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APRENDIZAGEM ACERCA DA ESCOLHA PROFISSIONAL: UM RELATO DE INTERVENÇÃO COM JOVENS DE BAIXA RENDA

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Por:   •  5/2/2014  •  4.040 Palavras (17 Páginas)  •  544 Visualizações

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PRÓ-DIRETORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO, PESQUISA E EXTENSÃO / FACINTER-FATEC

LIDIANE COLARES DE FARO MARTÍNEZ

APRENDIZAGEM ACERCA DA ESCOLHA PROFISSIONAL:

UM RELATO DE INTERVENÇÃO COM JOVENS DE BAIXA RENDA

MACAPÁ – AP

2011

PRÓ-DIRETORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO, PESQUISA E EXTENSÃO / FACINTER-FATEC

LIDIANE COLARES DE FARO MARTÍNEZ

APRENDIZAGEM ACERCA DA ESCOLHA PROFISSIONAL:

UM RELATO DE INTERVENÇÃO COM JOVENS DE BAIXA RENDA

Trabalho apresentado à Pró-Diretoria de Pós-Graduação, como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional.

MACAPÁ – AP

2011

RESUMO

O artigo objetiva refletir acerca do caráter educativo da orientação profissional e os benéficos que uma abordagem deste tipo pode ocasionar no desenvolvimento normal de jovens em processo de escolha profissional. Relata uma intervenção grupal realizada com jovens de uma comunidade periférica da cidade de Macapá. Apontando os principais resultados observados durante o programa de orientação profissional realizado. Foi realizado 4 encontros grupais e 1 individual, nos quais instigou-se nos jovens conhecimentos a respeito de si mesmos, das variáveis ambientais as quais estão submetidos, e a necessidade de tomada de escolha e ação para modificação de sua realidade socioeconômica. Demonstrou-se, conforme avaliado pelos próprios participantes, que experiências educativas vivenciadas durante dinâmicas grupas podem auxiliar na aprendizagem de habilidades de escolha e na própria tomada da ação em si. Concluiu-se que a orientação profissional ainda é bastante ausente na realidade de jovens de baixa renda e que intervenções educacionais desse tipo poderiam auxiliar na melhoria da condição de vida dessas populações.

INTRODUÇÃO

A maioria das pessoas é impulsionada ao processo de escolha profissional durante a adolescência. Este período caracteriza-se principalmente pela ocorrência de fenômenos importantes, tais como: transformações biológicas, sociais e psicológicas.

Adolescentes são freqüentemente descritos como indecisos, ambivalentes e inseguros. Estas características, oriundas do processo de desenvolvimento social e contato freqüente com novos estímulos, somadas a especificidades da demanda social deste período (a própria necessidade de escolha), afetam suas escolhas, principalmente as que acabam por serem tomadas em situação de pressão.

A orientação profissional visa auxiliar no processo de amadurecimento da escolha profissional, a medida que facilita a descoberta das preferências, propiciando autoconhecimento e autocontrole.

Somando a orientação profissional um caráter educativo espera-se propiciar mais direcionamento ao jovem, a fim de que este possa escolher e desempenhar seu papel profissional de maneira crítica, gradativamente adquirindo uma visão ampla sobre a conjuntura histórica e social da qual faz parte.

A orientação profissional nada mais é do que um processo de aprendizagem onde a pessoa descobre a respeito das profissões e de suas próprias características.

Sobre esta concepção, foi realizado com jovens de zona periférica da cidade de Macapá orientação profissional em grupo. Buscou-se, alem de auxiliar no autoconhecimento e reflexão acerca das possibilidades e expectativas profissionais, instigar os jovens a discriminar as variáveis envolvidas na concretização de metas e cumprimento de expectativas.

I FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

I.I ADOLESCÊNCIA

A adolescência denota-se como etapa única do desenvolvimento provinda da maturação sexual juntamente com a mudança de papéis. A sociedade demonstra um papel importante neste contexto. É a partir da cultura e da conotação de suas relações com os indivíduos que o jovem estabelecerá seu papel e formulará seu “eu”. (ABERASTURY e KNOBEL, 1981).

Alem destas características nesta fase há freqüentemente a formulação de crises, mudanças constantes de temperamento, redefinição de imagem corporal, buscas de pauta de identificação no grupo, assunção de funções ou papéis sexuais, elaboração de ritos de iniciação como condição de ingresso ao status adulto, dentre outros (OSÓRIO, 1992).

Neste período de vida há a perda da condição infantil. Tanto pela imposição corporal, visto que o organismo do individuo desenvolve-se negando o papel anterior; tanto pelas exigências sociais. E ainda, a necessidade pessoal de realização e amadurecimento (ABERASTURY e KNOBEL, 1981).

Sabe-se que o jovem busca uma identidade própria (MYERS, p. 85), entretanto, necessita de um campo de parâmetro social.

A partir de uma vivência adequada da adolescência, espera-se que o indivíduo conquiste maior independência em relação aos pais, individualidade, melhor conhecimento a respeito de suas próprias características, dentre outros.

Apartir da formulação dos conflitos da adolescência há maior estabilidade do “eu”. Assim como melhor desenvolvimento da moralidade, adesão ativa das regras, e não mais passiva como na infância, dentre outros, que caracterizaram um adulto saudável. (PAPALIA, 2000).

I.II A ADOLESCÊNCIA E O TRABALHO

“A adolescência pode ser definida como um período da vida que começa na biologia e termina na sociedade” (FERRARES, 2005).

Apresenta-se como um período no qual o individuo é bastante receptor, isto é, muito apto e suscetível a influências sociais.

Aberastury e Knobel (1981) destacam este traço, identificando-o como “esponjoso”, explicam que o sujeito demonstra-se demasiadamente permeável, quanto a seus valores, concepções e etc. O adolescente redefine

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