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ANÁLISE DO FILME: DOZE HOMENS E UMA SENTENÇA” COM ÊNFASE NA TEORIA DE PIAGET

Por:   •  20/11/2017  •  Artigo  •  1.878 Palavras (8 Páginas)  •  2.938 Visualizações

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CURSO PSICOLOGIA

ANÁLISE DO FILME: “DOZE HOMENS E UMA SENTENÇA” COM ÊNFASE NA TEORIA DE PIAGET

São Paulo

2017

ANÁLISE DO FILME: “DOZE HOMENS E UMA SENTENÇA” COM ÊNFASE NA TEORIA DE

PIAGET

São Paulo

2017

Sinopse do filme:

”Doze Homens e uma Sentença”

“Um jovem porto-riquenho é acusado do brutal crime de ter matado o próprio pai. Quando ele vai a julgamento, doze jurados se reúnem para decidir a sentença, levando em conta que o réu deve ser considerado inocente até que se prove o contrário. Onze dos jurados têm plena certeza de que ele é culpado, e votam pela condenação, mas um jurado acha que é melhor investigar mais para que a sentença seja correta. Para isso ele terá que enfrentar diferentes interpretações dos fatos, e a má vontade dos outros jurados, que só querem ir logo para suas casas”. (Adoro Cinema, 2017)

  1. INTRODUÇÃO

Esse trabalho tem como objetivo fazer uma análise do filme "Doze homens e uma Sentença" baseada na perspectiva do autor Jean Piaget das relações grupais e os conceitos básicos de sua teoria: organização, adaptação e assimilação.

O longa-metragem, em preto e branco, foi produzido em 1957 nos Estados Unidos por Sidney Lumet. A história desenvolve-se em um tribunal na qual 12 homens são incumbidos de condenar ou absolver um jovem que está sendo acusado do assassinato do pai.Porém, um dos jurados não aceita o veredicto de culpado, pelo fato de o julgamento tersido realizado em cima de provas circunstanciais, levando os outros membros a rever suas posições.

Tais conceitos podem ser identificados nas cenas do filme no decorrer da trama e internalizar de forma pratica e lúdica a proposta trazida pela ementa.

O filme baseado em um julgamento de assassinato retrata a dinâmica de um grupo de jurados na construção de uma sentença que decidirá o futuro do réu. À medida que asdiscussõesdos fatos ocorridos avançam podemos analisar como se dá o envolvimento e entrosamento dos participantes e verificar a teoria de Piaget em ação. Dentre os doze jurados apresentados o jurado número 8, é o único que duvida da culpa do jovem e, enquanto tenta convencer os outros a repensarem a sentença, traços de personalidade de cada um dos jurados vão sendo revelados.

No intuito de compreender a “complexidade” da trama que se passa no filme, as idéias iniciais e a maneira como estas vão se modificando dados os argumentos que foram postos, serão levantadas questões como: de que forma o conhecimento se constrói? Qual o impacto dos grupos sociais na formação de opiniões? Para melhor enfatizarmos estas questões se trabalhará com a teoria do Construtivismo pensada por Jean Piaget.

Piaget em suas teorias apresenta o pressuposto de que a inteligência humana somente se desenvolve no indivíduo em função de interações sociais, possibilitando a formação do conceito de cooperação e reciprocidade, aprimorando o raciocínio lógico entre outras habilidades importantes inerentes do processo cognitivo.

Através desse apanhado de informações teóricas e cinematográficas construímos o presente trabalho.

  1. DISCUSSÃO DE DADOS

O trabalho de Jean Piaget, renomado psicólogo e filósofo suíço, conhecido por seu trabalho pioneiro no campo da inteligência infantil, foram de grande contribuição paraajudar a entender como a compreensão do ser humano se desenvolve. E ajuda a responder como o ser humano constrói seus conhecimentos sozinhos ou em conjunto e de que forma isso é feito.

O autor em suas teorias considera que as interações sociais são de grande importância para o desenvolvimento da inteligência humana, acredita que o impacto dos grupos sociais na formação da inteligência forma novos conceitos e aprendizados, como por exemplo, o conceito de cooperação, de ajuda mútua de colaboração, da escuta (visto que num grupo os indivíduos adotam múltiplos pontos de vistas), a reciprocidadee principalmente o raciocínio lógico.

  1. O filme “Doze Homens e uma Sentença”

A obra retrata o julgamento de um homem acusado de matar o próprio pai. A história  se passa na sala do júri onde os dozes elegidos trocam informações acerca do ocorrido e discutem suas opiniões.

O júri só poderá estabelecer o veredicto uma vez que a decisão seja unânime. Sob essa condição todos os passos do julgamento são repassados e em um primeiro momento onze entre os doze jurados estabelecem que o réu seja realmente culpado. Um dos jurados, movido a sensibilidade, levanta a duvida da verdadeira autoria do crime e da culpa do acusado, pois ele entende que não há provas suficientemente irrefutáveis da autoria do crime o que obrigatoriamente abre o fórum para novas discussões.

No inicio havia muito calor e ansiedade de ir embora, pois tinham compromissos. Entraram com a certeza de que o réu era culpado, mesmo sabendo que a sentença era a morte. O jurado que duvida que o réu seja culpado começa argumentando que o garoto tem apenas 18 anos e teve uma infância ruim entre maus tratos e abandono. Em um dado momento os jurados que acham o garoto culpado, dizem que seria bom que os onze, mostrassem ao jurado contrário os motivos que os levaram a esse veredicto, mas quando começam a argumentar, não possuem muitas explicações, simplesmente o consideram culpado pelo que a promotoria informou no julgamento, mas na verdade, não pensaram a respeito, alguns se pegam em fatos apresentados, sem questioná-los e outros se isentam de falar a respeito. Então o jurado que questiona a culpa do réu começa a por em dúvida todas as provas apresentadas dando outro ponto de vista de cada uma.

O júri é, então, obrigado a discutir novamente todas as evidências do caso, até que a unanimidade seja alcançada, todos são levados a concordar que as provas obtidas não eram conclusivas, e os jurados são convencidos, um a um, por meio do debate, que as provas apresentadas no tribunal não são suficientes para que o jovem réu seja considerado culpado e penalizá-lo a morte.

Não se trata de julgá-lo inocente, trata-se de não se poder dizer, com absoluta certeza, que ele é culpado. Pode ser, e pode não ser – e essa dúvida, de acordo com a letra da lei, é suficiente para que ele continue vivo – já que a condenação implicaria sua sentença de morte

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