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ANÁLISE INSTITUCIONAL OU PSICOANÁLISE

Por:   •  4/5/2015  •  Artigo  •  1.232 Palavras (5 Páginas)  •  738 Visualizações

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  Psicologia 

Psicologia institucional

Enviado por Izanil, set. 2012 | 4 Páginas (988 Palavras) | 23 Consultas

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Psicologia Institucional
Elaborado por Izanilde Silva
Aluna de Psicologia.
08/2012









Pereira, William Cesar Castilho. Movimento institucionalista: Principais abordagens.

(Resumo do texto)



• Objetivos do artigo: Explicitar as bases das experiências em torno do termo “Movimento Institucionalista” (conceito de instituição, discussões referentes ao processo de institucionalização e análise de duas correntes: Análise Institucional ou Socioanálise e a Sociopsicanálise).
• O termo “movimento institucionalista” define uma série de teorias, práticas e experiências que têm como premissa a autogestão e a autoanálise voltadas para novos saberes coletivos (análise institucional, pedagogia institucional, psiquiatria democrática, sociopsicanálise, psicossociologia, esquizoanálise, sociologia clínica, grupo operativo, educação popular e outros).
• Esses movimentos buscam a lógica da diferença, onde novos atores emergem da vida comunitária, diferentes espaços são criados e ganham nova ordem de significados, a partir de rupturas objetivas e subjetivas, em contraponto à alienação, a autonomia e a expressão da alteridade.
• O autor utilizou um conceito sociológico, de G. Baremblitt, que traz a instituição com uma dinâmica lógica, onde normas e leis são fundamentadas, de acordo com a forma e o grau de formalização adotado, podendo também ser determinadas por pautas e comportamentos regulares, nos casos de ausência de enunciação manifesta.
• A instituição é criada de acordo com o modelo infraestrutural do seu nascedouro social (família, igreja, escola, etc.).
• Os processos de subjetivação percorrem caminhos diferentes: Se há prevalência do instituído, há uma imposição do próprio modelo através da centralidade do poder, do dinheiro, do prestígio, do saber,da disseminação de culpa; quando as forças instituintes emergem, surge a possibilidade de novos agenciamentos, novas composições e arranjos próprios de subjetividades livres e desejantes.
• A necessidade de instituir-se está presente em todos os processos civilizatórios. A Sociopsicanálise traz uma concepção freudiana de sujeito, onde há a necessidade de produzir a partir da falta, onde o trabalho e a linguagem são mecanismos de organização da natureza, do mundo social, através de um processo de metamorfose linguística ocorrido com a sexualidade humana regida pela pulsão, cujo objetivo é suprimir o estado de tensão presente no inconsciente. Como a pulsão não traz em si mesma uma harmoniosa garantia de ordem, o desejo humano precisa ser institucionalizado, onde se faz presente os atravessamentos edípicos e seus sintomas (independência e dependência, liberdade e recalcamento, consciência e alienação).
• Quando a estrutura institucional põe-se a serviço de privilégios, antiprodução e iniquidades em detrimento do desejo, transforma-se num instrumento destruidor de liberdades democráticas.
• A trama dialética entre instituinte, instituído e de institucionalização faz com que ela seja um projeto em construção.
• Em termos de funcionamento, as instituições são geridas por outrem; o movimento institucionalista busca a autogestão e a autoanálise. Crê-se na autonomia dos grupos a partir da igualdade de direitos e de desejo.

CONTRIBUIÇÕES TEÓRICAS E PRÁTICAS DE SEGMENTOS POPULARES E ACADÊMICOS:

 No campo da religião cristã: Vocações orientadas por ideais de experiências comunitárias e vida religiosa mendicante, também presentes nos princípios do Vaticano II, nas três Conferências Latino-americanas e na Teologia da Libertação.
 No campo da filosofia: Pré-socráticos,Sofistas, Helenistas, Epicuristas e Estóicos. Da filosofia moderna, o institucionalismo inspira-se no Racionalismo Espinoziano, Nietzsche, Bergson, Marx, Moro, Rabelais, Fourier e Bakunin.
 Na área educacional: Introdução do paradigma educativo denominado “Escola Nova” (autonomia na instituição de educação); concepção de institucionalismo como ponto convergente das instâncias econômicas, culturais, sociais, políticas e ideológicas (escola crítica e comprometida com as classes populares).
 No campo da saúde mental: Após a Segunda Guerra Mundial, movimento denominado “antipsiquiatria” trouxe a luta pela democratização de direitos e pela autonomia no enfrentamento de uma nova política pública no setor da saúde mental. No Brasil, sedimentou-se a partir de profissionais vinculados a instituições, sindicatos, conselhos e organizações de saúde.

ANÁLISE INSTITUCIONAL OU SOCIOANÁLISE

 No Brasil, uma das modalidades do Institucionalismo mais difundidas é a Análise Institucional ou Socioanálise, tendo como protagonistas René Lourau e Georges Lapassade, a partir da década de 1960.
 Características desta modalidade: A pesquisa, análise da história, objetivos, estrutura, funcionamento da organização, dispositivos, práticas e agentes grupais, são realizadas pelo coletivo; analisa determinações ocultas dos grupos, tendo como protagonista, o próprio coletivo; o papel dos analistas consiste em auxiliar a elucidar os conteúdos adormecidos, expondo-os quando possível, utilizando “dispositivos analisadores”, que se dividem em duas categorias: constituídos e espontâneos.
 Dispositivos analisadores constituídos: Criados pelo analista e o coletivo para deflagrar o processo de análise (o resultado de uma pesquisa qualitativa e quantitativa, exibição de um filme, um psicodrama, etc.).
Dispositivos analisadores espontâneos: Fenômenos que fazem parte do cotidiano das organizações institucionais (os fundadores, a missão, o poder, o dinheiro, a sexualidade, a burocracia, a corporeidade, as práticas do estabelecimento.
 A história da instituição é a principal fonte de coleta utilizada pelos analisadores.
 “Análise da implicação”: Exame dos conflitos e contradições da equipe de analistas institucionais, uma vez que estão incluídos no processo.
 No processo de intervenção, o objetivo é criar dispositivos para que o “mal dito” seja descoberto em “bem-dizer”, podendo dessa forma, ser reestruturado.
 A Socioanálise propõe é a criação de dispositivos para que o coletivo se reúna e discuta exaustivamente os analisadores, visando ao processo de auto-análise e autogestão.

BASES TEÓRICAS DA SOCIOPSICANÁLISE

 Criada por Gerárd Mendel (1930-2004), francês, psiquiatra, sociopsicanalista e antropólogo, baseia-se em Freud, Marx e Hegel, ampliando a investigação das representações psíquicas para o campo das relações entre classes no seio das Instituições.
 “Classe institucional” (assim denominada por Mendel): Conjunto de pessoas na instituição, responsáveis pelas relações sociais de produção, com diferentes graus de influência. As posições de liderança e liderados estabelecem vínculos de poder, saber, prestígio e também o oposto: domínio, ignorância, descrédito.
 As instituições sociais adoecem por um modo de relacionamento ultrapassado e excessivo, que insiste em ocultar a dimensão política existente nessas relações.
 A sociopsicanálise traz a proposta de quebrar os vínculos humanos desses excessos, a fim de inscrever sujeitos autônomos num sistema de relações atuais, de cuja vida possam participar, ter poder e saber, assim como também, obter prazer.

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