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FAMÍLIA E ABUSO SEXUAL NA PERSPECTIVA DE ADOLESCENTES EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE SOCIAL

Por:   •  9/2/2017  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.531 Palavras (11 Páginas)  •  514 Visualizações

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FAMÍLIA E ABUSO SEXUAL NA PERSPECTIVA DE ADOLESCENTES EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE SOCIAL

INTRODUÇÃO

A família é o primeiro contato do indivíduo na sociedade, responsável pela inserção e educação do indivíduo no seu cotidiano. Nesse período que são moldadas a educação do futuro dessa pessoa (SIQUEIRA, ARPINI, SAVEGNAGO, 2011).

Porém em alguns casos essa pessoa que deveria proteger e educar essa criança ou adolescente é justamente a que abusa sexualmente, deixando a vítima ou a família em uma situação muito difícil pelo medo de denunciar o agressor, devido a dependência financeira e também pelo medo das consequências que viram pela sociedade. A maioria das vítimas não denuncia a situação de abuso sexual por medo ou vergonha e as consequências do abuso sexual em crianças tem ampla descrição e dividi em consequências e aspectos emocionais, interpessoais, comportamentais, cognitivas, físicas e sexuais.

De acordo com SANTOS (2007),

As crianças podem apresentar pesadelos e distúrbios de sono, isolamento, comportamentos agressivos como voltar a fazer xixi na cama, ataques de raiva sem aparentes motivos, doenças sexualmente transmissíveis, insegurança ou as denúncias traz necessariamente um corte em seus vínculos afetivos sociais e familiares e traz condições de sofrimento para os familiares em denunciar o agressor, as mães com história de abuso e com filhos abusados descreveram menos nos vividos ao lado de seus pais, mais relação negativa/inconsistente e menos continuidade nos seus cuidados na infância.

A verdade é que o abuso sexual é somente uma das diversas maneiras de violência que acontecem dentro de casa, e que muitas dessas práticas não são reconhecidas pelo praticante, e às vezes nem quem sofre com isso que na maioria dos casos são crianças e pré-adolescentes percebem que estão sendo abusados ou violentados dentro de sua própria casa, pela sua própria família.

A violência é algo discutido em vários estudos, tanto a violência sexual, verbal e agressões, tendo como público alvo, os jovens.

A violência vem se evidenciando de diversas maneiras, ocupando lugar de destaque o público jovem, a violência entre eles são um fato que vem se discutindo em vários estudos. (GUIMARÃES E CAMPOS 2007).

No entanto, não há um único tipo de jovem, bem como não se pode pontuar um único tipo de jovens da periferia. Pode-se, entretanto, apontar algo que permeia suas realidades: a agravada exclusão social, que poderia provocar circunstanciais formas de violência na vida desses jovens em sua busca por reconhecimento e valorização de seus modos de vidas e de seus universos simbólicos. (CASTRO et al, 2001).

Muitos dos estudos sobre violência, de certa forma, abordam a temática em torno dos temores sociais provocados por violência criminalizam-te, e em geral, partem da perspectiva dessa violência.

Segundo GUIMARÃES E CAMPOS (2007),

[...]a violência, em suas diversas facetas, ocupa lugar de destaque na vida cotidiana dos brasileiros, especialmente na parcela de população mais jovem, e a violência entre adolescentes e jovens é um fato que vem suscitando vários estudos.

A partir da reflexão sobre o termo menina de moral, ante os relatos das garotas, ampliamos nosso entendimento acerca das formas e dos sentidos atribuídos ao emprego da força física e de ameaças verbais como formas de aceitação, respeito e permanência entre pares. Percebemos que essas práticas fazem parte do cotidiano das adolescentes e devem ser compreendidas dentro de um sistema sociocultural singular, propiciador igualmente de constituição e de sentidos de subjetividade particulares.

Uma menina de moral não leva desaforo pra casa, mesmo que para isso tenha de comprar uma briga (CORDEIRO et al, p 193. 2010).

Tal contribuição se torna necessária, principalmente, ao se tomar consciência de que muitos dos programas e projetos governamentais voltados para o público juvenil brasileiro não foram bem-sucedidos, devido à insuficiente compreensão das diversas realidades da juventude brasileira e das escassas oportunidades de participação dos jovens no processo de elaboração e de implementação de políticas públicas direcionadas para essa parcela da população (CORDEIRO,2010,p 198 apud, CASTRO; CORREIA, 2005).

Na resolução de problemas, em muitos casos, os conflitos são mediados e dissolvidos via uso de força física ou ameaças verbais. O Uso de Drogas para algumas adolescentes é um mediador de relação social entre elas, e é fundamental na conquista de respeito e autonomia entre esse meio que é considerado moral.

A busca do equilíbrio entre o real e o imaginário é uma das tarefas mais importantes desta fase do ciclo evolutivo vital, onde a família desempenha uma função de importância crucial (WAGNER, FALCKE, DUARTE MEZA, 1997).

O contexto que envolve o jovem é parte fundamental no seu processo de desenvolvimento. As experiências vividas por ele contribuirão diretamente na sua formação. Entre estes aspectos, a família é o ponto principal na sua formação, onde ele vivencia experiências de afeto, prazer, dor, medo entre outros, que contribuem para o aprendizado.

No entanto, a família se transformou de um modelo que era o casamento, para uma união estável. Essa troca de modelo trouxe mudanças na percepção do adolescente sobre os aspectos sócio afetivo e projetos para vida.

A partir do reconhecimento de novas formas de configuração familiar, observasse, cada vez mais a formação das chamadas famílias reconstituídas ou recasadas (CARTER & MCGOLDRICK, 1995).

Sabemos que os jovens que vivenciam a separação de seus pais têm esse momento como algo doloroso e angustiante. Com o divórcio, algumas crianças amadurecem mais cedo, pois recebem responsabilidades adicionais na falta da convivência de um dos progenitores. Algumas pesquisas revelaram que filhos de famílias divorciadas apresentam mais problemas de ajuste psicológico e social que nos filhos de famílias originais e ainda que filhos de pais divorciados tenham alguma atitude de amor com a família, os filhos de famílias originais tendem a ser mais carinhosos.

Levando em considerações todos esses casos de violências morais e sexuais, divórcios e a falta de convivência de pais e filhos, acontece a gravidez ainda na adolescência.

Período ocorrem transformações biológicas, psicológicas e sociais relacionadas A gravidez na adolescência

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