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Abuso sexual de criança e adolescente

Por:   •  6/11/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.624 Palavras (7 Páginas)  •  396 Visualizações

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              O abuso sexual também pode ser definido, de acordo com o contexto de ocorrência, em diferentes categorias. Fora do ambiente familiar, o abuso sexual pode ocorrer em situações nas quais crianças e adolescentes são envolvidos em pornografia e exploração sexual .No entanto, a maioria dos abusos sexuais cometidos contra crianças e adolescentes ocorre dentro de casa e são perpetrados por pessoas próximas, que desempenham papel de cuidador destas.  A essas pessoas são dadas as responsabilidades do cuidado. A maioria das vezes é perpetuado por pais, tios, avós, madrastas, padrasdos, irmãos, irmãs, que aproveitam da frágilidade das crianças para cometerem o ato.

        “   A literatura aponta que crianças ou adolescentes podem de- senvolver quadros de depressão, transtornos de ansiedade, alimentares, dissociativos, hiperatividade e déficit de aten- ção e transtorno de personalidade borderline. Entretanto, a psicopatologia decorrente do abuso sexual mais citada é o transtorno do estresse pós-traumático). Além disso, estas podem apresentar crenças disfuncionais envolvendo sentimentos de culpa, diferença em relação aos pares e des- confiança “(L. F. Habigzang e cols.,2005).

       As reações da família, principalmente da mãe, frente à revelação da vítima, são um importante fator para o desen volvimento de sintomatologias psiquiátricas e alterações de comportamento na vítima. Quando a família demonstra credibilidade ao relato da criança e assume estratégias para protegê-la, esta se sente fortalecida e apresenta maiores recursos para enfrentar a experiência abusiva. Contudo, quando a reação da família é negativa e esta não oferece apoio social e afetivo, a vítima apresenta-se em situação de vulnerabilidade, podendo desenvolver problemas tais como isolamento social, depressão, pensamentos e tentativas de sui cídio, ansiedade, entre outros Dessa forma, tanto a vítima, quanto a família necessitam de acompanhamento psicológico para compreender o que é abuso sexual e sua dinâmica, quais são suas conseqüências e como é possível evitar situações de violência. Além disso, a rede de atendimento desempenha um importante papel de proteção e apoio nos casos de violência sexual.

       Portanto,uma relação sexual não é moralmente legítima quando uma ou ambas as par tes desejam participar livrementedo ato em si,  com espontaneidade.. Muitas das vezes, existe coação, para se praticar o ato sexual.

“Mas,mesmo admitindo que a relação se xual tenha sempre algum componente de obje tivação do outro (o que é assunto a ser demonstrado também com bons argumentos), resta de qualquer maneira o fato de que esta objetivação deve ser,  do ponto de vista de sua aceitabilidade moral, recíproca, o que parece ser contra-intuitivo quando se pensa na relação assi métrica que existe entre adulto e menor”. ( Morales ,.Schramm ,2002).

         A relação sexual entre e adulto e menor,  mesmo de livre consetimento e ambos, perante a lei, échamado de vulnerável, e é considerado estrupo. O adulto que se sente atraído por crianças, e se auto-realiza  no ato sexual, é pedófilo. Isto é fantasioso, é a capatação da libido em busca do prazer no ato sexual com crianças.

       “Para Freud, a construção da fantasia é resultado de uma operação em que a libido muda de localização e o objeto, de natureza. Em seus termos, a libido, que iniciara o caminho de volta do objeto externo em direção ao eu, acaba por ficar retida no meio do caminho, investindo em um objeto imaginário. A fantasia inconsciente é o nome freudiano desse espaço entre-dois, nem dentro, nem fora; não se encontra no espaço do eu capaz de assomar à consciência, mas tampouco no não-eu, se assim quisermos nomear o mundo exterior.”(Lima & Polo, 2005).

 Lima & Polo, 2005, fala sobre o caso de Geiza  que se desdobra também em duas cenas, com um. A jovem desenvolve a fobia de entrar em lojas sozinha, alega estar correndo o risco de um abuso sexual” e acredita, inicialmente, que o medo se deve à recordação da cena de estrupo aos doze anos.

Freud não se deu por satisfeito com a explicação da jovem, que lhe pareceu incongruente, e deu prosseguimento a suas investigações. Sua fobia  resolver-se-á, então, a partir da recordação de uma outra cena, quando contava oito anos. Trata-se novamente de entrar em uma loja, não de roupas, mas de doces. Nesta, o dono da confeitaria apertara com a mão os seus órgãos genitais por cima do seu vestido e rira.  A jovem se lembra de que, apesar de tudo isso, voltou sozinha ao local. Confessa, por fim, o sentimento de culpa ligado à interpretação subjetiva que a torturava: se voltara sozinha, era porque devia ter gostado e o fizera para provocar o homem.

      Esclarece-se, desse modo, que o prazer sexual experimentado, mas não simbolizado na ocasião da primeira cena, reaparece na segunda sob a forma de susto, e as lembranças do riso e da roupa estabelecem a ponte verbal que as une. Sua sensação de estar vestida de forma inadequada na segunda cena torna-se, assim, compreensível, de modo que  Freud pôde asseverar, desde então, que ”a lembrança fica recalcada apenas quando se torna trauma por ação retardada” (Freud, 1895/ 1950-1977, p. 468),. O sintoma é, neles, uma autêntica substituição.

         Lima & Polo, 2005, relata outra experiência de estrupo. Lúcia  ao  completar uma ano após ser estuprada, teve um um sonho . Sonhara com a repetição da cena, ou seja, produzira um “sonho traumático” semelhante aos que ocorrem nas assim chamadas “neuroses de guerra”, revelando um esforço de elaboração do trauma prosseguido em nível inconsciente, isto é, desconhecido pelo eu. Contudo, as únicas associações que fez do sonho diziam respeito ao sentimento insuportável de que a mãe a considerava culpada pelo ocorrido, interpretando nesses termos algumas das falas da mãe, como a de que “ suas roupas são indecentes e provocativas”.

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