais devastadoras em relação ao convívio social do sujeito, pois interfere diretamente no desenvolvimento da linguagem, fala, comunicação interpessoal e aprendizagem, trazendo conseqüências que podem prejudicar ou dificultar o desenvolvimento escolar e profissional da população afetada. Em adultos, o impacto deste tipo de deficiência pode associar-se ao declínio cognitivo, depressão e redução do estado funcional, principalmente para sujeitos que apresentam a perda e, no entanto, não foram tratados ou sequer avaliados (CRUZ et al., 2009).

        Segundo Gatto e Tochetto (2007) a audição constitui-se em um pré-requisito para a aquisição e o desenvolvimento da linguagem. Audição e linguagem são funções correlacionadas e interdependentes

        Os períodos cruciais de maturação das funções biológicas do ser humano acontecem nos primeiros meses de vida. Devido a isso, a identificação e intervenção precoces da surdez ajudam ao deficiente auditivo alcançar desempenho comunicativo muito próximo ao das crianças ouvintes (GATTO; TOCHETTO, 2007)

        A tendência atual em relação à deficiência auditiva se baseia no diagnóstico, etiologia e tratamento dentro do espectro de doenças otológicas e neurológicas encontradas em pacientes pediátricos, além de testes de triagem neonatal e na infância, visando a reabilitação auditiva precoce (SILVA et al., 2006).

        A deficiência auditiva é uma das principais deficiências físicas que acomete o indivíduo em qualquer fase da vida, implicando a quem a adquire limitações no desempenho de atividades sociais (Russo e Almeida, 1995). Pode ser classificadas quanto à sua forma de manifestação, origem e gravidade de acordo com os graus leve moderado, severo e profundo.

        As alterações da audição que ocorrem após o nascimento são ocasionadas por fatores genéticos ou não, podendo manifestar-se isoladamente ou associada a outras anormalidades. Dentre as principais etiologias relacionadas à perda brusca de audição estão as de origem inflamatória (virais, bacterianas, autoimunes e alérgicas), fatores vasculares, afecções neurológicas degenerativas, ototoxidade, tumores e traumas (Russo e Santos, 1993; Galindo, 2007).

Devido as consequências na comunicação, a participação da família é de grande importância no tratamento e na integração social da pessoa com deficiência auditiva, pois pode colaborar com incentivo e oportunidades de relacionamentos (Rodrigues, 1998).

A deficiência auditiva, trivialmente conhecida como surdez, consiste na perda parcial ou total da capacidade de ouvir, isto é, um indivíduo que apresente um problema auditivo.É considerado surdo todo o individuo cuja audição não é funcional no dia-a-dia, e considerado parcialmente surdo todo aquele cuja capacidade de ouvir, ainda que deficiente, é funcional com ou sem prótese auditiva.

A surdez, sendo de origem congénita, é quando se nasce surdo, isto é, não se tem a capacidade de ouvir nenhum som. Por consequência, surge uma série de dificuldades na aquisição da linguagem, bem como no desenvolvimento da comunicação.
         
Por sua vez, a deficiência auditiva é um déficit adquirido, ou seja, é quando se nasce com uma audição perfeita e que, devido a lesões ou doenças, a perde. Nestas situações, na maior parte dos casos, a pessoa já aprendeu a se comunicar oralmente. Porém, ao adquirir esta deficiência, vai ter de aprender a comunicar de outra forma.
Em certos casos, pode-se recorrer ao uso de aparelhos auditivos ou a intervenções cirúrgicas (dependendo do grau da deficiência auditiva) a fim de minimizar ou corrigir o problema. 
Tipos de deficiência auditiva
• Deficiência Auditiva Condutiva
• Deficiência Auditiva Sensório-Neural
• Deficiência Auditiva Mista
• Deficiência Auditiva Central / Disfunção Auditiva Central / Surdez Central

• DEFICIÊNCIA AUDITIVA CONDUTIVA: Qualquer interferência na transmissão do som desde o conduto auditivo externo até a orelha interna (cóclea). A orelha interna tem capacidade de funcionamento normal mas não é estimulada pela vibração sonora. Esta estimulação poderá ocorrer com o aumento da intensidade do estímulo sonoro. A grande maioria das deficiências auditivas condutivas pode ser corrigida através de tratamento clínico ou cirúrgico. 

• DEFICIÊNCIA AUDITIVA SENSÓRIO-NEURAL: Ocorre quando há uma impossibilidade de recepção do som por lesão das células ciliadas da cóclea ou do nervo auditivo. Os limiares por condução óssea e por condução aérea, alterados, são aproximadamente iguais. A diferenciação entre as lesões das células ciliadas da cóclea e do nervo auditivo só pode ser feita através de métodos especiais de avaliação auditiva. Este tipo de deficiência auditiva é irreversível. 

• DEFICIÊNCIA AUDITIVA MISTA: Ocorre quando há uma alteração na condução do som até o órgão terminal sensorial associada à lesão do órgão sensorial ou do nervo auditivo. O audiograma mostra geralmente limiares de condução óssea abaixo dos níveis normais, embora com comprometimento menos intenso do que nos limiares de condução aérea. 

• DEFICIÊNCIA AUDITIVA CENTRAL, DISFUNÇÃO AUDITIVA CENTRAL OU SURDEZ CENTRAL: Este tipo de deficiência auditiva não é, necessariamente, acompanhado de diminuição da sensitividade auditiva, mas manifesta-se por diferentes graus de dificuldade na compreensão das informações sonoras. Decorre de alterações nos mecanismos de processamento da informação sonora no tronco cerebral (Sistema Nervoso Central).

Classificação BIAP
(Bureau International d’Audiophonologic)
Graus de surdez:
- Leve – entre 20 e 40 dB
- Média – entre 40 e 70 dB
- Severa – entre 70 e 90 dB
- Profunda – mais de 90 dB
• 1º Grau: 90 dB
• 2º Grau: entre 90 e 100 dB
• 3º Grau: mais de 100 dB
          Para minimizar o problema da deficiência auditiva, as pessoas podem recorrer a dois métodos:
• método oralista
• método gestualista
Ou ainda…
•Próteses auditivas
• Equipamentos autónomos de amplificação por frequência modulada 

Método Oralista e Método Gestualista
Existem dois métodos fundamentais para melhorar um tratamento na pessoa deficiente auditiva: 
• O método oralista, que somente se baseia na aquisição de linguagem oral, sem intervenção de gestos estruturados. 
• O método gestualista que, para além de um ensino de linguagem oral, ainda apresenta um sistema estruturado de gestos. Este último baseia-se na defesa da linguagem gestual.

Próteses auditivas e outros equipamentos

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